Caros leitores, gostaria de comentar algo sobre os eventos acontecidos nos últimos dias em nossa nação que certamente tirou o sono e mesmo a paz de pessoas desse imenso país continental. Refiro-me aos acontecimentos ocorridos na cidade do Rio de Janeiro, no bairro do Realengo, precisamente na escola Tácito da Silveira. Na manhã do dia sete de abril, um homem de 21 anos conhecido como Wellington Menezes de Oliveira, invade a citada escola e põe fim a vida de 12 crianças de idades entre 11 e 14 anos.
Depois de ter ouvido e assistido muita coisa nestes dias, venho aclaradamente refletir sobre o assunto levando em consideração algumas questões que envolvem alguns fatos interessantes. Por esta razão, convido você a refletir comigo sobre este acontecimento:
O esteriótipo do quieto - Acho que algumas questões devem ser levantadas quanto a como estudar aquelas pessas que estão se isolando da sociedade. Refiro-me aos recentes avanços tecnológicos que fazem o ser humano se interiorizar como é o caso da internet. Não quero aqui fazer caça as bruxas quanto a isso ou demonizar a grande rede, mas é verdade que o acesso fácil destas pessoas a conteúdos perigosos fazem um indivíduo transtornado mentalmente um propenso "serial killer". Não estou dizendo com isso que as pessoas caladas ou introspectivas são potenciais assassinos, mas que deveríamos atentar para os desvios de personalidade de alguns, principalmente dos nossos filhos e considerar seriamente as intermináveis horas diante de um computador ligado à internet.
O Bullying - Esta palavra é nova em nossa língua e para ser sincero nem nossa ela é, mas é de origem americana e significa agressão física ou psicológica exercida de forma repetitiva. Mas não quero me ater a palavra e seu significado em si, mas a prática que ela evoca. As escolas sempre estiveram cheias de contradições comportamentais. Lembro-me dos meus dias como aluno e não era diferente. A imagem dos grupos sendo formados, as zombarias e coisas do gênero sempre foram muito comuns. Devemos lembrar que a imagem que se tem feito a respeito da criança hoje em dia, desenvolvida por pedagogos e terapeutas está muito distorcida e não é de modo algum adequada ao princípio bíblico da queda do homem, principalmente levando em considaração a depravação total. Criança não é anjo, elas nascem com o pecado original e manifestações agressivas e preconceituosas são o reflexo dessa queda e do pecado original. É claro que aqui eu concordo com os psicólogos que creditam a criação parte importante na formação do caráter. Logo uma família estabilizada espiritualmente tende a formar pessoas estabilizadas espiritualmente, por isso a importância da religião no lar. Uma família onde a religião deixou de ser praticada tende a esfarelar-se em propostas destruidoras que não tardarão em seus efeitos.
As igrejas - Não somos culpados por mentes psicopatas, o serial killer de Realengo, parecia conhecer religião, mas isso não faz a religião culpada por produzir tais mentes destruidoras, a não ser que se considere o islamismo em sua radicalidade fundamentalista, levando o Corão as últimas consequências, declarando guerra contra o ocidente e tudo que respire cristianismo. Mas o que dizer da nossa responsabilidade frente a pregação de hoje em dia. A pregação de hoje é muito centrada no homem e no alcance de suas necessidades, é fraca e débil e nem de longe evoca princípios morais absolutos. Isso explica a corrupção praticada por aqueles que se dizem religiosos na política e na vida comum. Portanto, creio que boa parte da nossa falência como nação procede de pregações frouxas em nossos púlpitos, para não dizer heréticas que investam a igreja brasileira. Estamos mais preocupados com a notoriedade do quê com o evangelismo. Fala-se muito em crescimento, mas pouco em se pregar o verdadeiro evangelho, isso nos faz, em parte responsáveis moralmente por indivíduos que não compreendem a verdadeira essência do Evangelho.
As leis contra crimes hediondos - Nossos legisladores refletem a fraqueza moral que falamos anteriormente. As leis brasileiras são frouxas e políticos e magistrados nem sempre respeitam estas leis. Muitos passam por cima delas ao bel prazer. Basta lembrar de casos onde desembargadores são soltos depois de cometerem crimes graves e políticos que tem seus mandatos referendados mesmo depois da aprovação da ficha limpa. Se não bastasse isso, tem o caso de policiais que não cumprem as leis e que dão "carteirada" que abrem horizontes e por ai vai. Não temos a coragem de discutirmos leis mais pesadas para o nosso povo, nosso código penal e ultrapassado e não contempla uma série de implicações em uma sociedade crescentemente violenta. Resta ao povo submeter-se e de vez em quando protestar, sem efeito algum, pois os magistrados parecem estar indiferentes quanto a isso. O clamor social nunca é jurisprudente e nunca é recorrente em casos assim, o que nos faz uma nação onde as leis são meramente formais e de modo algum são a espada de Deus, conforme o ensinamento bíblico.
Concluo aqui dizendo que estou chocado com tudo isso, mas creio que podemos considerar e tirar lições profundas sobre este evento. Não é falta de segurança, pois os primeiros policiais que chegaram a escola em questão estavam a duas quadras do evento, mas certamente é espiritual, moral e de legislação. Quando deixaremos de considerar tais implicações, colocar câmeras, seguranças e aparato tecnológico não resolve, o que resolve é a fé cristã, abatendo o homem e humilhando os seus instintos depravados na presença de Deus isso sim resolve. Deus e apenas Ele console as famílias daqueles que perderam seus entes nesse crime bárbaro. Soli Deo Gloria.
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