segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ortodoxia e Ortopraxia para a Igreja Brasileira




Existe a necessidade no contexto evangelical brasileiro de se definir constantemente as ações e tarefas da vida da igreja. Duas perspetivas necessárias do mandato cristão coletivo têm sido extremamente negligenciados que são a ortodoxia e a ortopraxia. Uma tem a ver com a afirmação de uma fé história assimilada ao longo dos anos por cristãos históricos que a partir da Sagrada Escritura formaram concepções necessárias à marcha da igreja, no que tange a doutrina. A outra tem a ver com o modo de viver do fiel, com a responsabilidade que temos com a ação e a prática do Evangelho.
Tanto uma como outra estão diariamente sofrendo golpes consecutivos de desprezo e ignorância e por esta razão fazem a igreja brasileira ser grandemente deficiente em suas diversas manifestações. Numa pesquisa recente divulgada pela SEPAL estimou-se que daqui a vinte anos o Brasil terá 50% de evangélicos em sua população, isso se o desenvolvimento evangelístico permanecer nas mesmas proporções de agora. Isso é um fator que nos enche de esperança, mas também de muita preocupação, pois na medida que crescemos torna-se necessário que busquemos também crescer com qualidade. E qualidade tem a ver com a doutrina e com a prática, ambas são como remos em um barco sem o qual não teremos como confirmar a saúde espiritual da igreja.
É lamentável ver que poucos são os esforços, da parte de crentes professos, de se empenharem em exercer estas facetas do cristianismos, por exemplo, até bem pouco tempo atrás o estudo da teologia era visto como algo desnecessário e denominações inteiras desprezavam o conhecimento teológico, visto por alguns como algo que vinha esfriar o Espírito. Semelhantemente, os mesmos meios que desprezavam o conhecimento teológico são os mesmos que pouco fazem quanto a moralidade, participação política e ação social. O crescimento da igreja deve, portanto contemplar a demanda por conhecimento e prática, ortodoxia e ortopraxia, caso contrário veremos a falência moral e intelectual da igreja brasileira.
É necessário que as igrejas mais novas busquem ao máximo possível o desenvolvimento nestas áreas, sendo humildes e também conscientes da hora atual. Não é possível que sejam tão falhos em pôr em prática as imensas possibilidade que podem advir de algo que é tão urgente em nossos dias. Que o Senhor da Igreja levante homens visionários que estejam engajados nestas causas tão importantes.

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