terça-feira, 30 de novembro de 2010

Reparando as arestas - O poder público e a ação militar no Rio de Janeiro

Como todo brasileiro, nesses últimos dias estive acompanhando atentamente os desdobramentos da ação militar contra o narcotráfico no Rio de Janeiro. Algumas questões me chamam atenção e gostaria de observar de uma perspectiva crítica.
As Igrejas - Antes de comentar sobre o Estado gostaria de refletir sobre a participação das igrejas nas localidades dominadas pelo tráfico de drogas. Não sei qual é o problema, mas tenho ouvido que muitas das localidades possuem igrejas em suas comunidades e que muitas delas são de cunho pentecostal e neo pentecostal. Vi, nestes dias, que tenho assistido o noticiário, em uma reportagem da Rede Record, uma mulher que se identificou como irmã de um traficante chamado Eliseu, de vulgo Zeu, defender seu irmão e dizer que o mesmo não tinha feito nada. A mesma parecia crente, pois se vestia como uma e usava termos  usados no segmento. Ora, quanto a defender o irmão é direito dela, mas não ter uma visão do que é certo ou errado é deveras preocupante. Percebo quanto a isso, que existem inúmeras críticas quanto ao relacionamento destas igrejas e o tráfico de drogas, algumas questões precisam ser analisadas, e como não vivo nestas comunidades não sei qual é este o relacionamento. É sempre bom observar que o Estado se manteve distante por muito tempo e a igreja não podia esperar que o Estado retomasse o controle para só então evangelizar o morro. Sem dúvida para que existisse um convívio pacífico entre traficantes e igrejas algumas concessões tiveram quer ser feitas, desde a entrada no morro, o funcionamento das igrejas e assim por diante. Mas talvez o que mais me preocupa é o teor da pregação nestes lugares. Não posso dizer que a pregação era condicionada à permissão do "chefe da boca" e se os pastores abordavam assuntos como a sujeição ao Estado e assim por diante, algo que precisa ser esclarecido pelas igrejas que atuam nessas regiões. Sei que como vivendo em outro estado da federação, sem entender as implicações mais próxima não consigo discernir mais de perto o fenômeno "troca de valores". Se a igreja entrou nesses lugares e não conseguiu mudar a perspectiva caída da comunidade acredito que a  igreja tenha falhado. Falhou também quando não conseguiu pregar, mas consideramos que é extremamente difícil pregar numa perspectiva de um poder paralelo, onde você corre risco de vida. Seja o que for, não faço o sensacionalismo de dizer que as igrejas tem relacionamentos estreitos com o tráfico, como já foi dito incessantemente pela mídia, mas gostaria de discutir isso mais detidamente procurando saber onde falhamos, quem sabe em outra oportunidade.
O Estado - Se tem algum órgão que tem que ser responsabilizado por tudo o que constantemente vemos no estado do Rio são os governantes e o Estado de Direito. Todos falam do início desse poder paralelo exercido pelos traficantes e retratado no filme Cidade de Deus, poder esse que teve seu início a mais ou menos 30 anos atrás, só que algumas perguntas devem ser feitas; onde estava o Estado naqueles dias? E onde estava o Estado nos anos seguintes? A derrocada do tráfico de uma única vez nessas comunidades aconteceu em pouco menos de dois dias, pergunto: Por que não fizeram isso antes? Se era tão fácil reunir os poderes federais e estaduais e forças preparadas, porque não usaram antes? Fica clara a inércia do poder público. Hoje eles são heróis por terem resolvido a situação, mas a uma semana atrás tudo estava ocorrendo como se fosse a coisa mais natural do mundo. Penso que os pobres não são o lixo que os governantes pensam que são, apesar de viverem como se lixo fossem. Os traficantes não se tornaram heróis por acaso, eles era a única indicação de que havia uma ordem, mesmo com valores invertidos. Será que não é a hora de se discutir a pobreza de uma perspectiva mais humana e planejada pelo poder público? Anos de desamparo e abandono levam ao crescimento de poderes paralelos como os traficantes e as milícias que ainda estão atuando sem problemas em outras favelas do Rio. A participação do poder público é fundamental para a consolidação de uma comunidade, seja ela de classe baixa, média ou alta. Antes de favorecer o "asfalto", deve-se contemplar os morros, pessoas que não conseguem o mínimo para sobreviver e que por isso deveriam contar com o poder público.
A População - Esta sem dúvida é a parte mais sofrida da situação. Por longos anos eles viram seus filhos e vizinhos morrerem e serem soldados do tráfico. Por longos anos acostumaram a pedir ordem para os meliantes e assim viveram sem conhecer leis simples que norteiam qualquer cidadão. Pedir que estes agora venham mostrar o seu rosto e fazer apaixonados discursos favorecendo a ocupação do morro é pedir demais. Demanda tempo o entendimento dos direitos básicos que eles nunca tiveram. Muitos já estão se desvencilhando dos antigos conceitos e já começam a se manifestar. É preciso enraizar conceitos éticos nesta população e a igreja tem um papel fundamental nisso.
Concluo dizendo que fico feliz pela retomada do poder, antes isso nunca tivesse acontecido, mas foi preciso ser feito da forma que foi. É bom para a imagem do país, antes visto como um covil de salteadores e antro de prostituição. Quem sabe os "gringos" também vejam que o nosso país tem ordem, tem leis e passem a nos respeitar mais. Foi bom por um ponto, mas grandemente degradante em outros. Quanto a imagem que nutro pelo Rio é ainda de muita admiração e de grande expectativa, que Deus conceda que seus habitantes possam conduzir da melhor forma tal momento para esquecer e que retomem as suas vidas só agora vivendo debaixo de leis que norteiam beneficamente a todos os brasileiros.

domingo, 28 de novembro de 2010

O modo pelo qual trabalha o Senhor em Sua retribuição


Gálatas 6.6-10

INTRODUÇÃO: Um ensinamento bastante conhecido na Palavra de Deus é o entendimento da retribuição divina, que é totalmente diferente da salvação pelas obras. Doutrina esta anti-bíblica e sem fundamento, quanto à retribuição fica esta bastante evidente principalmente quando é considerado o ensinamento quanto ao galardão eterno.
Esta carta foi escrita pelo apóstolo Paulo e era uma epístola circular, ou seja, deveria ser lida em toda a região frígio-gálata. Região onde se encontravam muitas igrejas e que na oportunidade estava enfrentando a entrada de ensinamentos e práticas judaizantes. Esta circular então se direcionava a combater tais ensinamentos e na parte que hora é contemplada, Paulo direciona sua crítica a estes judaizantes e suas idéias. Só que os princípios ventilados por Paulo também são perfeitamente úteis para os nossos dias.
Para nossa reflexão nesta noite sugiro um tema: “O modo pelo qual trabalha o Senhor em Sua retribuição”. Portanto, esse texto vai nos direcionar a compreender este modo e para tanto sugiro três maneiras de observarmos o modo divino:

I- Deus não se deixa zombar (vv. 6-7)
Duas questões são abordadas nestes versículos, vejamos com atenção:
a)    Retribuição do ensino (v.6) – O texto deixa claro que os neófitos na fé devem agradecer aos seus mestres. Este agradecimento tanto deve vir em forma de consideração e até mesmo em forma de pagamento, ainda que o ensinamento seja gratuito.
b)   Alerta aos zombadores (v.7) – Nestes dias apóstatas vemos constantemente tais ações de zombaria contra o Evangelho e contra os nossos valores, mas a Palavra nos ensina algo importante a este respeito. Primeiro que alguns estão enganados, segundo Deus não aceitará esta zombaria e terceiro o que o homem planta ele ceifa.

II- A conseqüência daquilo que semeamos (v.8)
Desenvolvendo aquilo que começou no verso anterior, vejamos o que ele quer dizer com a retribuição daquilo que fazemos:
a)    A semente para a carne – É a forma como produzimos em nossa vida. Tal semente é investida no modo de viver desta vida e a conseqüência é a corrupção. Esta não é o aniquilamento da alma, mas as agruras do inferno.
b)   A semente para o Espírito – É o oposto do anterior e corresponde a trabalharmos na plantação de atitudes que enobreçam a obra do Espírito em nós, culminando na vida eterna.

III- A importância de fazer o bem (vv.9-10) 
Por fim, Paulo nos lembra da importância de fazer o bem, veja o que ele nos diz:
a)    Não devemos cansar do bem (v.9 parte a) – Paulo, inspirado por Deus, sabe que somos falhos e que mesmo sabendo que devemos fazer o bem, podemos fraquejar e cansar. Mas ele nos indica que não devemos agir assim.
b)   O tempo de ceifar (v.9 parte b) – Existe um tempo para ceifar e muitas vezes este não é imediatamente. É por isso que muitos desfalecem. Mas devemos produzir tais obras sem pensar se demora ou não, mas esperançoso pela ceifa.
c)    O desfalecimento (v.9 parte c) – Outra vez ele repete o desfalecimento, mostrando de forma negativa a escolha de muitos, inclusive de nós.
d)   A destinação do bem (v.10) – A dois grupos específicos são destinados o bem que produzimos. A todos, primeiramente, quando o fazemos sem perguntar a quem e segundo, aos da família da fé, quando sabemos a quem. Estes últimos são preciosos aos nossos olhos, quando fazemos isso imitamos o próprio Deus que também age da mesma maneira, abençoando a todos, mas eletiva e graciosamente aos eleitos.

Conclusão: Deus, em Sua graça, observa o fruto de nossas ações. Somos orientados a jamais desistir do bem, evitando semear para a carne, como também o risco de desfalecermos. Mas também, somos orientados a esperarmos o tempo da retribuição e a fazermos o bem a todos, mas principalmente aos companheiros da fé. Que o Senhor abra os nossos entendimentos para isso, amém.



Soli Deo Gloria!


domingo, 21 de novembro de 2010

As marcas distintivas de um crente genuíno


1 Pedro 2.11-12

INTRODUÇÃO: Esse texto nos mostra uma visão de como devemos nos comportar como crentes e não somente isso, nos mostra que somos diferentes com relação ao mundo, portanto, nossa atitude a partir desta compreensão nos leva a algumas ações que não são comuns a todos.
Pedro escreve esta carta a crentes passando por perseguição. Diferente de nós que gozamos de relativa tranqüilidade, mas o que nos chama atenção nesta época com relação a nossa fé? Gostaria de refletir convosco o que penso a este respeito, observando de um ponto de vista bíblico. Para tanto, sugiro um título para a nossa meditação: “As marcas distintivas de um crente genuíno”.
Nos dias atuais muitos se dizem cristãos e quase todos estão dispostos a portar este título, mas do ponto de vista da doutrina cristã, algumas marcas distinguem um crente genuíno, observemos as mesmas:

I- Um crente genuíno demonstra conversão (Mt. 7.16-20)
Neste texto de Mateus o Senhor está ensinando a reconhecer um falso profeta, mas isto é verdadeiro não apenas para se descobrir um líder, mas também o é para crentes chamados “comuns”, por isso vejamos:
a)    Os frutos – Esta é uma forma do Senhor ensinar como devemos produzir obras naturalmente condizentes com a fé. Se pertencermos a Ele produziremos bons frutos, se não pertencemos seremos queimados (v.19).
b)   A prática atual – Hoje observamos a distância que estas palavras parecem estar. Parece estranho, mas, muitos hoje em dia não demonstram estes frutos, nem mesmo estão interessados em demonstrar, atestando aquilo que a Palavra chamou de apostasia.

II- Um crente genuíno demonstra arrependimento (Rm 2.4)
Neste verso o apóstolo Paulo indica que somos conduzidos por Deus ao arrependimento, sendo o mesmo uma obra interna conduzida exclusivamente por Deus, logo, observamos que para ser crente genuíno deve o cristão:
a)    Detestar suas antigas obras – Digo isto não no sentido de se arrepender de tudo o que vez, mas de todas as práticas contrárias as Sagradas Escrituras, não só quanto o passado, mas principalmente quanto ao presente.
b)   A prática atual – Hoje vemos uma decadência neste sentido. Outrora avançávamos rumo à santificação, mas com o passar do tempo o que era avanço se tornou retrocesso e nos comportamos sinicamente voltando às antigas práticas.

III- Um crente genuíno demonstra transformação (1 Pedro 2.12)
a)    Fazendo o inesperado – Todos esperam ódio em um mundo que odeia, todos esperam ira em um mundo iracundo, mas pouco se espera do amor, tido como sentimento dos fracos, nem do perdão tido como sentimento pouco nobre.
b)   A prática atual – É esperar entre o povo de Deus sentimentos parecidos com aquilo que encontramos no mundo, isolamento, desconfiança e outros tantos típicos daqueles que não nasceram de novo.

IV- Um crente genuíno demonstra temor a Deus (Hebreus 10.31)
a)    O temor do solo sagrado – É o temor de Moisés na sarça, de Isaias com a tenaz, e de todos os santos que já estiveram na presença de Deus. É respeito, reverência e alta consideração.
b)   A prática atual – Percebemos o descrédito de muitos nas músicas que eles fazem, na forma desleixada com que chegam à casa de Deus, no desprezo pelas coisas santas.

V- Um crente genuíno demonstra aspiração celestial (Salmo 42.1,2)
a)    Buscando riquezas celestes – Ele não se preocupa com a conta do final do mês, nem tão pouco se vive com muito o com pouco. Ele está fito no Eterno e na glória do Seu nome, as demais coisas sempre serão secundárias para ele.
b)   A prática atual – É vermos os crentes ansiosos para deixar a presença do Senhor. Mal estão lá, já querem deixá-la, mas vale os prazeres e os divertimentos do que a companhia do Altíssimo.

Conclusão: Olhemos sinceramente se nós estamos nos qualificando em uma forma de vida condizente com aquilo que deveríamos ser. Será que estamos nos tornando um subproduto deste mundo e não desejosos cidadãos do céu? Irmãos amados, tenhamos cuidado com o amor desta vida e com a forma desleixada de nos comportarmos, caso contrário precisaremos prestar conta daquilo que deveríamos fazer e não fizemos. Deus tenha misericórdia de nós.

Soli Deo Gloria!



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.

Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conspirata colorida

Muito já se foi dito a respeito da polêmica envolvendo a Universidade Presbiteriana Mackenzie e grupos ligados aos direitos dos homossexuais nos últimos dias. Opiniões contrárias e a favor ao texto são postados a todo momento na grande rede e como tenho o dever de manifestar o que penso, não para aparecer, mas para opinar diante de tão urgente tema, aqui me disponho a discorrer sobre o assunto.
Ao meu modo de ver tal acontecimento faz parte de uma conspirata colorida para denegrir instituições de grande respeito não só no meio acadêmico, mas também no religioso. É o caso da Universidade Presbiteriana Mackenzie, instituição altamente respeitável e uma das mais renomadas universidades do país. A universidade tem como sócia vitalícia a Igreja Presbiteriana do Brasil, igreja de convicção reformada-calvinista e que a 151 anos está em nosso país e a quase 500 no mundo. Tal conspirata é, sobretudo, aproveitadora, pois, nos últimos dias ataques contra homossexuais têm acontecido nas duas principais cidades do país, foi o caso dos militares que atiraram em um jovem homossexual no forte de Copacabana no Rio e outro agredido na avenida Paulista, centro de São Paulo. Como nas duas agressõess, homossexuais tiveram os seus direitos constitucionais violados, os conspirados homossexuais partiram para o ataque e começaram a atacar aqueles que eles culpam de serem os principais opositores de seus propósitos maqueavélicos, no caso os cristãos. 
Alguns grupos de gays acusam as igrejas de serem as responsáveis pela violência contra os homossexuais. Só que os mesmos se esquecem que o Evangelho que prega a igualdade entre os povos, a tolerância e amor é o mesmo Evangelho que diz que homossexuais não entrarão no Reino de Deus (1 Co 6.9). É o mesmo que descreve a prática homossexual como desonra do corpo e paixões infames (Rm. 1.24-25), Paulo desfere estas palavras tanto nas práticas sexuais homossexuais masculinas como femininas. Logo, antes do representante da OAB dizer que tais palavras ditas pelo Chanceler Augustus Nicodemos Lopes serem da idade Média deveria cogitar se a fé de milhares também é fruto de épocas onde a libertade era tolhida. Hoje dizemos estar em um Estado democrático, mas esta democracia está sendo ameaçada por leis como esta infame PL 122, que na ânsia de satisfazer grupos minoritários esta cerciando o direito de se omitir opiniões a respeito de comportamentos que nas palavras da Bílblia são, definitivamente PECADO.
Lamentamos que hoje em dia os princípios que nortearam nossa sociedade e foram tão úteis em outras épocas sejam considerados como obscurantistas e fundamentalistas e que pessoas que se dizem cristãs não sabem nem mesmo a diferença entre o que Jesus falou o que falou um fulano da esquina. Se o relativismo campeia a nossa sociedade e as principais fontes de mídia e comunicação, além de pretensos intelectuais de gabinete, não são estes padrões que aprendemos na nossa religião. Para nós não existem verdades relativas, cremos em um Deus que disse "Eu sou o Caminho e a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim." Estas palavras nunca foram relativas e nunca serão. O cristianismo tem um sonoro exclusivismo que faz emudecer religiões, ideologias e forças contrárias. Não aprendemos que devemos enfrentar a morte por causa de uma doutrina relativista que muda conforme os tempos, o mesmo Deus que cremos disse que não muda e que é o mesmo hoje, ontem e eternamente. Desde o dia que a cidades pérfidas de Sodoma e Gomorra foram destruídas que os seus prosélitos ainda teimam em manter tais práticas, só que o mesmo que destruiu aquelas abominações também requererá arrependimento dos que hoje vivem na mesma prática. Só que vai parecer que nós estamos interessados na destruição de todos eles e disparamos ódio de nossas narinas, inflamados de repulsa, mas isso não é verdade. O Evangelho continua a ser gracioso para todos, seja para o pecador viciado em crack, o político corrupto ou o HOMOSSEXUAL, sim porque ele também é pecador. Jesus morreu  e ressuscitou para corrigir nossos pecado e não para que nós viessemos por meio de leis aprová-los. Portanto, se você é homossexual a graça divina também é estendida a você. Não dê ouvidos aos seus pares que insistem em fazer ouvidos de mercador, venha para o Cristo do perdão e da misericórdia, confesse os seus pecados e quem sabe o Senhor terá misericórdia de vós. 
A Cristo Jesus, Senhor da Igreja sejam consagrados estes dias relativos e a vida dos milhares de pecadores envolvidos neste engodo retumbante. Deus fortaleça Seus servos e Sua igreja para glória dele mesmo, amém.

Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CONGRESSO UNIFICADO DO PRESBITÉRIO DE PETROLINA

Auditório do Colégio Municipal Paulo VI no Congresso Unificado do PRPE
O Presbitério de Petrolina (PRPE) esteve realizando no último final de semana (13 e 14 - sábado e domingo) o Congresso Unificado das sociedades internas. O congresso aconteceu nas dependências do Colégio Municipal Paulo VI em Juazeiro-BA Na oportunidade contou-se com a presença de todas as igrejas e campos missionários jurisdicionados do PRPE. O preletor nos dia do evento foi o rev.  Rosther Guimarães Lima da Igreja do Guará 2 de Brasília-DF. O mesmo reverendo veio acompanhado de uma caravana de mais de 40 pessoas.  Durante o congresso foi também conhecida as novas diretorias da SAF, UMP e UPA. no nível presbiterial A igreja hospedeira foi a Primeira Igreja Presbiteriana de Juazeiro-Ba, que juntamente com a Congregação Presbiterial do bairro do Dom José Rodrigues estiveram servindo a todos os congressistas. O clima do congresso foi deveras cordial, pois esteve confirmando o crescimento do presbiterianismo em toda a jurisdição do Presbitério de Petrolina. Evangelismo e Reforma agradece a Deus por este crescimento e roga ao Eterno que continue abençoando o PRPE na sua caminhada, juntamente com todas as forças de integração do citado Concílio.
Rev. Rosther preletor do Congresso


Nova diretoria da federação de SAFs
Nova diretoria da UPA

Nova diretoria da UMP
Soli Deo Gloria!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O PLANO DA SALVAÇÃO – UMA VISÃO REFORMADA PARA O EVANGELISMO


INTRODUÇÃO: Nossa perspectiva reformada de evangelização tem como urgente necessidade uma absorção rápida de evangelismo para bem servir a igreja de Cristo. Falo no sentido de oferecermos uma forma simples de evangelizar, fazer com que a abordagem evangelística contemple a sadia fé reformada, sem a utilização de materiais que demonstrem uma teologia não condizente com a nossa fé.
Também este nosso evangelismo tende a ser eminentemente prático, visto que na abordagem não teremos muito tempo em dias agitados onde as pessoas desejam algo conciso, para absorverem durante um processo posterior. Entrando ai o discipulado, outro assunto que desejamos contribuir em outra oportunidade.
Por esta razão, apresento um pouco daquilo que entendo serem os passos básicos de nossa evangelização. Espero que possa servir para direcionar irmãos reformados que desejem doutrinar bem e evangelizar segundo os padrões da Reforma.

I.             A MISERABILIDADE UNIVERSAL HUMANA
1.1.      A Queda – A Bíblia ensina que o homem deveria obedecer ao Senhor que exigiu da parte do primeiro homem a obediência de não comer  o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3.2-3), mas este não obteve êxito (Gn 3.5). Em conseqüência disso foi afastado da presença de Deus (G.3.23). Não somente o primeiro homem, mas todos os que nasceram dele, chegando até os nossos dias (Rm 5.12). Pois tal como foi o infortúnio de Adão assim é o nosso também.
1.2.      O Afastamento de Deus – A bênção mais preciosa que podíamos ter era a presença de Deus com suas criaturas (Sl 84.10). Mas nem mesmo isso o homem conseguiu preservar. Ele está afastado por causa do pecado e pecado é a quebra da Lei de Deus (1 Jo 3.4). Por força própria o homem não pode se aproximar de Deus, visto que existe um imenso abismo o separando do Criador e este abismo é sua própria pecaminosidade.
1.3.      O Sofrimento Humano – Desta primeira transgressão decorrem todas as mazelas da humanidade. Dor, sofrimento, depressão, miséria, violência e todas as crises em relacionamentos (Lm 3.39). Não podemos medir a conseqüência deste grande mal, visto que não podemos nem mesmo imaginar este mundo sem dor.
1.4.      A incapacidade Espiritual – Esta incapacidade impede a comunicação com o Criador, visto que “Deus é Espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em Espírito e em verdade...” (Jo 4.24). O caminho para esta comunicação também não pode ser reparado pelo homem comum.
1.5.      A presente condição e a conseqüência – Tal situação coloca o homem em estado crítico. Sozinho não pode se salvar, não consegue contemplar o que é espiritual e sem Deus de nada adianta praticar boas obras. O fim disso é punição já nesta vida (Gl. 6.7 e Sl 1.4,5) e por fim a condenação eterna (Mc. 9.43, 47 e 48).

II.           CRISTO O MEDIADOR ENTRE DEUS E O HOMEM
2.1.      A falha do primeiro Adão e o êxito do Segundo – Se o primeiro Adão falhou como representante da raça humana o Segundo não (Rm 5.12). Ele cumpriu cabalmente toda a obra tornando-a perfeita (Mt.5.17). O primeiro adquiriu maldição e o Segundo salvação e justificação (Rm.5.18).
2.2.      Verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem – Este Mediador foi providenciado pelo próprio Deus (Jo 3.16). Ele é Deus e homem, pois somente Deus podia refazer o caminho perdido (Jn 2.9 parte b) e precisava ser homem para que pudesse representar a todos nós (1 Pd 2.24).
2.3.      A nossa substituição efetuada por Ele – Ele tomou o nosso lugar na cruz (1 Pd 3.18). O sofrimento dele foi um sofrimento vicário. Nele, Deus agradou moê-lo (Is 53.10). Seu penoso trabalho foi feito com êxito (Is 53.11).
2.4.      Ele nos purifica com Seu sangue – Assim como na Lei de Moisés havia a necessidade de aplacar a ira de Deus com o sangue inocente. Naquela época o sangue de bodes e de touros (Hb 9.13,14). Jesus derramando Seu sangue na cruz desvia a ira divina. Seu sangue nos purifica do pecado que não podíamos reparar (1 Jo 1.7).
2.5.      Ele é um fiel Advogado – Ele, Jesus, se coloca como nosso Advogado fiel, nos defendendo das acusações que satanás possa fazer (1 Jo 2.1). Bem como, quando o Senhor olha para nós, quando perdoados, não olha para nossa justiça, mas para a justiça de Cristo, pois Ele é Justo e justificador (Rm. 3.26).
   
III.         O ARREPENDIMENTO PARA SALVAÇÃO
3.1.      Não é remorso – O arrependimento exigido para a salvação não é remorso. Remorso é aquilo que sentiu Judas ao trair o Senhor Jesus (Mt.27.3) e consiste em frustração movida por uma série de conseqüências adversas, o arrependimento exigido pela Palavra é uma condição interna ocorrida no eleito (2 Tm.2.25-26 e Lc 24.47).
3.2.      É uma graça da salvação – Alcançada apenas para aqueles que são chamados para a vida. Pode vir acompanhado de choro e grande tristeza (Lc 22.61-62), mas não é necessariamente obrigatória tal condição.
3.3.      Ódio ao pecado – Acontece quando o homem chamado por Deus sente-se repulsivo perante Deus (Ez 36.31). Deseja ardentemente se ver livre da sujidade espiritual que o pecado impõe. A conseqüente postura é o retorno para Cristo, abandonando as antigas práticas e desejando uma vida de obediência.

IV.         A IGREJA E A REDENÇÃO
4.1.      A Igreja é o povo de Deus – Não um templo como muitos imaginam, mas a coluna e baluarte do Deus vivo (1 Tm 3.153). É o Seu povo escolhido, aqueles que o Senhor agradou morrer. Povo de diferentes lugares, etnias, línguas e costumes, que são ajuntados para servir a Deus em todas as épocas (Ap 7.9).
4.2.      A necessidade de congregar – Visto que é em meio a este povo que o Senhor atua mais completa e especialmente. É necessário, portanto, o convívio entre este povo. Aprender a Palavra em suas reuniões, bem como viver as glórias e as dificuldades que este povo enfrenta.
4.3.      A redenção como fator histórico – Redenção, portanto, é o movimento divino de alcance do Seu povo. São todos os meios e sinais usados para redimir esse povo. Povo exclusivo de Deus, zeloso e de boas obras (1 Pe 2.9).
4.4.      O final desse processo – O final desse processo é a restauração de todas as coisas. É o enxugar das lágrimas dos eleitos (Is 25.8), o término da batalha contra o Inimigo e consumação do Reino restaurado e eterno. Fim para qual caminha a humanidade e que inaugurará tempos de paz e prosperidade divina.

V.           O DESTINO ETERNO DA ALMA (A PERDIÇÃO E A GLÓRIA)
5.1.      A alma condenada – A bíblia só nos fornece duas condições para a humanidade. A perdição e a glória. Na primeira a alma condenada por, voluntariamente, desejar estar longe Deus, enfrentará as alienações do inferno e da perdição. Afastados eternamente de Deus em tormentos eternos (Mt. 25.41 e Mt 10.28)
5.2.      A alma glorificadaÉ o estado que espera os que foram arrependidos das suas sujidades, que viram que necessitavam de um Salvador e se entregaram completamente a Deus por meio do Seu Filho. Estes serão para sempre herdeiros de um reino eterno e deleites e prazeres que nunca podemos imaginar nesta vida para todo o sempre (1 Co 2.9).

Conclusão: Depois de tudo que você ouviu, uma resposta é exigida da sua parte. Que tipo de atitude você tomará. Você não é mais leigo, você ouviu da sua presente situação morta em delitos e pecados e que por suas próprias forças você não virá a Deus. Foi necessário o envio do Mediador, puro, santo e imaculado. Ele levou sobre si os pecados do Seu povo e é necessário saber se você pertence a este povo. Para isso você deverá manifestar o arrependimento para a vida. Confessar os seus erros e deixá-los. Só então poderá habilitar-se na expectativa do Reino Celeste. Que Deus lhe ajude neste caminho e caso precise de mais informações, nos procure no endereço abaixo, solicite-nos uma visita ou vá aos cultos nos horários informados. Deus o abençoe.

Soli Deo Gloria!