domingo, 12 de fevereiro de 2012

A incompatibilidade da frequência do cristão ao carnaval


Não sou contra as festas. Na realidade a vida é repleta de situações que requerem celebrações espontâneas e alegres. Isso torna a vida um grande agradecimento a Deus. Agradecemos por um ciclo de coisas ruins que deixaram de nos incomodar, por vitórias nos estudos, na doença e assim por diante. Logo, não somos introspectivos e enfadonhos como crentes. Nossa vida celebra a providência de Deus em nosso favor e não nos reunimos meramente para nos desgastarmos em vícios e amizades conquistadas em troca de dar e receber, mas na certeza que somos um povo eleito e isso nos faz ir aos cultos ao Senhor em Seu dia e comemorarmos a salvação em todos os momentos. Mas muito me preocupa as recente opiniões sobre algumas celebrações seculares. Por esta razão, reflito neste post a respeito da incompatibilidade que há na frequência de um fiel em festas como o carnaval, observemos o seguinte quanto a este particular.

É incompatível não somente por ser algo defendido historicamente – Com isso não quero demonstrar que os velhos argumentos usados pelas gerações anteriores, de que o carnaval é a festa da carne e coisas do gênero, além de fazer uma pesquisa histórica pela festa e assim por diante são argumentos válidos ainda hoje, mas por uma série de argumentos que gostaria de refletir, mais detidamente no que concerne a esta festa que nos faz ser reconhecidos fora de nossa nação. Observemos então estes argumentos.

Um cristão não é movido pela efemeridade produzida no carnaval – Os foliões no carnaval precisam ser incitados a produzirem uma alegria meramente fugaz, ou seja, sua alegria é antes de tudo produto de uma circunstância que a própria festa proporciona e não em algo que venha a encher seus corações de real satisfação. Com isso o carnaval precisa fabricar ingredientes para a alegria dos foliões, bebidas, músicas, sentimentos que na maioria das vezes são ilícitos em outras ocasiões e assim por diante. No entanto, a alegria do cristão não é efêmera e fabricada, mas deve-se ao derramar do amor de Deus em nossos corações, isso nos faz repudiar qualquer tipo de alegria frustrante que não celebre a alegria de nossas vidas, o Senhor Jesus Cristo, nossa real alegria.

Um cristão incomoda-se a imagem passada pelo carnaval – Durante toda a nossa peregrinação neste mundo aprendemos na Palavra que não pertencemos a ele, mas que somos peregrinos e estrangeiros nesta terra, ou seja, temos uma pátria nos céus, incorruptível e preparada para os fiéis. Porém, mesmo sendo instruídos quanto a isso, somos interessados em reformar o mundo em que vivemos. Não nos conformamos com a injustiça e devemos nos esforçar para fazer deste mundo o palco onde Deus atua solenemente em nossas vidas como um todo, sendo nós mesmos coadjuvantes da redenção de Deus neste mundo caído. Por esta razão, o verdadeiro cristão, aquele que entende que fomos vocacionados sendo brasileiros, e que entende que a imagem do nosso país deve ser melhor do que a atual, percebe a grande mazela que faz o carnaval a esta nação. Somos conhecidos atualmente pelo país do sexo fácil, pela sensualidade, nação sem regras e povo sem objetivos. Com isso quero dizer que o verdadeiro cristão deveria orar para ver esta festa sendo extirpada de nossas manifestações culturais e não tentar modifica-la, pois tal postura pode fazê-la surgir no futuro causando mais danos ainda em outras ocasiões. Logo esta festa que emporcalha nossas cidades e que onera os cofres públicos, deve ser algo com que nos preocupamos, no sentido de vê-la completamente eliminada de nossas vidas e das futuras gerações de brasileiros.

O cristão e a ênfase na pureza moral – Já somos um país tropical, o que fornece a alguns a necessidade de usarmos roupas mais leves e fazer nossas praias estarem lotadas de pessoas em trajes de banho, quase sempre, sensuais e descompromissados com a compostura e a moralidade. O carnaval por sua vez, faz com que exista um precedente para o desleixo e uma postura favorável para com a sensualidade, isso em alguns é completamente perceptível, ajudando na perpetuação de uma cultura do sexo por longas gerações. Por isso é comum o alto nível de estupros nestas épocas, bem como, o aumento de abortos provocados por inconsequentes assassinas, que lançam fora seres humanos frutos de uma noite desvairada. Nós como cristãos temos um longo caminho para mudar esta situação. Começa em nosso próprio lar quanto fortalecermos uniões monogâmicas e heterossexuais. Bem como, buscarmos inculcar nos nossos jovens o dever de se manterem puros para o casamento, para a glória de Deus, além de não favorecermos essa “cultura” sexual tão comum em nossos dias. Isso pode ser o começo de uma nova mentalidade que surgirá entre os nossos jovens que continuarão nossa tarefa quando deixarmos este mundo.

Deve o cristão desconsiderar a mídia promotora do carnaval – Uma das grandes formas de mobilização seria alcançar os promotores da mídia pelo bolso e fazermos com que eventos como esses sejam desprezíveis no IBOPE. Não adianta nada fazermos campanhas em redes sociais, bem como lamentarmos nossa situação se não nos unirmos no ideal de alcançarmos nossos objetivos afetando os bolsos daqueles que promovem programas indecentes e festas profanas como o carnaval. Se somos mais de 30% da população temos potencial para isso de uma maneira contundente. Não consumirmos, não aprovarmos e não assistirmos nada que dê audiência a estes eventos. Mas no que se refere a isso, sabemos que a luta não é nada fácil, visto que individualmente devemos lutar para que nossas vidas não sejam contaminadas com a impudicícia.

Dentre as várias tarefas que temos como povo de Deus, uma das maiores é a purificação de nosso procedimento pessoal. Somente quando nossos olhos repulsarem a fornicação, o adultério e o sensual poderemos lutar contra o carnaval. Creio que o nosso Deus pode nos santificar totalmente para esta função. É necessário que seja assim se quisermos ver nossa nação aos pés do Senhor. Por esta razão, conclamo a todos a lutarem em favor da pureza moral e individual e apenas então, lutarmos em todas as frentes para ver esta festa extirpada de nossa sociedade, que Deus nos ajude nessa tarefa, amém. 



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