A pobreza e perseverança da igreja

Apocalipse 2.8-11

INTRODUÇÃO: Por mais uma vez estamos diante de uma carta do Senhor Jesus, ditada ao apóstolo João na ilha de Patmos. Desta vez nos referimos à segunda delas a de Esmirna.

Esmirna era uma cidade da Ásia, também localizada num dos braços do mar Egeu. Segundo diz Hendriksen, esta cidade era uma concorrente direta de Éfeso em prosperidade. E desde a ascensão de Roma ao império essa cidade foi sua incondicional aliada.

A igreja de Esmirna provavelmente foi fundada por Paulo, partido do entendimento de Atos 19.10 “...dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos”.

Formação Básica da carta:

1. Elogio	Suporta o sofrimento graciosamente
2. Crítica	Nenhuma
3. Instrução	Seja fiel até a morte
4. Promessa	A coroa da vida

Assim como a primeira carta, esta também tem algo a nos ensinar esta noite. Hoje também somos pequenos e pobres como igreja. E a pobreza e a inferioridade não são atrativas, é por essa razão que esta carta nos ensina a perseverar, certos da recompensa de Deus. Por esta razão, proponho um título para a nossa contemplação: “A pobreza e perseverança da igreja”.

Num mundo tão materialista ser pobre é ser fadado a não ter várias coisas. Em se tratando de igreja, a pobreza de uma pode ser vista como algo ruim, por aqueles que vêem apenas externamente. Desejamos o crescimento, mas antes disso é preciso entender a humildade e a perseverança, por esta razão, sugiro três princípios para a igreja entender sua missão:

I- Mesmo na pobreza a igreja pode ser rica (vv.8,9)

a)      O anjo (v.8a) – Novamente ao pastor, provavelmente o discípulo de João, Policarpo.

b)      A identificação de Cristo (v.8b) – Novamente é repetido o argumento de 1.8, enfatizando a eternidade. Também é enfatizada a vitória sobre a morte, conforme 1.18.

c)      A pobreza da igreja (v.9a) – Talvez haja aqui uma referência ao espólio dos bens que a igreja da época estava submetida pela fidelidade a Cristo. Muitos de tão pobres passavam por necessidades.

d)     A blasfêmia dos adversários (v.9b) – Os judeus se alegravam pela situação calamitosa da igreja. Eles não eram mais povo de Deus e sim adversários da causa. Por isso o Senhor os chama de sinagoga de satanás. Estes sem dúvida estavam vivendo prosperamente e se alegravam com a pobreza do verdadeiro povo de Deus.

II- Mesmo em provação a igreja pode ser fiel (v.10)

a)      Não temer o sofrimento – Há 62 referências com este sentido. A igreja não estava só. Ela tinha o Senhor como seu maior advogado. O que se tinha que passar era uma obrigação, mas não era aceitável o temor uma vez que temos o maior poder ao nosso lado.

b)      Tribulação por dez dias – Esta vinha do diabo, era ele que orquestraria, mas a igreja tem a consolação de intensidade desta, duraria apenas dez dias. Todo o sofrimento tem prazo para acabar. Aqueles que desistem no caminho fraquejam na fé.

c)      Um grande presente – No fim da tribulação, que significava o fim da vida, o fiel tinha sua recompensa, a coroa da vida. Esta é uma alegoria a reinado, que certamente deve significar aquilo que está prometido em Apocalipse 20.4-6. Os crentes reinarão com Cristo.

III- A promessa destinada à igreja (v.10)

a)      Ouvidos atentos – A igreja deve se preparar para ouvir somente a voz de Cristo, esse é um intróito da promessa.

b)      A vitória sobre a segunda morte – Aqui está uma clara referência ao que acontecerá com os homens que desprezarem ao Senhor, sofrerão a segunda morte. Além da morte do corpo, morrerão com a alma, afastados para sempre do Senhor. Não é aniquilação, mas afastamento eterno.

Conclusão: Hoje irmãos, devemos trabalhar para vermos o desenvolvimento da obra de Deus em nós. Nossa humilde condição não deve ser empecilho, mas lenha para o fogo de nossas ações. Não devemos nos importar com as críticas, mas trabalhar independentes delas. Se sofrermos por isso, o Senhor nos confortará e estará ao nosso lado. Vamos trabalhar para sermos ricos de boas obras e espiritualmente abastados do conhecimento de Deus. Deus nos abençoe, amém

Soli Deo Gloria!!!