segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O providente sustento paternal divino


Mateus 6.25-34

INTRODUÇÃO: Chegamos neste sermão sublime a um marco da providência de Deus. Este texto revela o cuidado paternal do Eterno para conosco e isso de um modo exuberante e inigualável. É necessário observar como isso acontece de uma maneira comedida e apesar de o fazermos isso em um sermão precisaríamos refletir profundamente nesta questão em outra oportunidade. Mas, para que possamos atingir o nosso objetivo expositivo proponho um título: “O providente sustento paternal divino”. Justifico o título com a consideração de que nestas linhas o Senhor se apresenta como um Pai, suprindo e cuidando dos seus filhos. É para este cuidado que nosso olhar agora se direciona por três perspectivas:

I- Nosso Pai nos alerta a respeito da ansiedade por meio do exemplo das aves do céu (vv. 25-27)
a)   A ansiedade pelo sustento (v.25) – O Senhor considera que uma das maiores necessidades nossas é a luta por nosso próprio sustento. Ele não critica estas necessidades apenas nos revela que são lícitas, mas que estas devem ser buscadas não em uma luta contra as forças, mas na dependência Dele. Também Ele enfatiza que a vida é mais do que esta busca e que não consiste nelas.
b)   O exemplo das aves (v.26) – O Senhor passa a mostrar por meio de figuras como Ele próprio sustém todas as coisas de forma a glorificar Seu propósito como Deus providente a primeira delas é a figura dos pássaros. Eles não trabalham no sentido humano, dependendo exclusivamente do poder divino para encontrarem o sustento. O Senhor gradua a ordem natural e enfatiza que valemos mais do que eles em Seu amor por nós.
c)    Em que acrescentamos em nossa ansiedade?(v.27) – O côvado era uma medida usada pelos povos antigos. A medida judaica era de 44,7 centímetros e era a medida que ia do antebraço até a ponta do dedo médio. O Senhor enfatiza que a nossa ansiedade não muda a direção de nossa vida. Ele está nos informando que esta condição pertence apenas a Deus e não temos este poder.

II- Nosso Pai nos alerta a respeito da ansiedade por meio do exemplo dos lírios do campo (vv.28-30)
a)   A ansiedade pelo vestuário (v.28) – O Senhor parece enfatizar a questão da vaidade quanto as nossas vestimentas nesta parte, isso por que certamente nos preocupamos não em nos vestir para fugir do frio ou nos portamos com decência, mas com a qualidade das mesmas. Ele emprega o exemplo dos Lírios, flores exuberantes comuns na Ásia, Europa e América. Mas aqui o Senhor talvez se refira ao Lírio branco que é comum no Líbano e em outras regiões da Palestina. Alguns identificam esta flor com a nação de Israel que murcha e é regada pelo orvalho de Deus. Estas flores, assim como os pássaros não trabalham nem fiam.
b)   Nem reis são comparados em beleza (v.29) – Salomão é o mais rico dos reis da história de Israel e nem mesmo ele se vestiu como os lírios.
c)    O cuidado de Deus conosco (v.30) – Deus adorna estas flores de uma maneira única, Ele também providenciará roupas que nos sejam dignas, esta é a ênfase do Senhor. Aqui existe uma advertência quanto à fé, o Senhor nos tem, ao pensarmos desta maneira como destituída dela, caso não pensemos em Seu cuidado.

III- Nosso Pai nos exorta a descansar Nele e buscarmos o Reino prioritariamente (vv. 31-34)
a)   Recomendação quanto a inquietação (vv.31-32) – O Senhor nos adverte a não ficarmos inquietos, uma vez que somos regidos por princípios espirituais e pela paternidade de um Deus cuidadoso. Uma postura inquietante equivale a não confiança nestes conceitos. Na realidade são coisas típicas daqueles que não crêem em Deus (v.32). Eles se preocupam porque não dependem de Deus, nós somos contemplados com o favor divino.
b)   A prioridade do Reino (v.33) – Em dias tão céticos, somos recomendados a buscar o nosso sustento não em coisas humanas, mas nas espirituais. Quando Ele nos remete a justiça Ele está nos conduzindo a buscar a forma adequada de nos portarmos como filhos de Deus, certos que tudo o que precisarmos será alcançado.
c)    A preocupação com o futuro (v.34) – Não somos recomendados a ser displicentes aqui, mas apenas e buscar a Deus no dia de hoje, viabilizando o Seu Reino e o dia que virá deverá receber os seus cuidados quando ele estiver sendo vivido em total dependência de Deus, assim como o dia de hoje.

Conclusão: Vivemos uma época onde as pessoas estão como aqueles que foram alvo das criticas do Senhor, buscando ainda estas mesmas coisas, alimento e vestiário. Quanto a nós, sabemos da importância das mesmas, mas jamais devemos buscá-las em detrimento do Reino. Talvez esta deve ser a recomendação para muitos hoje em dia, que priorizam este mundo no lugar das coisas eternas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário