Quem é o próximo? Esta foi um pergunta enigmática de um judeu a mais de 2.000 anos atrás feita ao Senhor Jesus Cristo. A bíblia narra que ele era um fariseu, intérprete da Lei, pertencente a uma classe de pessoas tidas como eruditas naquela época, que se afadigavam em descobrir de que maneira seria melhor viver segundo a Lei (Lc 10.25). Os ensinamentos do Senhor, no entanto, pareciam divergentes da mesma Lei, apesar de conter vários ensinamentos próprios ao judaísmo até então conhecido. Essa pergunta, porém, não nasceu de uma dúvida sincera, mas da tentativa de pôr o Senhor a prova, ele queria ver no ensinamento algo heterodoxo, algo que expusesse o erro do ensino e se viu diante desta grande indagação, quem é o meu próximo?
Ora, nós ainda que não desejemos pôr o Senhor a prova também estamos diante dessa pergunta. Quem é o nosso próximo? Muitos respondem facilmente esta questão da seguinte maneira: "aqueles que me são chegados". Ora, todos nós temos os nossos parentes e amigos íntimos que, sem dúvida, pensamos em retribuir toda a atenção e carinho que eles nos devotam. Isso não é de modo algum questionável, somente quando os elevamos a prioridade absoluta, não poupando nada para vê-los felizes. Quanto a isso devemos questionar seriamente, uma vez que nossos padrões retribuitivos são imensamente equivocados em algumas ocasiões. Isso se deve ao fato de sermos corruptos em nossa natureza, essa corrupção nos faz muitas vezes buscar estes interesses de modo a agradar estas pessoas e em algumas ocasiões, fazermos "vistas grossas" no que se refere aos erros das mesmas. Certamente o Senhor Jesus não queria se referir a este nosso próximo, mas a outros que muitas vezes nem mesmo damos importância.
A explicação da parábola que Ele propõe é importantíssima para este entendimento, então quem é o meu próximo? Respondendo esta questão, o Senhor explica que certo homem descia de Jerusalém para Jericó, cidades próximas uma da outra, e que enquanto fazia este percurso este homem foi assaltado por ladrões que além de o espancarem, também lhe roubaram os bens que possuia (v.30). O homem por causa dos ferimentos ficou semimorto, lançado a sorte a beira do caminho.
Neste interím, passam algumas pessoas e realmente contemplam o estado deplorável do citado homem a beira do caminho. O primeiro indivíduo a passar é um sacerdote (v.31). Naqueles tempos os sacerdotes eram homens importantes diante do povo judeu. O próprio Deus havia estabelecido a proeminência desses homens ao instituir o Seu serviço sagrado no templo e os sacerdotes eram os responsáveis por este serviço, juntamente com os levitas, descendes de Levi, um dos doze patriarcas da nação judaica. A propósito, o outro a passar é justamente pertencente a este grupo. Tanto quanto o sacerdote, passa de largo (v.32). Ou seja, se dependesse desses homens aquele que sofria semimorto não teria chances e acabaria covalecendo sem nenhum auxílio.
Neste aspecto existe aqui nesta parábola uma crítica veemente a religiosidade dominante nos dias de Jesus. Muitas dessas pessoas em seus cargos importantes, eram extremante reputáveis, as pessoas lhes honravam além da conta, mas aos olhos do Senhor esta honraria era deveras exagerada. A religiosidade israelita estava covalecente, mais até do que o homem semimorto. Os líderes espirituais tinham transformado a Lei de Deus em um ritualismo frio e ineficaz. Através de atos externos os homens estavam conseguindo respeitabilidade perante os seus pares, mas não diante do Senhor. Os intérpretes estavam esquecendo as seguintes palavras "Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente como o teu Deus" (Miquéias 6.7-8). A religião era apenas externada, algo para se cumprir um ritual, enquanto as pessoas estavam morrendo. No mesmo texto de Lucas o Senhor equipara o serviço a Deus ao serviço ao próximo (Lucas 10.27). Logo, o entendimento do Senhor é que o homem que vive a verdadeira religião não é apenas aquele que está preocupado a parecer religioso para os homens. Mas aquele que deseja servir o seu próximo. Na realidade o Senhor defende que seguindo estes dois mandamentos é possível cumprir toda a Lei.
Foi isso que fez o homem samaritano. Aqui cabe uma palavra a respeito da nacionalidade desse homem. Boa parte do ensinamento de Cristo a respeito de agradar a Deus, tem como foco explicar que não era necessário ser judeu para servir ao Senhor. A nação judaica certamente tinha sido muito privilegiada com a doação da Lei e dos oráculos divinos. Da semente de Abraão também nasceu o povo eleito, não apenas da semente humana, ou por nascimento direto, mas a semente espiritual como argumenta Paulo em Romanos capítulo 9. O fato desse homem ser samaritano é muito importante. Ele não era tido como descendente segundo a carne de Abraão, mas sem dúvida era um homem com fé, pois esta passagem foi deixada por Cristo para demonstrar que os que são da fé é que são israelitas. Não no sentido geográfico, mas na adoção de filhos, herdeiros pela fé das promessas. Esse homem não passou de largo como os demais, mas o auxiliou em tudo o que ele precisava.
Voltamos então, a resposta da pergunta, quem é o nosso próximo? A resposta franca e clara é aquele que precisa de mim. Não preciso saber quem ele é para ajudar, não preciso gostar dele, mas se ele precisar de mim devo fazer o possível para ajudá-lo. Esse entendimento do cumprimento da Lei só atinge aqueles que um dia foram alcançados por Cristo. É necessário que o amor de Cristo pulse em nosso coração. É por isso que aqueles que ainda não possuem este amor não conseguem conhecer a plenitude do Evangelho. Essa é a razão das enigmática palavras do Senhor "Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mateus 5.43-44).
Quem é o nosso próximo? É o homem desempregado, a família carente, ou o mendigo que bate em tua porta? Sem dúvida, são todos estes. Mas também aqueles que precisam de nossa ajuda para compreender o amor de Cristo, que longe de ser algo externo é também interno. É necessário que estejamos cheios de Deus para manifestarmos e de fato externarmos o amor de Deus. Termino citando outro texto profundíssimo quanto a este assunto, Lucas 6.34 "Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e serei filhos do Altíssimo. Pois, Ele é benigno até para como os ingratos e maus".
A explicação da parábola que Ele propõe é importantíssima para este entendimento, então quem é o meu próximo? Respondendo esta questão, o Senhor explica que certo homem descia de Jerusalém para Jericó, cidades próximas uma da outra, e que enquanto fazia este percurso este homem foi assaltado por ladrões que além de o espancarem, também lhe roubaram os bens que possuia (v.30). O homem por causa dos ferimentos ficou semimorto, lançado a sorte a beira do caminho.
Neste interím, passam algumas pessoas e realmente contemplam o estado deplorável do citado homem a beira do caminho. O primeiro indivíduo a passar é um sacerdote (v.31). Naqueles tempos os sacerdotes eram homens importantes diante do povo judeu. O próprio Deus havia estabelecido a proeminência desses homens ao instituir o Seu serviço sagrado no templo e os sacerdotes eram os responsáveis por este serviço, juntamente com os levitas, descendes de Levi, um dos doze patriarcas da nação judaica. A propósito, o outro a passar é justamente pertencente a este grupo. Tanto quanto o sacerdote, passa de largo (v.32). Ou seja, se dependesse desses homens aquele que sofria semimorto não teria chances e acabaria covalecendo sem nenhum auxílio.
Neste aspecto existe aqui nesta parábola uma crítica veemente a religiosidade dominante nos dias de Jesus. Muitas dessas pessoas em seus cargos importantes, eram extremante reputáveis, as pessoas lhes honravam além da conta, mas aos olhos do Senhor esta honraria era deveras exagerada. A religiosidade israelita estava covalecente, mais até do que o homem semimorto. Os líderes espirituais tinham transformado a Lei de Deus em um ritualismo frio e ineficaz. Através de atos externos os homens estavam conseguindo respeitabilidade perante os seus pares, mas não diante do Senhor. Os intérpretes estavam esquecendo as seguintes palavras "Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom e o que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente como o teu Deus" (Miquéias 6.7-8). A religião era apenas externada, algo para se cumprir um ritual, enquanto as pessoas estavam morrendo. No mesmo texto de Lucas o Senhor equipara o serviço a Deus ao serviço ao próximo (Lucas 10.27). Logo, o entendimento do Senhor é que o homem que vive a verdadeira religião não é apenas aquele que está preocupado a parecer religioso para os homens. Mas aquele que deseja servir o seu próximo. Na realidade o Senhor defende que seguindo estes dois mandamentos é possível cumprir toda a Lei.
Foi isso que fez o homem samaritano. Aqui cabe uma palavra a respeito da nacionalidade desse homem. Boa parte do ensinamento de Cristo a respeito de agradar a Deus, tem como foco explicar que não era necessário ser judeu para servir ao Senhor. A nação judaica certamente tinha sido muito privilegiada com a doação da Lei e dos oráculos divinos. Da semente de Abraão também nasceu o povo eleito, não apenas da semente humana, ou por nascimento direto, mas a semente espiritual como argumenta Paulo em Romanos capítulo 9. O fato desse homem ser samaritano é muito importante. Ele não era tido como descendente segundo a carne de Abraão, mas sem dúvida era um homem com fé, pois esta passagem foi deixada por Cristo para demonstrar que os que são da fé é que são israelitas. Não no sentido geográfico, mas na adoção de filhos, herdeiros pela fé das promessas. Esse homem não passou de largo como os demais, mas o auxiliou em tudo o que ele precisava.
Voltamos então, a resposta da pergunta, quem é o nosso próximo? A resposta franca e clara é aquele que precisa de mim. Não preciso saber quem ele é para ajudar, não preciso gostar dele, mas se ele precisar de mim devo fazer o possível para ajudá-lo. Esse entendimento do cumprimento da Lei só atinge aqueles que um dia foram alcançados por Cristo. É necessário que o amor de Cristo pulse em nosso coração. É por isso que aqueles que ainda não possuem este amor não conseguem conhecer a plenitude do Evangelho. Essa é a razão das enigmática palavras do Senhor "Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (Mateus 5.43-44).
Quem é o nosso próximo? É o homem desempregado, a família carente, ou o mendigo que bate em tua porta? Sem dúvida, são todos estes. Mas também aqueles que precisam de nossa ajuda para compreender o amor de Cristo, que longe de ser algo externo é também interno. É necessário que estejamos cheios de Deus para manifestarmos e de fato externarmos o amor de Deus. Termino citando outro texto profundíssimo quanto a este assunto, Lucas 6.34 "Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e serei filhos do Altíssimo. Pois, Ele é benigno até para como os ingratos e maus".
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