domingo, 10 de julho de 2011

A religiosidade cristã e sua importância


Mateus 6.1-4

INTRODUÇÃO: Continuando nossa exposição sobre o sermão do monte, iniciamos outra parte do sermão, não apenas porque se inicia um novo capítulo, mas porque tem como foco ensinar-nos a respeito de nossa religiosidade.
O Senhor a partir desse ponto pretende demonstrar claramente aquilo que nos diferencia dos rituais judaico-farisaicos. Ou seja, Ele estabelece o modo e o procedimento dos cristãos diante de suas obrigações. Diante disso proponho um título para a nossa meditação: “A religiosidade cristã e sua importância”.
Por diversas vezes escuto pastores e crentes comuns dizendo que não devemos ser religiosos. Talvez por que estejam combatendo uma atitude displicente da religiosidade. Quando defendemos aqui a religiosidade cristã estamos na realidade substituindo o termo por piedade, visto que é isso que o Senhor se preocupa aqui. Portanto, vejamos que tipo de piedade é aqui nos exigida pelo Senhor Jesus Cristo, vejamos três exigências:

I- O homem religioso é discreto diante dos homens (v.1)
Toda a prática da piedade cristã tem como foco primário a glória de Deus. Logo, as atitudes combatidas aqui, típicas dos fariseus devem ser evitadas. Não temos o porquê de sermos vistos pelos homens, mas por Deus.
a)   O infiel e as boas obras – Muitos são os homens que se envolvem em obras filantrópicas. Principalmente os mais abastados. Em alguns países estes recebem destaque por isso. Só que geralmente esse destaque tem como objetivo apenas a promoção pessoal.
b)   O objetivo do homem religioso – Já o fiel deve aprender que não se recebe galardão neste mundo, mas no vindouro. Alguns pensam que quem ajuda o próximo pode ser recompensado, fazendo uma barganha com Deus, na realidade o crente tem em vista apenas o favor divino, é o agrado de Deus que ele procura.

II- O homem religioso é criterioso em suas ações (v.2)
Para o exercício da piedade é necessário também um critério comprometido com o reino, por isso o cristão é:
a)   Não chama atenção para si – O Senhor ilustra isso falando do oposto, combatendo a prática hipócrita farisaica. Eles faziam o possível para serem vistos, mas o fiel evita tal coisa, visto que não faz por si, mas por graça de Deus.
b)   Espera para mais adiante a recompensa – Como já foi dito a recompensa vem no porvir, quanto ao incrédulo, recebe os méritos e a fama de ser filantropo hoje, por seus pares, mas isso é tudo que receberá.

III- O homem religioso tem em vista apenas o Senhor (vv. 3-4)
Por fim, a glória de Cristo é o que move o crente a ser bondoso para com aqueles que precisam, por isso ele:
a)   Deve ignorar em sua consciência o ato (v.3) – Isso não significa dar pouco crédito. A ilustração da mão aqui é apenas alegórica, visto que a mão não tem consciência. Certamente o Senhor está nos querendo chamar atenção para o ufanismo desnecessário, como se nos achássemos os mais bondosos dos homens. O homem religioso credita este ato a graça e misericórdia agindo nele, que o compele a isso.
b)   Deve agir em secreto porque é visto em secreto (v.4) – Nada no crente é espalhafatoso e afetado. Ele busca o reconhecimento não de seus pares, mas daquele que vê em secreto. Por isso ao fazer qualquer boa obra não conta vantagens, nem tão pouco pede audiência para si, mas busca um reconhecimento apenas em secreto. E Aquele que vê em secreto tem capacidade para recompensar.

Conclusão: Todo o procedimento do cristão é pensado meticulosamente para a glória de Deus. Ele não é religioso que solta fogos para ser visto, nem tão pouco busca o reconhecimento daqueles que apenas vê a aparência, mas o daquele que vê o coração. Diante disso, na próxima vez que você fizer uma boa obra para com o pobre ou para a igreja, lembre-se dessas palavras e busque o reconhecimento daquele que vê em secreto e somente Ele pode te recompensar da maneira dele, amém.


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