Hebreus
4.14-16
INTRODUÇÃO:
O livro de Hebreus é a única carta do novo testamento onde se há algumas
dúvidas quanto a sua autoria. Alguns vão mais longe e defendem a autoria
paulina, outros pensam ter sido Apolo, um discípulo influente do começo da
igreja, mas a grande maioria prefere manter o autor no anonimato, posição mais
prudente dada às dificuldades existentes.
O livro de Hebreus foi escrito
originalmente para cristãos de origem hebraica, que enfrentavam problemas
doutrinários relacionados a uma perspectiva judaica que fazia o evangelho
inferior à Antiga Aliança. Os que defendiam esta doutrina eram conhecidos como
judaizantes e buscavam adequar o cristianismo a Lei judaica.
No texto em foco, estaremos tratando
de algo relativo à função sacerdotal do nosso Senhor e Seu relacionamento
conosco e com nossas necessidades. Para que possamos entender melhor este ponto
observemos o seguinte título: “Um
Sacerdote próximo às nossas aflições”.
Tal prerrogativa nos faz ter a certeza
de que jamais estaremos sozinhos em nossas dificuldades. Esse texto é imensamente
consolador, ele nos fornece base para recorrermos a Cristo, para que isso seja
feito a contento, observemos as maneiras apropriadas para isso:
I- Ele está próximo
porque é Filho de Deus e penetrou além do véu (v.14).
Olhemos
mais de perto as características deste Sacerdote:
a)
O Sacerdote é Filho de Deus
– Na antiga aliança os sacerdotes deveriam pertencer a família de Levi, logo
ele era semelhante as seus irmãos e sujeito aos mesmos defeitos de todos. Este
nosso Sacerdote, no entanto é o próprio Filho de Deus, a segunda pessoa da
Trindade, todo poderoso, o próprio Deus.
b) O
Sacerdote é grande e realizou grande obra – Por ser o
Filho de Deus este Sacerdote é grande em poder, bem como a obra realizada dele
também é grande, ao penetrar aos céus, Ele entra no Santíssimo lugar, lugar
onde Deus está e faz intercessão por todos nós.
c) O
sacerdote nos conduz a firmeza – Tudo isso teremos
acesso se estivermos firmes em nosso chamado, nossa consciência e nossa
fidelidade doutrinária. Apesar de muitos defenderem uma postura menos rígida
quanto a isso o fato é que nossa firmeza depende de nossa confissão, sóbria e
dedicada ao Senhor para que possamos ser ouvidos por Deus.
II- Ele está próximo
porque se compadece de nossas fraquezas (v.15).
a)
O nosso Sacerdote e as fraquezas
– Ele não é um clérigo em um trono de marfim, Ele se compadece e sofre
juntamente conosco. Isso Ele fez em sua encarnação, mas ainda hoje se mostra
interessado em nossas dores e frustrações.
b) O
nosso Sacerdote e nossa humanidade – Ele não está
distante de nossos dilemas e temores, nem tão pouco com nossa humanidade caída.
Quando em Seu ministério terreno, como segundo Adão, Ele também sentiu as
tentações que nos acometem, Ele sabe a força disso tudo e compreende bem, mas
evidentemente sem pecado.
III- Ele está próximo
e nos faz achegar ao trono da graça (v.16).
a)
A confiança em nos aproximarmos
– Esta vem em Ele nos conceder esta certeza, não é algo que está em nós mesmos, pelo
contrário, esta confiança vem dele próprio, que nos faz estarmos próximo dele,
junto ao Seu próprio trono e este é o trono de graça, ou seja, que nos faz estar
ali sem merecimento e recebermos também sem nenhum favor próprio.
b)
O trono e o favor divino
– Lá, em apenas estarmos lá, encontramos misericórdia gratuita. Lá também
achamos graça e esta em ocasião que o próprio Deus designa. Ele virá em bom
tempo, de uma maneira que nos socorrerá, fazendo totalmente assistidos.
Conclusão: Queridos
irmãos, a razão pela qual muitas vezes estamos perdidos frente às dificuldades
é porque não estamos recorrendo a este Sacerdote. Isso nos dificulta a entrada
além do véu, bem como, o não conhecimento desse trono de graça. A partir disso
que falamos hoje não tenha outra saída a não ser recorrer a Ele confiando os seus
problemas. Temos um Sacerdote compassivo e piedoso com acesso irrestrito. Deus
nos faça sempre encontrar o Sacerdote e o Seu trono de graça para solucionarmos
nossas aflições.
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