domingo, 12 de dezembro de 2010

As cidades de Refúgio, sinais da misericórdia divina


Dia do Senhor - 12 de Dezembro de 2010
Números 35.9-15

INTRODUÇÃO: No primeiro século, um herege chamado Marcião, desenvolveu uma teoria de que o Deus do Antigo Testamento era um Deus diferente do Novo Testamento. Ao deus do Antigo Testamento ele deu o nome de dimiurgo, que segundo ele era um deus iracundo e limitado. Mas ao Deus do Novo ele observou misericórdia e graça. Diferente dele, podemos ver nos dois períodos o quanto Deus é misericordioso para com o Seu povo. Isso fica claro na instituição das cidades de refúgio, cidades que Deus designou para que aqueles que haviam cometido delitos não fossem mortos.
Diante dessa misericórdia que pode ser vista em todas as páginas da Bíblia, sugiro um título: “As cidades de Refúgio, sinais da misericórdia divina”.  
O cristianismo não é um sistema cruel, onde pecadores não têm chances e que Deus sorve ira e condenação. Nada nos consola mais do que saber que o Deus em que cremos também disse por meio do Seu Filho “vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mat. 11.28). Logo vemos um Deus amoroso, que apesar de exercer a justiça, jamais inocentando o culpado, permite a estes mesmos culpados o alcance da misericórdia. Para que possamos entender isso melhor observemos mais detidamente; as cidades de refúgio eram:

I- Um projeto para a nova nação (vv. 10-11)
No plano divino para Israel a nação deveria manifestar princípios que nenhuma outra na terra possuía. Por esta razão, tais princípios misericordiosos era uma tarefa exclusiva deste povo.
a)    Nação estabelecida, nação justa (v.10) – Durante o período que Israel era nômade várias de suas instituições ainda não haviam sido dadas. Foi preciso transpassar o Jordão para enfim experimentar os benefícios da nova sociedade.
b)   Propósito separado (v.11) – Deus sabia que muitas injustiças podiam advir do julgamento errado dos juízes israelitas (Nm 35.16-21). Por esta razão, aqueles que haviam cometidos crimes de forma involuntária poderiam recorrer a estas cidades e lá receberem um julgamento justo.

II- Um porto seguro de justiça (vv. 12-14)
Estas cidades, no entanto, não visavam encobrir a transgressão, elas eram para aqueles que tinham feito algo sem querer, ou por acidente ou imperícia, ou por ignorância.
a)    Julgamento certo (v.12) – Os que recorressem à cidade não ficariam sem juízo, mas enfrentariam o julgamento das autoridades do lugar, Deus jamais inocenta o culpado.
b)   Refúgio para os judeus (vv.13-14) – Estas seis cidades foram distribuídas conforme a organização das tribos. Os que ficaram antes do Jordão e os que estivessem em Canaã.

III- Misericórdia gratuita para todos (v.15)
Esta misericórdia não era apenas para os naturais do lugar, mas também para todos, até mesmo para o estrangeiro.
a)    O alvo estendido (v.15) – Assim, aquele que não era judeu podia receber um julgamento justo, pois as cidades de refúgio também contemplavam os estrangeiros.
b)   As cidades de refúgio e Jesus Cristo – Nós, por assim dizer, somos também carentes desse refúgio, buscamos no Senhor Jesus, nossa cidade de refúgio. Somos também pecadores, que receberemos juízo certo, Sua substituição. Ele nos recebe com misericórdia e nos inocenta, segundo a Sua graça.

Conclusão: Cheguem-se também a esta plena e espaçosa cidade de Refúgio. Nela encontramos abrigo daqueles que procuram nos tirar a vida. Ele nos recebe quando todos querem nosso fim, ele nos dá conforto e perdão quando o mundo em que vivemos nos despreza. Corra para a cidade de Refúgio que é Cristo e não tenha medo daquilo que pode acontecer depois, pois lá e apenas lá tem graça gratuita, perdão para todos os pecados cometidos na ignorância. Deus sempre nos leve para lá, aleluia.




Soli Deo Gloria!




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