João 11.47-57
É verdade que
a morte de Cristo é uma inesgotável fonte de bênção para o crente, pois foi por
meio dela que o nosso grandioso Salvador pagou o preço requerido por nossos
pecados. Mas, também é verdade que ela é celebrada imensamente por muitos.
Recentemente um filme intitulado “Deus não está morto” chamou a atenção do
público evangélico quanto às implicações, trazidas pela academia sobre a
existência ou não de Deus.
A
questão é que o Senhor morreu para muitos hoje em dia, assim como Ele já estava
morto, antes de morrer, para aqueles homens instruídos na Lei que buscavam o
bem de si próprios e não a vontade de Deus. Tendo isso em vista gostaria de
refletir nessa noite no seguinte tema: “A
profecia de Caifás: A morte de um homem, a redenção de uma nação”.
Ao
comentar sobre isso gostaria de refletir acerca dos estratagemas encontrados no
texto bíblico empreendidas por esses homens, no sentido de silenciar e abafar a
voz do Senhor em suas vidas, algo muito parecido com aquilo que fazem os homens
que nos dias atuais estão buscando o “silêncio do Senhor” no sentido de
amoldarem suas expectativas ao seu alvitre corrompido.
Vejamos
como isso ocorre, contemplando as seguintes nuances dessa pretensão arrogante.
Vejamos como a morte de Cristo foi planejada por eles:
Uma morte
idealizada (vv.47-48)
É
claro que houve um período, entre os líderes judeus, que eles avaliaram os
ensinos de Cristo. Eles realmente analisaram à luz da experiência e de seus
métodos, se o Senhor era realmente o Cristo, se Ele realmente era o que Ele
pretendia, mas isso desvaneceu em suas mentes e corações rapidamente. O que
estaremos vendo aqui são os estratagemas desses homens a fim de resolverem um
problema que o Senhor lhes trouxe, vejamos mais detidamente:
Os “muitos
milagres” como pretexto (v.47) – João, taxativamente, explica que a
razão da morte do Senhor eram os “Seus milagres”. O que é estranho é que os
milagres nunca foram problema em Israel, em outras épocas eles eram vistos como
sinais evidentes da ação de Deus, porque nesse caso eles estavam incomodados? A
razão era que Jesus estava conquistando o povo com milagres incontestáveis,
como a ressurreição de Lázaro (João 11.1-46). A assembleia mais famosa dos
judeus, o sinédrio, é convocada em razão disso e percebamos o argumento defendido
aqui.
O ciúme
religioso nutrido pelos fariseus (v.48) – Eles entendem que era uma causa
nacional. Eles, os fariseus, membros do sinédrio, desejam se identificar com a
nação, quando na realidade estavam defendendo a si próprios. Nesse discurso
parece haver uma observação de fraqueza na proposta religiosa de Cristo, pois
eles acreditavam que isso poderia por em ruína a própria nação perante os
romanos. Eles temiam a perca do poder e seu status exaltado, não estavam
dispostos a viver segundo o Evangelho.
Uma morte
aconselhada (vv.49-53)
O conselho
dado por Caifás (v.49) – Talvez se esse conselho fosse algo de si
próprio não receberia a atenção que recebe aqui, mas João vê nas palavras desse
sumo sacerdote ímpio, aquilo que seria a vontade de Deus na questão da obra do
Senhor, ou seja, a Sua morte vicária. Seu discurso é cheio de arrogância, mas
prevê a morte de Cristo pela nação.
Um homem pela
nação (vv.50-51)
– Mesmo um homem cego espiritualmente pode advertir o povo quanto a algo
pretendido por Deus. Deus usa a quem quer. E a verdade é a verdade de Deus,
como falava Calvino. Nesse aspecto, Caifás foi profeta. Isso nos leva a
entender que mesmo ímpios podem proferir o evangelho, logo, pregadores ímpios
podem falar algo verdadeiro, mesmo sendo ímpios.
A aplicação
evangélica (v.52)
– Nesse verso, temos a explicação dada por João dessa profecia. Jesus não
somente morre pelos judeus, mas para ajuntar os filhos de Deus espalhados pelo
mundo, os quais são aqueles que creem em Seu nome.
Uma morte
há seu tempo (vv.53-54)
A
morte de Cristo, antes de tudo, foi prevista por Deus. Nem o diabo, nem os
homens foram à causa dela. Estava em Deus os tempos que isso ocorreria. Vejamos
como João narra isso:
Uma ação
consumada (v.53)
– Aqui vemos exatamente o momento em que o nome de Cristo e Sua Palavra foram
desprezados por esses homens. Uma vez que esse nome está desprezado, pouco se
pode fazer para fazê-Lo importante para muitos homens.
Ação evitada
soberanamente (v.54)
– Não é a primeira vez que Jesus evita certas pretensões humanas. Em outras
ocasiões, onde Ele também estava ameaçado de morte, Ele também buscou evitar
tais situações. Ele evitou ser coroado rei, Ele evitou falar abertamente,
preferindo as parábolas, tais ações foram soberanamente administradas a fim de
que nada atrapalhasse os propósitos soberanos do Senhor. Aqui não vemos um
covarde fugindo da morte, mas o Santo de Deus obedecendo a vontade soberana do
Senhor.
Uma morte
controversa (vv.55-57)
A festa
nacional (v.55)
– Multidões de judeus frequentavam Jerusalém, principalmente durante as festas.
A páscoa era talvez a mais importante delas. Estar em Jerusalém durante a
páscoa era um dever para os judeus, imagine para um Rabi?
Aqueles que
procuravam por Ele (v.56) – Existiam dois motivos que faziam os judeus
buscar o Senhor, um era o desejo de conhecer o afamado Rabi e o outro era
buscar erros em Seu ensino para o levarem para o cárcere. Os mesmos motivos
ainda hoje estão em evidência e o encontro do objetivo dependerá muito daquilo
que pensamos previamente do Senhor.
Aqueles que
buscavam calá-Lo (v.57) – Esses homens tencionavam previamente silenciar
a voz daquele que tem poder de fazê-los mudos, pois nenhum argumento é maior do
que o dele. Eles buscavam o mal não somente do Senhor, mas de si próprios,
mesmo que suas motivações não visassem isso.
Assim como naqueles dias muitos tencionam calar a voz de Cristo. Isso acontece por inveja ou por ódio consumado, uma vez que desprezam seus ensinos. Ainda hoje vemos a ira dos homens por Aquele que proclama o Reino de Justiça. Tais homens são amantes de seus próprios ventres e não desejam que viva a Palavra da Verdade. Que Deus não nos faça emudecer diante de tantos desmandos. Na contramão daqueles que buscam o silêncio de Cristo estão aqueles que tencionam ouvir a Sua voz, quanto a esses existem promessas de audiência eterna. Porém, aos demais, pouca esperança resta, a não ser que se arrependam-se e busque a mesma voz de poder encontrada no Senhor.
Muito esclarecedor com Vc passar verdade sobre a única verdade d Cristo.
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