Lutero perante o imperador em Worns |
Estamos
a alguns dias das comemorações do dia da Reforma e no Brasil esta importante data deve ser
considerada de uma maneira especial, principalmente por aqueles que se dizem
herdeiros da Reforma. Estes são, cada dia mais raros em nosso país, uma vez que
muitas igrejas, por opção, preferem não serem associadas às igrejas da Reforma
e isso por algumas razões:
Obscurantismo – Quando me
refiro ao obscurantismo da igreja brasileira, refiro-me a terrível situação de
uma igreja que desassocia sua história e que parece promover uma condição de
limbo histórico, quando prefere, intencionalmente, ignorar esta data e
direcionar sua atenção ao confronto sobre o dia das bruxas.
O medo do
calvinismo
– Outra opção dessa igreja é fugir das doutrinas básicas da Reforma
Protestante. O mesmo limbo que existe na questão histórica existe na
doutrinária. Este também é intencional, uma vez que defende um conceito
doutrinário oposto a Reforma na sua escatologia.
O medo da
instrução
– Até bem pouco tempo atrás esta mesma igreja brasileira era totalmente
favorável a uma postura que fazia da teologia um monstro grandioso, causador da
“apostasia” de muitos no meio evangélico. Estes também tinham um enorme pavor
de instituições como seminários e livrarias, preferiam ver seu povo, que na
maioria, procediam de classes menos favorecidas da sociedade, submersos em
trevas e sem nenhuma capacidade de reflexão, para sequer ter capacidade de se
entender um sermão.
Apesar
de tudo o que foi dito anteriormente, não foi possível silenciar a Reforma. É impossível
ignorar um evento desta magnitude. As redes sociais são indispensáveis para
isso. Bem como o crescimento do conhecimento em um país em franco
desenvolvimento como o Brasil. As demandas econômicas existentes forçam o povo
a buscar conhecimento, o que favorece o interesse pelo estudo e pela
qualificação no mercado de trabalho. Além do que a Reforma pode contribuir
grandemente para o desenvolvimento espiritual da nossa nação, uma vez que os
evangélicos crescem a níveis animadores em nossa sociedade. E quando cresce o
interesse de Deus e Sua Palavra é necessário orientar o povo em um caminho que
seja favorável para este desenvolvimento e isso a Reforma supre grandemente
como nenhum outro segmento.
Finalizando,
entendo que as épocas são propícias para a Reforma na igreja brasileira, apesar
de saber que são grandes os nossos desafios. Inúmeros gigantes precisam ser
desfeitos, como a mentalidade católica enraizada em muitos, inclusive
evangélicos, além da desconfiança de um movimento ocorrido na Europa que nos
remete à colonização portuguesa. Mas a Reforma não pertence a uma época, nem tão pouco a países, pertence ao próprio Deus que é o Seu Autor. Deus seja louvado pela grande Reforma Protestante.
Ela ainda é importante para nossa pátria e é isso que buscamos através das
mídias e da influência das igrejas em todos os segmentos. Não descansaremos até
ver esta mesma Reforma falando fluentemente o português em nosso país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário