domingo, 3 de abril de 2011

Características de uma igreja viva

Apocalipse 3.1-6

INTRODUÇÃO: A próxima igreja da Ásia menor a considerarmos é a de Sardes. Igreja esta que vivia uma situação adversa às outras mencionadas antes. Esta era aos olhos do mundo uma igreja viva, mas não aos olhos de Deus (v.1). Os sentidos podem apenas nos mostrar algo e essa exibição pode ter algum valor, fazendo até mesmo passar uma imagem enganadora, não acontece isso com o Senhor. Ele apenas vê o que existe e diante dos seus olhos não pode haver engano.
Sardes era uma cidade orgulhosa. Suas muralhas eram consideradas inexpugnáveis. Ninguém jamais tinha conseguido vencê-las. Só que quando esta carta foi escrita a capital da Lídia vivia um momento de decadência e por duas vezes a cidade foi invadida (549 a.C e 218 a.C). Portanto, quando o Senhor fala que “viria como ladrão” (v.3), os habitantes crentes de Sardes sabiam do que Ele estava falando.
Para aprendermos a fugir desta situação que viveu a igreja de Sardes sugiro um título: “Características de uma igreja viva”.
Vejamos quais são estas de acordo com o texto:

I- Uma igreja viva não tem apenas aparência (vv. 1-3)
a)      A identificação de Cristo (v.1) – Ele é descrito como tendo os sete espíritos. Para isso, entende-se que o Senhor tem o poder para vivificar a igreja com uma medida do Seu Espírito. Ele também é descrito como portador das sete estrelas ou seja, do destino das igrejas.
b)      Uma aparente existência (v.1b) – Ela possuía uma aparente saúde espiritual. Seu culto era animado, pessoas se convertiam e obras eram feitas. Mas os olhos perscrutadores do Senhor a viam como morta. Sua vitalidade não passava de um engano.
c)      A consolidação da igreja (v.2) – Esta deveria vir por meio do arrependimento sincero e da preocupação com aqueles que podiam ser ainda regenerados. Ainda existia uma chance para alguns e se quisessem viver deviam consertar a vida.
d)     A correção ou a punição (v.3) – Ainda um sopro de vida era possível. A igreja podia voltar a prática do verdadeiro ensinamento, guardá-lo como depósito e arrepender-se ao ver que não mais o praticava. A ordem é de vigilância, caso contrário, enfrentariam a indignação do Senhor. Esta seria calamitosa e sem nenhuma advertência prévia.

II- Uma igreja viva é revestida de santidade (v.4)
a)      O crivo é a santidade – Não adianta apenas viver prosperamente, é claro que esse também é o objetivo da igreja, ter a segurança para crescer. Porém, esta deve não ser regida por uma rala aparência, mas vida piedosa. E a santidade é esta vida piedosa que toda igreja necessita.
b)      O branco e a santidade – A Bíblia define o branco com a cor da pureza e o relaciona diretamente com a santidade. Enquanto o vermelho é tido como a cor da sujeira espiritual (Isaías 1.18-19). Aos crentes é dever a santidade (Heb.12.14), sem ela não se pode andar com Cristo.

III- Uma igreja viva está segura do seu propósito (vv. 5-6)
a)      A segurança (v.5) – Para o homem estar seguro é uma condição confortável, assim, buscar a santidade é a certeza da conversão genuína e a conseqüente segurança em Cristo.
b)      O livro da vida – O livro da vida é a prova da verdadeira vida daqueles que não aparentam apenas estar vivos, mas que são vivos de fato. É a aprovação cabal do Filho de Deus, a certeza de que triunfou e foi aceito por Deus.

Conclusão: Sei que somos constantemente enganados em nossas impressões. E na ânsia de vermos algo diferente acabamos olhando para a grama do vizinho, que quase sempre parece mais verde. Mas não devemos nos enganar, antes disso, devemos trabalhar para que não sejamos apenas uma igreja de aparência saudável, mas possamos ter de fato esta condição, ou seja, ser revestida de santidade e segura em seu propósito. Fazendo assim, veremos a aprovação de Deus em tudo o que fizermos, amém.


Soli Deo Gloria!!!

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