Não
sou contra as festas. Na realidade a vida é repleta de situações que requerem
celebrações espontâneas e alegres. Isso torna a vida um grande agradecimento a
Deus. Agradecemos por um ciclo de coisas ruins que deixaram de nos incomodar,
por vitórias nos estudos, na doença e assim por diante. Logo, não somos
introspectivos e enfadonhos como crentes. Nossa vida celebra a providência de
Deus em nosso favor e não nos reunimos meramente para nos desgastarmos em
vícios e amizades conquistadas em troca de dar e receber, mas na certeza que
somos um povo eleito e isso nos faz ir aos cultos ao Senhor em Seu dia e
comemorarmos a salvação em todos os momentos. Mas muito me preocupa as recente
opiniões sobre algumas celebrações seculares. Por esta razão, reflito neste
post a respeito da incompatibilidade que há na frequência de um fiel em festas
como o carnaval, observemos o seguinte quanto a este particular.
É incompatível
não somente por ser algo defendido historicamente – Com isso não
quero demonstrar que os velhos argumentos usados pelas gerações anteriores, de
que o carnaval é a festa da carne e coisas do gênero, além de fazer uma
pesquisa histórica pela festa e assim por diante são argumentos válidos ainda
hoje, mas por uma série de argumentos que gostaria de refletir, mais
detidamente no que concerne a esta festa que nos faz ser reconhecidos fora de
nossa nação. Observemos então estes argumentos.
Um cristão não
é movido pela efemeridade produzida no carnaval – Os foliões no
carnaval precisam ser incitados a produzirem uma alegria meramente fugaz, ou
seja, sua alegria é antes de tudo produto de uma circunstância que a própria
festa proporciona e não em algo que venha a encher seus corações de real
satisfação. Com isso o carnaval precisa fabricar ingredientes para a alegria
dos foliões, bebidas, músicas, sentimentos que na maioria das vezes são ilícitos
em outras ocasiões e assim por diante. No entanto, a alegria do cristão não é efêmera
e fabricada, mas deve-se ao derramar do amor de Deus em nossos corações, isso
nos faz repudiar qualquer tipo de alegria frustrante que não celebre a alegria
de nossas vidas, o Senhor Jesus Cristo, nossa real alegria.
Um cristão
incomoda-se a imagem passada pelo carnaval – Durante toda a nossa
peregrinação neste mundo aprendemos na Palavra que não pertencemos a ele, mas que somos peregrinos e estrangeiros nesta terra, ou seja, temos uma
pátria nos céus, incorruptível e preparada para os fiéis. Porém, mesmo sendo instruídos
quanto a isso, somos interessados em reformar o mundo em que vivemos. Não nos
conformamos com a injustiça e devemos nos esforçar para fazer deste mundo o palco onde Deus atua
solenemente em nossas vidas como um todo, sendo nós mesmos coadjuvantes da redenção de Deus neste mundo caído. Por
esta razão, o verdadeiro cristão, aquele que entende que fomos vocacionados
sendo brasileiros, e que entende que a imagem do nosso país deve ser melhor do que a atual,
percebe a grande mazela que faz o carnaval a esta nação. Somos conhecidos
atualmente pelo país do sexo fácil, pela sensualidade, nação sem regras e povo
sem objetivos. Com isso quero dizer que o verdadeiro cristão deveria orar para
ver esta festa sendo extirpada de nossas manifestações culturais e não tentar modifica-la,
pois tal postura pode fazê-la surgir no futuro causando mais danos ainda em outras ocasiões. Logo
esta festa que emporcalha nossas cidades e que onera os cofres públicos, deve
ser algo com que nos preocupamos, no sentido de vê-la completamente eliminada
de nossas vidas e das futuras gerações de brasileiros.
O cristão e a ênfase
na pureza moral – Já
somos um país tropical, o que fornece a alguns a necessidade de usarmos roupas
mais leves e fazer nossas praias estarem lotadas de pessoas em trajes de banho,
quase sempre, sensuais e descompromissados com a compostura e a moralidade. O carnaval por sua
vez, faz com que exista um precedente para o desleixo e uma postura favorável para com a
sensualidade, isso em alguns é completamente perceptível, ajudando na perpetuação de uma cultura do sexo por longas gerações. Por isso é comum o alto nível de
estupros nestas épocas, bem como, o aumento de abortos provocados por
inconsequentes assassinas, que lançam fora seres humanos frutos de uma noite
desvairada. Nós como cristãos temos um longo caminho para mudar esta situação.
Começa em nosso próprio lar quanto fortalecermos uniões monogâmicas e heterossexuais.
Bem como, buscarmos inculcar nos nossos jovens o dever de se manterem puros
para o casamento, para a glória de Deus, além de não favorecermos essa “cultura” sexual tão comum em
nossos dias. Isso pode ser o começo de uma nova mentalidade que surgirá entre os
nossos jovens que continuarão nossa tarefa quando deixarmos este mundo.
Deve o cristão
desconsiderar a mídia promotora do carnaval – Uma das grandes formas de
mobilização seria alcançar os promotores da mídia pelo bolso e fazermos com que
eventos como esses sejam desprezíveis no IBOPE. Não adianta nada fazermos
campanhas em redes sociais, bem como lamentarmos nossa situação se não nos
unirmos no ideal de alcançarmos nossos objetivos afetando os bolsos daqueles
que promovem programas indecentes e festas profanas como o carnaval. Se somos
mais de 30% da população temos potencial para isso de uma maneira contundente.
Não consumirmos, não aprovarmos e não assistirmos nada que dê audiência a estes
eventos. Mas no que se refere a isso, sabemos que a luta não é nada fácil,
visto que individualmente devemos lutar para que nossas vidas não sejam
contaminadas com a impudicícia.
Dentre
as várias tarefas que temos como povo de Deus, uma das maiores é a purificação
de nosso procedimento pessoal. Somente quando nossos olhos repulsarem a
fornicação, o adultério e o sensual poderemos lutar contra o carnaval. Creio
que o nosso Deus pode nos santificar totalmente para esta função. É necessário
que seja assim se quisermos ver nossa nação aos pés do Senhor. Por esta razão,
conclamo a todos a lutarem em favor da pureza moral e individual e apenas então,
lutarmos em todas as frentes para ver esta festa extirpada de nossa sociedade,
que Deus nos ajude nessa tarefa, amém.
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