segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A trave dos nossos olhos e as santas pérolas


Mateus 7.1-6

INTRODUÇÃO: Desta feita chegamos ao último capítulo a ser considerado no Sermão do Monte. O capítulo sete do Evangelho de Mateus é um apanhado de orientações aos cristãos que dão conta de questões morais, foco ministerial, oração, orientações sobre a entrada no Reino, advertência quanto aos falsos profetas e o fundamento da fé.
No texto em questão estaremos contemplando um dos assuntos principais desse sermão que é a hipocrisia, além de sabermos como devemos nos conduzir quanto a Palavra de Deus. Diante daquilo que já foi dito, sugiro um título para a nossa meditação: “A trave dos nossos olhos e as santas pérolas”.
Justifico o título em razão de esses serem os principais assuntos aqui tratados, como também a preocupação do Senhor em termos um juízo acertado de todas as coisas. Isso posto, observemos algumas necessidades para sabermos aplicar estes princípios:

I- Um correto julgamento exercido pelo cristão (vv.1-2)
Antes de continuarmos, faz-se necessário dizer aquilo que o Senhor não mencionou aqui, uma vez que existem opiniões erradas quanto a estes versículos.
a)   Ele não está falando de tribunais humanos – O Senhor não está condenando a ordem jurídica, visto que o pensamento em questão aqui gira em torno da hipocrisia, logo, os tribunais são úteis para a manutenção da ordem social e consequentemente aprovados por Deus.
b)   Ele não está dizendo que os crentes não julgam – Todos devemos nos lembrar de textos como 1 Coríntios 6.3 “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” E também e João 7.24 “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça”. Todos esses textos e mais outros nos ensinam algum tipo de julgamento, logo aquilo que é proibido aqui é algo totalmente diferente.
c)    Ele está condenando o juízo hipócrita (vv.1-2) – Ele concebe que quando somos hipócritas o nosso juízo desajustado pode nos condenar. Uma vez que aquilo que nos propomos a julgar pode ser nossa própria condenação. A Palavra é a medida que julgará a todos e quanto a isso ninguém pode escapar.

II- A hipocrisia de olharmos apenas os outros (vv.3-5)
a)   O argueiro e a trave (v.3) – O argueiro é algo insignificante, enquanto que a trave é um mastro grande que certamente impediria a visão de qualquer coisa. O Senhor nos chama a atenção para o fato de estarmos muito preocupados com a vida do outro em lugar de olhar para aquilo que realmente incomoda, só que quanto a isso somos falhos em trabalhar, a retirada de nossos próprios pecados. 
b)   Uma intenção não tão boa assim (v.4) – Aqui Ele nos lembra alguém tentando chamar a atenção próximo para algum pecado notório, sendo que este mesmo não leva em consideração suas próprias falhas de teor gravíssimo, acima daquele que ele pretende chamar atenção. A principio isso pode parecer uma boa ação, mas no fundo não passa de hipocrisia e falta santificação.
c)    Uma necessária recomendação (v.5) – Antes de tentarmos fazer o que outrora foi dito é necessário o caminho inverso, ou seja, limparmos o nosso próprio olho e só então buscarmos a limpeza do outro. Este é o processo natural e não o contrário.

III- As pérolas direcionadas devidamente ao objetivo (v.6)
Por fim, o Senhor se preocupa com nossa disposição a compartilharmos o Evangelho, veja o que Ele ensina:
a)   Os cães – São aqueles que não valorizam o Evangelho, mas estão dispostos a criticar e arruinar todo o caminho de Deus.
b)   Os pecadores – Todos somos pecadores, mas existem certas classes de pecadores, conhecidos aqui como cães e porcos que não se converterão, mas farão do nosso caminho um laço, ameaçando tudo aquilo que cremos.
c)    O Evangelho pisoteado – Estes não contarão dois tempos em arruinar o nosso caminho e nós mesmos corremos riscos se não estivermos atentos.
d)   A atitude recomenda – Devemos saber identificar aqueles que são mais suscetíveis a Palavra e orarmos pelos inimigos do Evangelho, se eles forem eleitos, mesmo a despeito dos seus muitos pecados, serão salvos e perdoados.

Conclusão: Não devemos julgar tendo como objetivo sermos mais santos ou mais virtuosos, mas buscarmos o bem do nosso próprio. Conseguiremos isso se buscarmos a santificação em Cristo de maneira a termos uma correta opinião sobre todas as coisas. E também devemos tomar cuidado com quem estamos evangelizando, nem sempre são estes que devemos trabalhar, mas estarmos prontos para identificar aqueles que serão convertidos. Deus nos ajude a praticar estes ensinamentos e que possamos buscar o caminho de santidade por meio de Cristo, amém.  


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