domingo, 5 de junho de 2011

O adultério e suas implicações para o todos os homens

Mateus 5.27-32

INTRODUÇÃO: Continuamos nossa exposição, tendo como foco a declaração que nos foi fornecida acima. O Senhor continua, desmascarando-nos no mais profundo nível, demonstrando onde todos pecam e onde ninguém pode dizer que não está vulnerável. Desta feita, como anteriormente, o foco é a segunda tábua da Lei de Deus, ou seja, o nosso relacionamento com o próximo. É necessário antes de seguirmos, observarmos como o argumento segue uma sequência lógica. Na porção anterior ele nos fala do sexto mandamento e aqui estamos diante do sétimo “Não adulterarás”.
Diante disso, a fim de continuarmos, devemos prosseguir tendo um título: “O adultério e suas implicações para o todos os homens”. Justifico o título, lembrando que o Senhor institui à humanidade o casamento como fonte de bênção e a consequente sexualidade como justa e abençoada, mas esta quando é feita dentro do casamento, numa relação monogâmica. O adultério é a violação desse relacionamento pactual e este traz consequências tremendas para todos, sejam cristãos, sejam descrentes. Vejamos então essas implicações, de acordo com o ensinamento do Senhor:

I- Aprofundando o conceito de adultério (vv.27-28)
Já falei anteriormente que o Senhor reinterpreta a Lei mosaica. Na realidade Ele faz adendos consideráveis sobre a Lei, demonstrando Sua autoridade e divindade. Tendo isso em vista, vejamos:
a)   O sétimo mandamento (v.27) – É uma característica particular do conceito judaico-cristão de religião. Não existe algo parecido em nenhuma outra religião. A pureza neste relacionamento é mesmo modelo para o nosso relacionamento com Deus.
b)   O aprofundamento do mandamento (v.28) – O Senhor neste mandamento, o estende a níveis muito mais profundos, assim como o anterior (homicídio vv.21-26). O adultério é considerado no ensino de Cristo como intenção, concupiscência (Mt 15.19). O simples fato de nutrir um pensamento impuro pelo o outro já nos faz adúlteros perante Deus.
  
II- A luta contra o pecado (vv.29-30)
O Senhor passa agora a considerar como devemos nos portar frente a esta terrível circunstância. Ele explica que:
a)   Os membros destros – Martyn Lloyd Jones ao explicar esse texto ensina que a destra era honrada pelo ensinamento antigo e que o arrancar do olho e da mão destros, demonstrava a gravidade que o Senhor procurou atribuir ao pecado. Logo, nada tem a ver com a mutilação para entrar no Reino de Deus e sim com a total abnegação para se ver livre deste dano.
b)   O conceito de pecado – Não se busca a santificação apenas por atos externos, mas sim com a contrição sincera e o abandono do mal. Aqui vemos o pecado em sua complexidade e urgência, abordado com seriedade. Algo muito diferente de alguns conceitos equivocados quanto à santidade e o entendimento do pecado.

III- O divórcio e o ensino do Senhor (vv.31-32)
Nada mais comum do que partir do adultério para o divórcio. Uma vez que a ação do adultério pode culminar no divórcio, aliás, esta é uma das condições para o mesmo aceito por Deus (19.9). Diante disso, vejamos:
a)   O repúdio na Lei (v.31) – O Senhor está se referindo a Deuteronômio 24.1-4. Texto que o Senhor estabelece as relações para o repúdio. Mais na frente Ele ensina que isso assim foi feito por causa da dureza do coração do homem e não por isso algo natural (19.8).
b)   O repúdio segundo Cristo (v.32) – Deve ser feito apenas em caso de adultério (relações sexuais ilícitas), reinterpretando Dt. 24.1-4, onde o homem podia alegar qualquer coisa para o divórcio. Esse repúdio expõe ao adultério, uma vez que a repudiada deverá, para se manter, contrair outro casamento, tornando-se assim adúltera, além daquele que casar com ela.

Conclusão: A pureza do casamento depende de cônjuges castos e tementes a Deus. Em dias tão impuros, devemos lutar para evitar momentos onde estejamos expostos a tentações em todos os níveis, uma vez que como mulheres e homens de Deus buscamos a glória de Cristo em nossas vidas. Dediquemos-nos a pureza do leito, bem como a prática de uma vida piedosa, lutando contra uma cultura promíscua, como a que temos hoje. Honrar o casamento entre homem e mulher, evitar os namoros escandalosos, buscar a honra da mulher, lutar contra instituições que favoreçam o adultério como motéis, bordéis e canais de TV que transmitem programações promíscuas. Estas e outras ações nos farão estar na vanguarda dos meios lícitos de preservação da santidade, nos fazendo semelhantes ao Senhor em tudo que fizermos. Deus nos ajude quanto a isso, amém.


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