Jeremias 29.12-14
INTRODUÇÃO: Um jogador de futebol mesmo sendo profissional deve, sempre que possível, se aprimorar nos fundamentos do futebol, que são o passe, chutes, cabeçadas e outras funções básicas da profissão. A idéia é que quanto mais aprimorados os fundamentos, maior é o rendimento. Na vida espiritual acontece a mesma necessidade. Não é porque já estamos adiantado nesse caminho que não devemos recorrer aos fundamentos da nossa fé para aprimorar-nos.
A oração é um desses fundamentos necessários. Se não desenvolvermos isso podemos prejudicar toda a nossa vida de piedade. Quantas vezes pedimos e não recebemos? Quantas vezes vamos apressados a Deus em busca de socorro e a impressão que temos é que não fomos atendidos? É preciso reaprender os passos para então entendermos a vontade de Deus.
Para entendermos melhor sugiro um título: “A oração o meio de graça para o alcance das petições”.
De acordo com a doutrina bíblica, devemos entender a oração de três formas principais:
I- O crente ora porque tem sido chamado a isso.
a) O Senhor Jesus lhe ensina – Tal prática não é algo sem importância, pois o Senhor nos recomendou orar Mt 7.7-12. O “Pater” é um exemplo fornecido por Ele mesmo em Mateus 6.5-15; Ele mesmo orava Mt. 26.36 e Jo 11. 41,42; Mt 27.46; de madrugada Mc. 1.35; Mc. 6.46 antes de um milagre. Ele orava para ser o nosso exemplo maior Jo 11.42.
b) Deus lhe convoca – Ele manda que pesamos a Ele (Mt. 7.7); Ele nos manda que O busquemos (Jr. 29.12,13); Nós sempre devemos invocá-lo na angústia (Sl. 50.15 e 91.15).
c) É dever do crente – Os textos acima nos mostram que não é apenas uma opção a oração, mas um dever. Alguém já disse que “quando o homem trabalha, ele trabalha, mas quando ele ora Deus trabalha no seu lugar”.
II- O crente ora porque Deus lhe responde.
a) Ele quer ser buscado assim – Deus poderia exigir outro meio para ser adorado, mas na Nova Aliança, seus benefícios são conferidos pela oração.
b) Ele conhece, mas quer ouvir – Deus conhece todas as coisas, antes mesmo de pedirmos (Mt. 6.8), mas Ele quer nos ouvir pedindo, pois fazendo assim desenvolvemos comunhão com Ele e assumimos nossa dependência nEle.
c) Ele se agrada em dar a quem pede – Quantos têm seus sonhos frustrados porque fazem tudo sozinhos. Os filhos de Deus agem esperando as respostas de Deus por isso são bem sucedidos. Quem não pede, não pode receber e quem pede mal (para si) não é atendido, porque até para pedir se deve aprender (Tg 4.2,3)
III- O crente ora para ver as promessas se cumprirem.
a) Promessas dadas apenas com oração – Algumas das promessas e vitórias dadas por Deus são conquistadas apenas pela oração (Mt.17.21). Deus a disponibiliza a quem faz uso da oração, o que significa que devemos ser insistentes (Lucas 18.1-8). Se a viúva não tivesse insistência nunca receberia.
b) O Deus Trino está envolvido - 1) Deus o Pai é o realizador (Fl 2.13); 2) Deus o Filho o Mediador (1Tm 2.5); 3) Deus Espírito o tradutor dos sentimentos (Rm 8.26).
c) O crente deve crer nas promessas – Devemos crer em suas promessas, crendo que Ele é poderoso para realizá-las ainda que sejam impossíveis. Aquele que duvida pode ter seu pedido anulado pela incredulidade (Mt. 21.21 e Mc. 11.23).
CONCLUSÃO: Comenta-se que a rainha da Inglaterra preferia enfrentar mil exércitos do que enfrentar as orações de John Knox, pastor reformado escocês. Não devemos duvidar da oração, ela pode muito em seus efeitos (Tg. 5.16). Aquele que é negligente neste ponto, será negligente nos demais. É necessário redescobrirmos o ministério da oração. Ele nos reconduzirá ao trono da graça que o Senhor nos chamou. Abrirá portas inalcançáveis e impossíveis. Deus nos chama a confiar em suas promessas e fazermos prova. Ele nos dará se pedirmos como se deve. Ao invocarmos o nome de Cristo em oração, assim como no passado Ele atendeu aos que pediram, também hoje nos atenderá. Busque o Senhor em oração (1 Ts 5.17), é o nosso dever buscá-lo sempre. Que Deus nos abençoe, amém.
Soli Deo Gloria!!!
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