sábado, 16 de abril de 2011

A enganosa religiosidade


Apocalipse 3.14-22

INTRODUÇÃO: Chegamos à última carta escrita aos pastores e igrejas da Ásia Menor, a carta a igreja de Laodicéia. A igreja desta cidade refletia claramente aquilo que era a cidade de Laodicéia, orgulhosa de sua riqueza e altiva quanto às coisas espirituais. Esta cidade era cortada por três importantes estradas e sua principal economia vinha do lucro de instituições financeiras e agiotagem.

Hoje também vemos, por parte de muitos, não o crescimento da piedade e humildade, mas o crescimento da arrogância de setores da igreja e consequentemente de seus próprios membros. A igreja cresceu no mundo, mas este crescimento precisa ser refletido tendo por base o entendimento da piedade e genuíno viver cristão. Vejamos um título para a nossa meditação, baseado no texto: “A enganosa religiosidade”.

Precisamos ainda hoje dos conselhos fornecidos nesta carta, vejamos quais são eles, de acordo com a própria Bíblia:

I- A igreja se engana com a frieza e arrogância (vv.14-17)
A manifestação de Cristo (v.14) – Cristo se identifica como a Testemunha fiel e verdadeira, demonstrando a infalibilidade de Sua Palavra e como o Principio da criação de Deus, que significa Aquele que é co-autor da criação, juntamente com o Pai.

A estagnação da igreja (v.15) – A cidade de Laodicéia entendia esta linguagem, pois nela havia fontes termais. A ilustração de Cristo revela alguns princípios.
- Esta igreja era indecisa;
- Esta igreja precisava manifestar o que deveria ser – Frio significa repúdio certo e quente o ponto certo e a aceitação.

A náusea do Senhor (v.16) – Aqui está uma declaração única da Escritura a respeito de Cristo, Ele está enjoado com esta igreja e não suportava vê-la tão em cima do muro. Ele ainda não diz “vomitarei”, mas “estou a ponto de vomitar”, logo mesmo nesta terrível declaração ainda existe esperança para esta igreja.

 A razão do enjôo de Cristo (v.17) – Era a preocupação com uma igreja orgulhosa que se gloriava de já ter alcançado tudo espiritualmente. Achavam-se perfeitos espiritualmente. Quem assim pensa não passa, de acordo com a Palavra de “miserável, pobre, cego e nu.


II- A igreja se engana quando não vai à fonte (vv.18-19)
A verdadeira fonte (Jr.17.13) – O conselho misericordioso de Jesus é que recorram a Ele (v.18). Ele tem a verdadeira riqueza (ouro refinado), não as vestes de lã dos ricos de Laodicéia, mas as vestes de justiça e santidade, para cobrir o pecado e não o remédio descoberto em Laodicéia para os olhos, mas o verdadeiro colírio, para ver o espiritual.

O amor pela disciplina (v.18) – Não era porque a dura mão de Deus estava naquela igreja que ele não a amasse. Ele estava disciplinando porque a amava e deseja o seu bem, justamente como faz um pai amoroso.

III- A igreja se engana quando não ouve a voz de Cristo (vv.20-22)
Cristo à porta (v.20) – Poucos textos são tão mal compreendidos na Bíblia. Jesus voluntariamente, sem a solicitação do homem aparece à porta. Não como alguém se humilhando, mas como aquele que se importa. Chamando a atenção do crente, por meio de Sua suave voz. Vemos aqui, portanto, a graça soberana e responsabilidade humana.

A promessa (v.21-22) – A aquele que escuta Deus concede as bênçãos decorrentes da obediência. Ele tem o direito de sentar ao lado de Cristo para reinar, formando uma nação de reis, regendo a infinita eternidade. É dever da igreja de Cristo ouvir tão amáveis conselhos.

Conclusão: A arrogância não se mistura com a fé em Deus. Pessoas arrogantes são altivas e incorrem naquilo que diz Provérbios 16.18: “A soberba procede a ruína, e a altivez do espírito, a queda”. Também diz 1 Samuel 2.3 “Não multipliqueis palavras de orgulho, nem saiam cousas arrogantes da vossa boca; porque o Senhor é o Deus da sabedoria e pesa todos os feitos na balança”. Daremos conta de tudo que falarmos. Seremos aquilo que fala a porta da alma. Seremos constantemente avaliados pelo Senhor e queira Ele nos corrigir como filhos amados para a nossa própria edificação.  


Soli Deo Gloria!

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