domingo, 10 de abril de 2011

O êxito sob as aflições da Igreja

Apocalipse 3.7-13

INTRODUÇÃO: A cidade da Filadélfia distava 45 km de Sardes e era uma importante cidade da Ásia. Situava-se em um vale em uma estrada importante, era um centro divulgador da cultura grega na Lídia e na Frígia. Na época em que a carta foi escrita esta igreja enfrentava, apesar da pobreza, os ricos acusadores judeus.
Esta carta é tida como a mais benevolente de todas e o exemplo desta igreja é louvado pelas homenagens feitas a ela, nas inúmeras igrejas e denominações que levam seu nome. Mas o que essa carta a essa igreja pretende nos dizer hoje? Ela é um exemplo de como a igreja deve suportar suas próprias aflições. Para que tenhamos um entendimento mais claro disso sugiro um título: “O êxito sob as aflições da Igreja”. Antes de falar do êxito vejamos quais são as aflições que toda igreja tem que sofrer, as quais são:

I- Ser pobre e ter opositores (vv. 7-8)
a)      A manifestação de Cristo (v.7) – A esta igreja, Cristo manifesta-se como o Santo, o Verdadeiro e possuindo as chaves de Davi. As chaves de Davi são a mais alta honra no Reino de Deus (Is. 22.22; Mt 16.19; 28.18; Ap 5.5). É, portanto, uma designação de que ao Seu comando tudo acontece como lhe apraz.
b)      A porta aberta (v.8) – A porta que se refere o texto é a porta da pregação. Os opositores judeus desejavam acabar com ela, mas só Deus podia fechá-la. Nem opositores, nem forças surgidas dentro da própria igreja fariam qualquer dano.
c)      A pouca força (v.8 parte b) – O próprio reconhecimento da fraqueza é a certeza do entendimento correto, quando nos julgamos fortes na realidade estamos fracos (2 Co 12.9).
d)     O depósito da Palavra (v.8 parte c) – É quando não nos apartamos da Palavra, mesmo quando todas as forças são contrárias (Sl 119.11). Esta igreja perseverou com a Palavra e foi beneficiada com esta fidelidade.

II- Ter crescimento mesmo entre lutas (vv. 9-11)
a)      Crescimento e reconhecimento (v.9) – Os opositores cairão com a providência de Deus. Uns adoeceram e morreram, outros reconheceram que Deus estava na igreja e alguns deles foram salvos.
b)      Crescimento e sofrimento poupado (v.10) – Para uma igreja que sofreu tanto existe uma promessa de alívio. Eles não vivenciariam a aflição que recairá sobre a terra. Promessa também estendida à igreja de Deus, que não sofrerá com a grande tribulação.
c)      Crescimento e ação (v.11) – Ao mesmo tempo em que vemos o favor divino como garantia de segurança, vemos a necessidade do trabalho. É necessário empreender esforços para continuar a lutar em prol do Reino de Deus, conservando a coroa já concedida.

III- Vencer e usufruir destes benefícios (vv. 12-13)
Ao que vence:
a)      Coluna (v.12) – O mesmo destino que é reservado os patriarcas e os apóstolos também é reservado ao vencedor (Ap.21.12-14).
b)      Nome gravado – Significa o selo conferido a todos os eleitos, personificando o nome santíssimo de Deus e da nova Jerusalém.
Estes são chamados a usufruir destes benefícios, mas somente quando aprenderem a lutar contra os opositores e tiverem sofrido as lutas.

Conclusão: Não podemos esquecer que somos igreja militante. Aqueles que querem viver sem as lutas e opositores, mas querem pular para os benefícios, logo perceberam que não conseguirão. A norma primeira é a cruz e depois a ressurreição, não o contrário. Não espere subir aos céus em uma carruagem de ouro, ela não existe, amado irmão, ao contrário, por nós espera um calvário de lutas e afirmação da fé, pronto para nos provar e aprovar neste caminho. Amém.

Soli Deo Gloria!

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