O texto de 2 Reis 4.42-44, onde Eliseu supre a carência de alimento de 100 homens com apenas vinte pães de cevada e espigas verdes, nos fazem contemplar a imensa provisão divina às nossas necessidades mais básicas. A comida, as vestes, o sustento diário, nossos empregos, enfim, aquilo que não pode ser considerado luxo nem esbanjamento é aquilo que qualquer homem deseja para si mesmo ou para aqueles que estão consigo. No entanto, em uma vida onde parecemos estar em meio a lutas constantes, por dentro e por fora, somos inclinados a pensar que nem sempre alcançaremos êxito em questões que muitas vezes de tão básicas nos parecem, nosso direito, ou mesmo não concordamos que elas nos faltem.
A bíblia nos lembra, através de exemplos, para lá de claros, que o Deus que servimos é um Deus supridor. Deus que se agrada em conceder dádivas graciosas a seu povo. Muito embora as situações sejam contrárias e adversas. No entanto, Deus demonstra o Seu amor eletivo e especial por Seu povo que nEle espera, fazendo-os não somente serem alvo de Seu favor, mas também fazendo-os entender que em todos os instantes Ele estará suprindo as Suas necessidades no que for possível ou impossível.
Quanto aos descrentes, aqueles que não nutrem a mesma esperança, a bíblia nos informa que Deus faz nascer o Seu sol sobre justos e injustos (Mateus 5.45), logo eles também são alvo da misericórdia de Deus, só que por não serem gratos por este suprimento gracioso, muitas vezes sendo arrogantes, crendo que suas próprias mãos conseguem o seu próprio sustento, bem como atribuindo a ídolos ou deuses falsos tal manutenção, aumentam para si mesmos os seus próprios pecados. Ao recusar o favor gracioso de Deus, especialmente designado, naturalmente para todos, não conseguem entender "a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento" (Efésios 3.18, 19).
Esses fatores nos ajudam a entender a razão pela qual o Senhor vem suprindo a Sua igreja ao longo dos séculos. De fato, a prova mais evidente de que Deus não desampara a Sua igreja é ver Sua providente mão em momentos dos mais diversos. Momentos onde essa mesma igreja parecia ter desaparecido em razão da pouca importância ou da pouca influência em tempos áridos. Momentos onde inimigos poderosos ameaçavam riscar essa igreja do mapa, sem, contudo, conseguirem êxito. Enfim, Deus guardou e guarda o Seu povo amado. Em nada lhe impropera, mas em tudo supre aqueles que são "a menina dos olhos do Senhor" (Zacarias 2.8).
A nutrição do Senhor ao Seu povo é farta e abundante. Não serve para os corações opulentos e acostumados com as vaidades e riquezas deste mundo enganador, mas para o louvor daqueles que tiveram seus olhos aclarados pela santa vocação dos eleitos. Aqueles que conseguem ver o cuidado e o amor paternal de um Deus que cuida dos Seus. Um Deus amoroso que nunca nos abandona, mesmo quando estamos na região da sombra da morte, em lugares tenebrosos de sequidão de estio. O solo do coração de Deus sempre é produtivo e gracioso para os Seus eleitos e nunca nenhum bem sonegará a Seu povo. Quão grande graça é ser cuidado por um Deus amoroso, quão distante laboram aqueles que põe a força em seu braço e voltam-se para os ídolos. Quanto a nós povo de Deus, nos alegramos em toda a graça recebida dia a dia por esse gracioso e portentoso Deus. Aleluia.
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