sábado, 27 de junho de 2015

Casamento Gay. O que os pais cristãos devem fazer?

Como você já sabe, o casamento homossexual foi legalizado em todos os 50 estados dessa nação (EUA). Se você tem filhos, eles agora vão crescer em uma cultura que reconhece a legitimidade da homossexualidade. O que os pais devem fazer em resposta ao desafio de criar seus filhos numa situação como essa?

1. Uma Conversa honesta e aberta com suas crianças sobre o pecado, homossexualidade e casamento entre homossexuais. Nós vivemos em um mundo pós-Gênesis capítulo 3. Devido a isso, o pecado é uma realidade, tanto em nossas vidas, como nas vidas de nossos filhos. Parte do objetivo da educação cristã é ensinar nossos filhos a amar a Deus e odiar o pecado. Usando uma boa consciência como um pai, o discernindo e a adequação disso à idade de nossos filhos. Fale abertamente com eles sobre a homossexualidade e o casamento gay. A menos que você viva nas montanhas e não dispõe de tecnologia, bem como, seus filhos não disponham de nenhum amigo, eu lhe asseguro que eles estarão conversando sobre esse assunto com os seus amigos rapidamente. A propósito, crianças de seis, sete e oito anos já estão tendo conversas dessa natureza em salas de aula, no recreio e nos pátios de suas escolas. Os coleguinhas de seus filhos podem até mesmo ter duas mães ou dois pais. Em muitas ocasiões os pais não desejam que esse problema seja discutido com seus filhos até que estes cheguem a certa idade no ensino médio ou depois. A essa altura já será tarde demais. Use a sua consciência, o Espírito Santo, e a senhora Sabedoria para falar honesta e abertamente sobre este assunto com as seus filhos.

2. O modelo de um casamento para os seus filhos é uma imagem do Evangelho. Como Owen Strachan define (Presidente da CBMW): "Vamos nos permitir que esta decisão que chocou a todos nos traga reflexão e possamos fazer um balanço da decisão de forma pessoal. Vamos usá-la para nos dar motivação e nos fazer escavar em nosso casamento para verdadeiramente amar a dádiva de Deus no casamento e o amor por nosso cônjuge. Vamos nos comprometer a amar nossos filhos de uma forma distintamente bíblica. Que esta decisão da Suprema Corte desperte o povo de Deus a mostrar a beleza da complementaridade como nunca antes, para explicitar a união do Noivo em Seu amor e auto sacrifício para com sua noiva (a igreja), em uma amorosa exibição do IMAX(Imagem em alta resolução) onde quer que estejamos. "Como Strachan alude, o lar é o ambiente fundamental onde ensinamos os nossos filhos a aprender o evangelho e vê-lo modelado. Vamos nos comprometer e nos reengajar em nossos casamentos antes de qualquer outra coisa. Vamos ser exemplos para os nossos filhos com a plenitude do evangelho em nossos casamentos e que eles sirvam de modelos em liderança, submissão, graça, arrependimento e restauração.

3. Ensine os seus filhos os fundamentos bíblicos para o casamento. Ensine seus filhos os princípios do casamento segundo Gênesis 1-2, os mistérios da relação entre Cristo e a Igreja em Efésios 5, e como o casamento, em última instância se tornará vitorioso quando Jesus voltar em Apocalipse 19. Fale disso muitas vezes a seus filhos. Mostre a eles, repetidamente, fotos e vídeos do seu próprio casamento. Nunca fale mal sobre o casamento na frente deles. Eleve o casamento a uma atitude de prioridade.

4. Ensine os seus filhos os fundamentos bíblicos para o sexo. Muitos pais estão esperando até o final do ensino médio para falar com seus filhos sobre sexo pela primeira vez. Mais uma vez eu reafirmo; em minha opinião esta hora é tarde demais. Gostaria de encorajar essa conversa para algo próximo da 4ª, 5ª, ou 6 ª série do ensino fundamental. Uma dica para começar verdadeiramente esta conversa sobre sexo com os seus filhos é chamar a todos os membros da família, para aquilo que é chamado de “fim de semana da pureza”. Leve seus filhos em algum lugar divertido, façam as coisas mais caras (porque este fim de semana deve ser incrível) e comece a falar sobre sexo com eles. Repare no que eu disse “comece”. Esta não será uma única conversa sobre isso. Isso precisa ser uma discussão em curso com os seus filhos por um bom tempo

5. Proteja os seus filhos das influências da pornografia. Como um guerreiro lutando contra seu inimigo no campo de batalha, os pais podem lutar para proteger seus filhos das influências da pornografia! Esta não é uma tarefa fácil. Alguns pesquisadores afirmaram que a idade média da primeira exposição à pornografia é abaixo de oito anos. Oito! Vou repetir, oito anos! As crianças podem acessar pornografia em qualquer dispositivo em casa hoje (telefones celulares, televisão, iPads, computadores, sistemas de jogos, e mais). O que é mais, conveniente é dispor de um ótimo software de filtragem que você pode colocar em seus dispositivos. Ensine a seus filhos a razão porque este software de filtragem está em seus dispositivos. Não é porque você não confia neles, a razão é porque eles estão instalados é porque os pais desejam colocar grades de proteção em suas vidas, de forma esmagar completamente qualquer forma de tentação ao pecado.

6. Ore fervorosamente com suas crianças. Como as influências da cultura fluem mais para perto de nossa porta como nada parecido, vamos orar fervorosamente para que os corações e mentes de nossas crianças sejam preservados. A batalha não é contra carne e sangue, mas contra as forças espirituais do mundo (Ef. 6:12). Oremos para que Deus a proteja, e construa em nossos filhos uma mentalidade de embaixadores pertencentes a Ele, a fim deles serem eles enviados ao mundo, para a glória do Seu nome (2 Cor. 5:20).

7. Uma Parceria com a igreja local centralizada no evangelho  fará com que juntamente com você a igreja seja levada a ensinar as verdades da Escritura. O discipulado principal acontece nas casas de famílias crentes, mas a igreja é o local onde também se deve fornecer recursos para equipar e construir sua família. Então, muitas vezes, os pais veem a igreja local como centro de discipulado, a igreja não é esse local. Como pais, entendamos que isso é o nosso trabalho. A igreja local deve caminhar ao nosso lado na tarefa de ensinar os nossos filhos sobre as verdades da Escritura. Se não há um em sua cidade igrejas assim, deixe-nos saber, e talvez nós possamos ajudá-lo a encontrar uma.

8. Ensine seus filhos os papéis dos gêneros. Você deve ensinar a seus filhos sobre os modelos bíblicos de casamento e a união desse modelo para o bem deles. É importante ensinar os papéis dos gêneros de maneira bíblica a nossos filhos também. Os homens são projetados por Deus para serem líderes, provedores e protetores de suas casas. As mulheres são projetadas por Deus para serem auxiliadoras e nutridoras de suas casas. Homens e mulheres são iguais em dignidade e valor, porém, seus papéis são diferentes em função. Isto é o complementarianismo em potencial.

9. Treine os seus filhos em direção à corajosa masculinidade e feminilidade bíblica. Ser um homem que pratica as marcas da masculinidade bíblica madura é completamente contra-cultural e da mesma forma para as mulheres que praticam feminilidade bíblica de maneira madura. Somos chamados por Deus para transmitir as verdades da masculinidade e da feminilidade para as próximas gerações (Tito 2). Nós passaremos estas verdades e as suas características para elas através do ensino e do testemunho fiel.

10. Não entre em pânico. Acredite em Deus. Ele ainda está no controle. Seu plano será ainda vitorioso. O céu não está caindo. O mundo não está indo para o inferno. Deus ainda está no controle. Vivamos com essa postura ousada. Converse com seus filhos sobre esta questão como você faria sobre qualquer assunto. Como cristãos, somos "enviados para" o mundo a fim de buscar a redenção deste mesmo mundo (Rom. 8) e devemos também ser instrumentos usados ​​por Deus para a edificação da Sua Igreja (Mat. 28: 16-20). Lembre-se, somos "enviados para" o mundo por nosso Comandante-Chefe, armados apenas com a Verdade e o amor. Aguardamos Seu retorno triunfal. Para os cristãos, nada muda. Teremos a mesma mentalidade. A mesma postura. A mesma missão. O mesmo Rei vitorioso. Quando entendemos isso, perceberemos que o amor (e a Verdade) sempre vencerá.


Greg Gibson é um missionário e pastor de família em Foothills Igreja em Knoxville, TN. Ele é o editor e diretor executivo de comunicações CBMW. Greg é o autor de " Date Different: A Short (but honest) Conversation on Dating, Sex, & Marriage for Teenagers (and their parents)." Siga-o no Twitter em @ greggibson86.

Postagem Original em http://cbmw.org/public-square/parenting-in-a-gay-marriage-world-what-should-christians-parents-do/

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O dano do extremismo e o caos da alienação mesmo as bem intencionadas

As mídias sociais, há quase uma semana estão inundadas de assuntos relacionados a chamada “marcha gay” ocorrida recentemente na cidade de São Paulo. Onde um travesti, seminu, interpretou uma versão de um crucificado, tendo como objetivo atingir o público religioso, o principal oponente desses movimentos em nosso país. Muitas opiniões têm chegado ao nosso conhecimento e principalmente textos enfurecidos, onde os evangélicos afirmam que tiveram sua fé vilipendiada pelo movimento gay. Depois de considerar todos os lados envolvidos, menos aqueles que se referem ao próprio movimento LGBT que não divulgou nota alguma sobre o episódio, nem os organizadores da marcha, nem mesmos os seus diretórios estaduais. Penso que cabe uma palavra de reflexão sobre o assunto, até mesmo depois que ouvi renomadas figuras evangélicas nacionais opinarem sobre o mesmo. Considero as seguintes conclusões sobre isso tudo.

1) O movimento gay como conotação ideológica – O movimento conhecido como “movimento gay”, nitidamente propõe um doutrinação ideológica de suas práticas. Encontrando adeptos tanto naquilo que é no âmbito político como “liberalismo”, como no caso do partido democrata nos EUA, em partidos de bandeiras vermelhas como o PSOL e o PT em nosso país. Em comum, existe o entendimento do estado laico, ou seja, que as normas de uma nação não podem ser direcionadas por nenhuma confissão religiosa. Em nosso país, desde a afluência do partido dos Trabalhadores ao poder, uma campanha maciça tem sido orquestrada para implementar aquilo que ficou denominado de “agenda gay”, onde as diversas agremiações homossexuais contam com o apoio público para empreender uma doutrinação homossexual a partir da infância, em crianças de idade escolar, influenciadas pelo Estado Brasileiro. Esse apoio estatal faz com que cartilhas sejam confeccionadas com esse objetivo. No centro do debate está o cerne comum entre essas divergentes ideologias políticas como a secularização da sociedade, onde, como é perceptível, o movimento gay penetra nas brechas fornecidas por uma sociedade que gradativamente se afasta das Escrituras Sagradas, com recursos financiados pelo Estado. Em minha opinião, temos algo de culpa nisso tudo como igreja. A demora dos líderes ao perceberem esta orquestração ideológica foi a causa do atual embate que hora enfrentamos. Tanto nos EUA como por aqui, aconteceu o mesmo. Quando os cristãos deixaram de influenciar a sociedade pela sua cosmovisão bíblica. Sistemas secularistas se apropriaram de setores como a educação e a política e isso com o consentimento de muitos líderes cristãos. Hoje existe um confronto direto e não sabemos se nessa guerra os conceitos milenares serão preservados uma vez que existe o apoio da mídia nessa questão, favorável aos gays.

2) O movimento gay é altamente midiático – Sem dúvida nos faltará espaço para citar aqui toda essa revolução empreendida com sucesso pelos proponentes gays. Eles estão entranhados na cultura midiática disseminada por Hollywood, onde por exemplo, filmes com a temática homossexual ganham em projeção. O filme Milk, traduzido no Brasil como “A voz da igualdade”, interpretado por Sean Penn, retrata a vida do político americano chamado Harvey Milk, foi vencedor do prêmio Oscar em 2008 nas categorias melhor roteiro original e melhor ator, além de ser indicado para seis outras categorias.
Filme vencedor do Oscar em duas
categorias, Melhor ator e melhor
roteiro original


















Desde filmes como “Priscila, a rainha do deserto” e “Brukeback Montain”, Hollywood tem empreendido lançamentos, com algum sucesso cinematográfico.
O estilo clássico do ícone americano masculino
Velho Oeste narrando um relacionamento
Homossexual


No Brasil, o que hora percebemos, é a influência da Rede Globo de Televisão, que tem investido espaço no horário nobre de suas telenovelas a personagens gays que recebem algum sucesso de tempos em tempos como o “Capitão Gay”, interpretado por Jô Soares no Programa Viva o Gordo na década de 80
Capitão Gay no Programa Viva o Gordo
, até o sucesso estrondoso de Félix Khoury da novela “Amor à vida” interpretado por Mateus Solano. Essa novela foi a primeira a exibir um beijo gay na TV brasileira por essa emissora. Além do fato, que a partir do sucesso obtido, quase todas as tramas contam com um personagem homossexual, que sendo, afirmam os escritores, refletem um segmento crescente da sociedade brasileira.
Félix na novela "Amor a Vida"



3) O movimento gay não tem confissão religiosa – Apesar de, evidentemente, cada indivíduo ter sua confissão particular, o citado movimento não busca angariar o apoio dos religiosos. Mesmo estando em um país predominantemente religioso, com números perto dos 90% da população, o movimento prefere empreender uma batalha ideológica com os religiosos. Nos principais nomes odiados pelo movimento gay figuram nomes como o pastor Silas Malafaia e o deputado, também pastor Marcos Feliciano. Nesse particular, o movimento se distancia da tática empreendida pelo movimento americano, que conta com o apoio de denominações inteiras como a PCUSA (Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos), que acolhe em sua membresia homossexuais e pastores com essa orientação. No Brasil o movimento prefere atacar, os pastores e suas denominações. Como foi o caso da recente marcha do orgulho gay realizada na cidade de São Paulo onde um travesti de alcunha “Viviane Beleboni” encenou um crucificado. Tal atitude teve reverberações imediatas tanto de evangélicos como de católicos e isso demonstra a ruptura do movimento em conseguir o apoio evangélico e romanista.

Extremismo e Alienação
Em minha perspectiva a igreja, genuinamente cristã, nunca se tornou e nunca se tornará um empecilho para a entrada de pecadores. O chamado evangélico para o arrependimento é igualmente destinado para homens e mulheres héteros e também homossexuais, apesar desta distinção não ser determinada pela Palavra. Os pecadores são identificados como a grande massa humana afetada pela queda original, isso independe de que maneira eles são rotulados de acordo com os seus pecados.

Há, no entanto, sempre o risco de cometermos exageros extremistas e alienação coletiva, quando incitamos o ódio aos nossos semelhantes. Não apenas ao grupo em questão, mas a todos os outros que pensam diferente de nós. Os países onde os cristãos são maioria, sempre estiveram no centro daqueles que mais dialogaram com as oposições. Não somos como o Estado Islâmico que mata os “infiéis”, mas toleramos as divergências, mesmo tendo posições firmes e contrárias em muitas opiniões. Quando observo irmãos, falando de orações imprecatórias e ódio a uma classe específica, não consigo dissociar daqueles trágicos eventos na história da humanidade, onde o contraditório foi destruído por ideias religiosas e políticas e que tanta dor causaram em suas épocas. Como pastor, recomendo o debate franco e respeitoso, mesmo sabendo que esse pode não dar em algo útil, do ponto de vista do efeito, pois sabemos que aqueles que andam nas trevas, podem não aceitar o “escárnio da cruz” e darem de ombros para os seus próprios pecados. Mas também, é evidente, existe o outro lado da moeda, pecadores desejosos por conhecer a Cristo genuinamente, podem estar nas fileiras do movimento gay e não proponho aqui uma cura para os gays, mas que eles deixem seus pecados aos pés de Cristo, mesmo aqueles que eles tanto amam, como nós também devemos depositar. Que Deus nos livre do discurso de ódio de tantos oportunistas. Que o Senhor nos conceda a mesma misericórdia existente em Cristo, que foi conhecido como amigo dos pecadores, eis a razão de estarmos hoje em Sua graça. Perdoados e redimidos por Aquele que estende seu amor ao mais vil pecador.

Com essa opinião não busco atenuar os graves incidentes ocorridos na marcha, pois tais ações foram graves e extremamente ofensivas, mas busco refrear, pelo menos em mim mesmo, algo que me remeta aos princípios evangélicos extraídos das Santas Escrituras. Os homossexuais não são meus inimigos. Ele não estão na classe denominada "principados e potestades, que é mencionado em Efésios 6, mas sim na classe denominada sangue e carne, logo, precisarei manter focado o meu evangelismo, caso contrário, não poderei alcançá-los pelo Evangelho, pois o entrave será meu ódio a eles, aliás, o mesmo que eles parecem defender quando afrontam símbolos cristãos. Que Deus nos livre de sermos empecilhos para a obra de Deus seja em que for, que Ele nos leve a sentir a mesma misericórdia que um dia nos alcançou.