segunda-feira, 6 de outubro de 2014

UM NORDESTINO TENTANDO ENTENDER OS VOTOS DO NORDESTE EM DILMA ROUSSEFF


Faz um bom tempo que não debato política em meu blog, acredito que não somente eu, mas outros blogueiros com o crescimento das redes sociais no Brasil, deixaram de publicar mais opiniões em blogs ou sites de notícias. Mesmo esses sites, contam com bastante visibilidade nessa nova plataforma o que fez com que muitos deixassem de ler exclusivamente dos blogs. Esse é um blog reformado cristão que se ocupa em sua grande maioria, com notícias referentes a trabalhos realizados nesse âmbito, bem como instrução a aqueles que precisam conhecer mais o ponto de vista reformado, além de se divulgar os esboços das mensagens pregadas pelo autor do blog. Mas hoje desejo fazer uma análise, baseado no descontentamento de alguns amigos do facebook e também de algumas notícias vinculadas na mídia nacional acerca da vantagem obtida pela candidata presidente Dilma Rousseff no Nordeste brasileiro. Eis a minha modesta opinião.

A falta de instrução do eleitor nordestino. É inadmissível que os cidadãos nordestinos estejam alheios aos debates que estão ocorrendo no cenário político nacional no que concerne aos escândalos recentes envolvendo a administração ptista. Ninguém, com razoável capacidade intelectual e tempo suficiente para assistir ou navegar na rede pode se desculpar de desconhecimento a esse respeito. Não é possível que não leiam, que não vejam o retrocesso de nosso país em diversos setores, inclusive do ponto de vista moral, que essa administração tem empreendido. É fato notório que as regiões norte e nordeste são as mais precariamente assistidas no quesito educação em todo o país. Os índices neste quesito são baixíssimos nessas regiões o que justifica um pouco a questão toda envolvendo a participação política de qualidade dos habitantes dessa região.

O Estado de Pernambuco. O único estado do Nordeste a não conceder a votação majoritária para a candidata Dilma foi justamente o Estado onde moro, Pernambuco. Aqui alguns fatores são dignos de nota, como a influência da família Campos nessas eleições, fato comprovado pelas vitórias no Senado com Fernando Bezerra Coelho e para Governo com Paulo Câmara, aliados políticos do já falecido ex-governador do Estado Eduardo Campos, além da votação expressiva conquistada por Marina Silva, que fazia chapa com o ex-candidato a presidência. Esses fatores servem para indicar a rejeição a Dilma, mas é necessário realçar que essa oposição se deve a uma questão política, mas que também indica as diferenças econômicas de Pernambuco em relação aos outros estados do Nordeste.

Entendendo o Nordeste. Outro fator determinante para isso é a condição extremamente degradante que vive o povo nordestino. Nenhum governo foi capaz de transpor as barreiras econômicas nessa região, no sentido de tornar a mesma em trajetória crescente de desenvolvimento. Obras no período ptista que poderiam viabilizar algum tipo de crescimento como a transposição e a transnordestina estão quase paralisadas e pouco modificaram as regiões beneficiadas. Mesmo estando no PAC, programa do governo que se autodenomina “de aceleração do crescimento”, estão envoltas em atrasos e superfaturamento. O Nordeste a se julgar pela eleição ao Senado de Collor em Alagoas e outros tantos que estão no cenário político a tantos anos e nada fizeram por seus estados, continua a trabalhar em um clientelismo grandioso, mesmo com a ascensão da tão afamada “classe média” dos governos Lula-Dilma. Esse clientelismo eleitoreiro e de cabresto está cada dia mais forte em tempos de Bolsa Família. O afamado programa de governo assistencialista do governo federal que escraviza tantos brasileiros é o programa de governo mais eleitoreiro da história da República Brasileira. Tudo isso, ao juntarmos falta de instrução, voto de cabresto e outros fatores típicos da cultura nordestina, ajudam a explicar tão esmagadora votação em comparação com os outros estados brasileiros.

Meu conselho ao novo governo, que espero ser o de Aécio Neves. Não despreze o povo nordestino. Priorize essa região importante da nação, que decide eleições, mas não só por isso, mas que ajude o povo nordestino a se desvencilhar desse clientelismo paralisante que temos presenciado por gerações sem fim. Que o restante do país procure entender esse fenômeno não fazendo do Nordeste brasileiro o responsável pelos déspotas dessa nação, mas tenham o anseio de colaborar com o desenvolvimento dessa região que não precisa de favores, precisa sim de atenção.

Acredito que essa região, responsável por tantos intelectuais em tão diferentes esferas em nosso país pode ser o celeiro de desenvolvimento de nossa nação. Um Nordeste forte significa um Brasil mais forte ainda. Essas são bandeiras que o nosso futuro “presidente” precisa abraçar. Que Deus se apiede do povo do Nordeste.





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