domingo, 21 de novembro de 2010

As marcas distintivas de um crente genuíno


1 Pedro 2.11-12

INTRODUÇÃO: Esse texto nos mostra uma visão de como devemos nos comportar como crentes e não somente isso, nos mostra que somos diferentes com relação ao mundo, portanto, nossa atitude a partir desta compreensão nos leva a algumas ações que não são comuns a todos.
Pedro escreve esta carta a crentes passando por perseguição. Diferente de nós que gozamos de relativa tranqüilidade, mas o que nos chama atenção nesta época com relação a nossa fé? Gostaria de refletir convosco o que penso a este respeito, observando de um ponto de vista bíblico. Para tanto, sugiro um título para a nossa meditação: “As marcas distintivas de um crente genuíno”.
Nos dias atuais muitos se dizem cristãos e quase todos estão dispostos a portar este título, mas do ponto de vista da doutrina cristã, algumas marcas distinguem um crente genuíno, observemos as mesmas:

I- Um crente genuíno demonstra conversão (Mt. 7.16-20)
Neste texto de Mateus o Senhor está ensinando a reconhecer um falso profeta, mas isto é verdadeiro não apenas para se descobrir um líder, mas também o é para crentes chamados “comuns”, por isso vejamos:
a)    Os frutos – Esta é uma forma do Senhor ensinar como devemos produzir obras naturalmente condizentes com a fé. Se pertencermos a Ele produziremos bons frutos, se não pertencemos seremos queimados (v.19).
b)   A prática atual – Hoje observamos a distância que estas palavras parecem estar. Parece estranho, mas, muitos hoje em dia não demonstram estes frutos, nem mesmo estão interessados em demonstrar, atestando aquilo que a Palavra chamou de apostasia.

II- Um crente genuíno demonstra arrependimento (Rm 2.4)
Neste verso o apóstolo Paulo indica que somos conduzidos por Deus ao arrependimento, sendo o mesmo uma obra interna conduzida exclusivamente por Deus, logo, observamos que para ser crente genuíno deve o cristão:
a)    Detestar suas antigas obras – Digo isto não no sentido de se arrepender de tudo o que vez, mas de todas as práticas contrárias as Sagradas Escrituras, não só quanto o passado, mas principalmente quanto ao presente.
b)   A prática atual – Hoje vemos uma decadência neste sentido. Outrora avançávamos rumo à santificação, mas com o passar do tempo o que era avanço se tornou retrocesso e nos comportamos sinicamente voltando às antigas práticas.

III- Um crente genuíno demonstra transformação (1 Pedro 2.12)
a)    Fazendo o inesperado – Todos esperam ódio em um mundo que odeia, todos esperam ira em um mundo iracundo, mas pouco se espera do amor, tido como sentimento dos fracos, nem do perdão tido como sentimento pouco nobre.
b)   A prática atual – É esperar entre o povo de Deus sentimentos parecidos com aquilo que encontramos no mundo, isolamento, desconfiança e outros tantos típicos daqueles que não nasceram de novo.

IV- Um crente genuíno demonstra temor a Deus (Hebreus 10.31)
a)    O temor do solo sagrado – É o temor de Moisés na sarça, de Isaias com a tenaz, e de todos os santos que já estiveram na presença de Deus. É respeito, reverência e alta consideração.
b)   A prática atual – Percebemos o descrédito de muitos nas músicas que eles fazem, na forma desleixada com que chegam à casa de Deus, no desprezo pelas coisas santas.

V- Um crente genuíno demonstra aspiração celestial (Salmo 42.1,2)
a)    Buscando riquezas celestes – Ele não se preocupa com a conta do final do mês, nem tão pouco se vive com muito o com pouco. Ele está fito no Eterno e na glória do Seu nome, as demais coisas sempre serão secundárias para ele.
b)   A prática atual – É vermos os crentes ansiosos para deixar a presença do Senhor. Mal estão lá, já querem deixá-la, mas vale os prazeres e os divertimentos do que a companhia do Altíssimo.

Conclusão: Olhemos sinceramente se nós estamos nos qualificando em uma forma de vida condizente com aquilo que deveríamos ser. Será que estamos nos tornando um subproduto deste mundo e não desejosos cidadãos do céu? Irmãos amados, tenhamos cuidado com o amor desta vida e com a forma desleixada de nos comportarmos, caso contrário precisaremos prestar conta daquilo que deveríamos fazer e não fizemos. Deus tenha misericórdia de nós.

Soli Deo Gloria!



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