terça-feira, 20 de setembro de 2011

Orando e recebendo, algo sobre o valor da busca diante de Deus


Mateus 7.7-12

INTRODUÇÃO: Se tem algo animador no cristianismo é a proximidade de Deus. Ele, o Senhor, é completamente acessível, totalmente disponível e relacional. Algo que nos conforta, pois, vivemos momentos desesperadores de solidão, mesmo que estejamos rodeados de uma multidão. De nada adianta o calor de uma multidão se essa é indiferente a dor de um solitário. Mas Deus não se esquece de nós de forma alguma. Nesta porção da Palavra, o Senhor Jesus retorna a falar da oração. No capítulo anterior (Mt.6.9-15), Ele nos tinha dado noções profundas sobre o ministério da oração. Aqui Ele nos explica como se dá o processo de sermos ouvidos por Deus, algo grandemente importante, pois como filhos que somos, precisamos do favor de nosso Pai.
 Faremos bem, em meditar nesse texto, pois lições preciosas estão contidas aqui. Para que possamos entender melhor estas lições convido-os a meditar no título: “Orando e recebendo, algo sobre o valor da busca diante de Deus”.
Nós nutrimos muitas vezes noções equivocadas sobre algumas doutrinas bíblicas. Não é porque Deus conhece todas as coisas que devemos esperar que Ele veja nossa carência e tenha misericórdia de nós. A oração não corrobora essa tese, ela é como alguém já disse or-ação, ou seja, é um empreendimento corajoso, vejamos as lições deste contemplando três verdades a respeito da oração:

I- A oração é um processo que obedece alguns estágios (vv.7-8).
a)   O pedido e o recebimento – O pedido aqui está no imperativo, ou seja, é uma ordem, algo urgente, para aquele que anela algo. Imediatamente o Senhor acrescenta a certeza de que receberemos.
b)   A busca e o achado – É interessante a idéia de busca, pois denota algo escondido, algo secreto, destinado a ser encontrado por apenas àqueles que empreenderem esforços nesta busca.
c)    Batendo e abrindo – O Senhor compara a oração a alguém que bate numa porta, esse ao bater não encontrará portas fechadas, mas um Deus que bondosamente abre a porta de Sua graça.
d)   A ênfase consoladora (v.8) – Neste verso o Senhor usa um recurso literário chamado hebraísmo. O hebraísmo é uso da repetição para ressaltar uma ênfase. É também a certeza de que seremos atendidos, ao pedirmos, buscarmos e batermos.

II- A oração é atenciosamente ouvida por Deus e atendida (vv.9-11).
a)   Nós que somos maus (vv.9-10) – O Senhor agora compara sua bondade a nossa e somos informados de que temos o costume de dar coisas boas a aqueles que nós amamos, mesmo sendo maus. Não damos serpentes a filhos, mas pão e sustento.
b)   O recebimento e sua natureza (v.11) – O Senhor exalta-se em virtude acima do melhor dos homens, por isso fica claro aqui a natureza daquilo que Ele tem para dar se nós o buscarmos, serão sempre coisas boas que receberemos, nada ruim ou estragado, mas a qualidade de um Deus benigno e amoroso.

III- A oração é um exemplo na questão dos relacionamentos (v.12). A primeira impressão parece ser que não vejamos um relacionamento entre este texto e a questão que foi abordada anteriormente sobre a oração, mas aqui vemos uma relação da seguinte maneira:
a)   A conduta divina – Ele deixou claro como devemos agir, a partir do Seu exemplo divino, nada mais urgente do que ilustrar a maneira de procedermos com relação aos nossos semelhantes, a partir desse exemplo. Tendo isso em vista Ele ratifica:
b)   Nossos anseios – É sempre bom sermos bem tratados e honrados. Não é natural sempre nos sentirmos com baixa alta-estima, mas estarmos sempre desenvolvendo uma dignidade própria. Por isso queremos o melhor para nós.
c)    O tratamento aos outros – Assim, Ele nos conduz a fazermos o mesmo, não com ralação a nós próprios, mas com relação aos outros. Se nós desejamos o melhor para nós, devemos fazer o mesmo aos nossos semelhantes.

Conclusão: Há algo interessante naquilo que foi dito acima. O Senhor não nos ensina a acomodação, mas o tratamento da oração como algo importante a ser buscado por muito esforço. Ele nos ensina a orar com fé, tendo certeza de que aquilo que desejamos é bom e digno de busca. Por isso, somos recomendados a uma atitude dedicada. Antes de nos conformarmos, é necessário sabermos se aquilo que buscamos vale a pena e assim pôr em prática a constância na súplica, sabendo que temos um Pai bondoso sempre ao nosso lado. E por fim, devemos buscar o bem do outro, da mesma forma que o desejamos para nós próprios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário