domingo, 17 de julho de 2011

Orando em secreto e a maneira de pedir


Mateus 6.5-8

INTRODUÇÃO: Após introduzirmos esta parte no sermão do monte que trata de religiosidade, continuamos neste mesmo aspecto e consideraremos agora o ato mais religioso que um homem pode realizar, a oração. Observemos que o texto que iremos contemplar é, na realidade, uma introdução a famosa oração do Pai nosso, também conhecido como Pater (vv.6-15).
O Senhor nos lembra que não pode existir religiosidade sem este aspecto da vida cristã. Um crente que não ora, não pode vislumbrar outras facetas da fé. Para que isso não aconteça conosco proponho um título: “Orando em secreto e a maneira de pedir”. Justifico o título porque são estes os principais assuntos ventilados nesse texto. E se quisermos aplicá-lo completamente a nossa vida precisamos saber a maneira correta de orar. Diante disso, vejamos dois aspectos importantes da oração:

I- Uma oração diferente da dos hipócritas (vv.5-6)
a)   A oração hipócrita (v.5) – Jesus condena aqui, também a postura dos fariseus. Esta, na realidade é uma prática ainda hoje praticada pelos judeus, que fazem orações na frente de todos naquilo que sobrou do muro do templo em Jerusalém. Logo, ficou enraizada na cultura desse povo. Tal conduta é combatida pelo Senhor, chamada de hipocrisia. Esta se configura pelo fato desse homem buscar o louvor daqueles que lhes observam. Para isso buscavam cantos movimentados como praças e esquinas. Seu objetivo era a exibição, marca característica de alguém hipócrita. Se era o reconhecimento o que buscavam já tiveram a recompensa e essa não veio de Deus.
b)   A oração do piedoso (v.6) – Essa é totalmente diferente da que faz o hipócrita. Ela é mais pessoal. Não tem como objetivo o exibicionismo da anterior, mas reveste-se de uma singular objetividade. Portas cerradas para buscar a Deus em secreto, essa é a prática exigida. E Deus que está em secreto, escondido, a fim de ser encontrado pelo piedoso, se empenhará para retribuir tal ato. É claro que existirão momentos de revelar a piedade, como acontece na igreja, diante dos irmãos, mas aqui a ênfase recai sobre a vida cotidiana do crente em sua piedade natural com o Senhor frente a todos os momentos da vida.  

II- Uma oração diferente da dos gentios (vv.7-8)
a)   A oração dos gentios (v.7) – Esta é repleta de insistência e formas mantricas de religião. O Senhor condena esta prática por ser um insulto a onisciência dele. Ele, certamente conhece o que precisamos. Outra questão importante é o afastamento dessa oração, visto que não é feita por alguém próximo dele, um eleito. O termo traduzido por gentio demonstra que estes são estrangeiros, desconhecedores da adoração a Deus. O crente, no entanto, é achegado a Ele, ao contrário daqueles que não podem ser ouvidos pelos motivos acima.
b)   A oração do piedoso (v.8) – Também aqui é diferenciada. Ele conhece o modo como o Senhor lhe trata. É por isso que sabe esperar, sabe usar as palavras adequadas para a súplica, diferente dos pagãos que geralmente usam termos inconvenientes, havendo até mesmo aqueles que pedem a outros e não a Deus. O crente é recomendado a fazer o contrário do que faz o incrédulo. Não orar como ele ora é uma ordem, visto que detém de um conhecimento que o pagão não tem. O Senhor também quer nos mostrar que temos uma relação filial com Deus, Ele de fato enfatiza isso ao nos lembrar que Ele é nosso Pai. Que conhece tudo o que precisamos, bastando-nos pedir, reverentemente.

Conclusão: Aqui fica clara a distinção imposta pelo Senhor no que concerne a oração. Ela é um ato singular de adoração genuína. Os pagãos não conseguem realizar tal ato, visto que não O conhecem, não são íntimos e não conseguem orar corretamente. Apenas aqueles que mantêm uma relação filial com Deus atingem esse ideal. Se esta é a sua situação, lembre-se de tão grande graça. Louve ao Senhor por este privilégio e ao orar, descanse em paz e em confiança diante de seu Pai celestial.
   


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