Mateus
7.7-12
INTRODUÇÃO:
Se tem
algo animador no cristianismo é a proximidade de Deus. Ele, o Senhor, é
completamente acessível, totalmente disponível e relacional. Algo que nos
conforta, pois, vivemos momentos desesperadores de solidão, mesmo que estejamos
rodeados de uma multidão. De nada adianta o calor de uma multidão se essa é indiferente
a dor de um solitário. Mas Deus não se esquece de nós de forma alguma. Nesta
porção da Palavra, o Senhor Jesus retorna a falar da oração. No capítulo
anterior (Mt.6.9-15), Ele nos tinha dado noções profundas sobre o ministério da
oração. Aqui Ele nos explica como se dá o processo de sermos ouvidos por Deus,
algo grandemente importante, pois como filhos que somos, precisamos do favor de
nosso Pai.
Faremos bem, em meditar nesse texto, pois
lições preciosas estão contidas aqui. Para que possamos entender melhor estas
lições convido-os a meditar no título: “Orando
e recebendo, algo sobre o valor da busca diante de Deus”.
Nós nutrimos muitas vezes
noções equivocadas sobre algumas doutrinas bíblicas. Não é porque Deus conhece
todas as coisas que devemos esperar que Ele veja nossa carência e tenha
misericórdia de nós. A oração não corrobora essa tese, ela é como alguém já
disse or-ação, ou seja, é um
empreendimento corajoso, vejamos as lições deste contemplando três verdades a
respeito da oração:
I- A
oração é um processo que obedece alguns estágios (vv.7-8).
a)
O pedido e o recebimento – O pedido aqui está no
imperativo, ou seja, é uma ordem, algo urgente, para aquele que anela algo.
Imediatamente o Senhor acrescenta a certeza de que receberemos.
b)
A busca e o achado – É interessante a idéia de busca, pois
denota algo escondido, algo secreto, destinado a ser encontrado por apenas
àqueles que empreenderem esforços nesta busca.
c)
Batendo e abrindo – O Senhor compara a oração a alguém que
bate numa porta, esse ao bater não encontrará portas fechadas, mas um Deus que
bondosamente abre a porta de Sua graça.
d)
A ênfase consoladora (v.8) – Neste verso o Senhor usa
um recurso literário chamado hebraísmo. O hebraísmo é uso da repetição para
ressaltar uma ênfase. É também a certeza de que seremos atendidos, ao pedirmos,
buscarmos e batermos.
II- A
oração é atenciosamente ouvida por Deus e atendida (vv.9-11).
a)
Nós que somos maus (vv.9-10) – O Senhor agora compara
sua bondade a nossa e somos informados de que temos o costume de dar coisas
boas a aqueles que nós amamos, mesmo sendo maus. Não damos serpentes a filhos,
mas pão e sustento.
b)
O recebimento e sua natureza (v.11) – O Senhor exalta-se em
virtude acima do melhor dos homens, por isso fica claro aqui a natureza daquilo
que Ele tem para dar se nós o buscarmos, serão sempre coisas boas que
receberemos, nada ruim ou estragado, mas a qualidade de um Deus benigno e
amoroso.
III- A
oração é um exemplo na questão dos relacionamentos (v.12). A primeira impressão
parece ser que não vejamos um relacionamento entre este texto e a questão que
foi abordada anteriormente sobre a oração, mas aqui vemos uma relação da
seguinte maneira:
a) A conduta divina – Ele deixou claro como
devemos agir, a partir do Seu exemplo divino, nada mais urgente do que ilustrar
a maneira de procedermos com relação aos nossos semelhantes, a partir desse
exemplo. Tendo isso em vista Ele ratifica:
b) Nossos anseios – É sempre bom sermos bem
tratados e honrados. Não é natural sempre nos sentirmos com baixa alta-estima,
mas estarmos sempre desenvolvendo uma dignidade própria. Por isso queremos o
melhor para nós.
c) O tratamento aos outros – Assim, Ele nos conduz a
fazermos o mesmo, não com ralação a nós próprios, mas com relação aos outros.
Se nós desejamos o melhor para nós, devemos fazer o mesmo aos nossos
semelhantes.
Conclusão: Há algo interessante
naquilo que foi dito acima. O Senhor não nos ensina a acomodação, mas o
tratamento da oração como algo importante a ser buscado por muito esforço. Ele
nos ensina a orar com fé, tendo certeza de que aquilo que desejamos é bom e
digno de busca. Por isso, somos recomendados a uma atitude dedicada. Antes de
nos conformarmos, é necessário sabermos se aquilo que buscamos vale a pena e
assim pôr em prática a constância na súplica, sabendo que temos um Pai bondoso
sempre ao nosso lado. E por fim, devemos buscar o bem do outro, da mesma forma
que o desejamos para nós próprios.
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