segunda-feira, 11 de julho de 2011

A gentileza em um mundo animoso a cordialidade


Vivemos em mundo onde a gentileza é algo praticamente esquecido. As pessoas não se cumprimentam mais, não sorriem umas para as outras, fazem questão de serem estranhas, pelo simples fato de não confiarem em estranhos. Mas o estranho é aquele que não foi apresentado ainda e não custa nada colocarmos um sorriso no rosto ao falarmos com aqueles que muitas vezes, assim como nós, são tratados com tanta indiferença.

Lamento que até entre os cristãos esse tipo de prática seja comum. Não penso em um cristão como um homem iracundo e rabugento. Penso no cristão como alguém extremamente consciente de seu papel frente a um mundo caído. Alguém que sabe que a falta de amor e de hospitalidade tem sido uma constante em mundo frio. E que por isso busca fazer justamente o contrário, fazendo amizades com todos, mesmo sabendo que em algumas ocasiões pode se decepcionar, algo que invariavelmente acontece, mas que nem por isso torna-se recluso ou distante do próximo.

As igrejas estão sendo contagiadas por esta falta de amor. Parece que estamos importando o comportamento do mundo como se esse fosse o único meio que conhecemos de tratar os nossos semelhantes. Lembro-me de uma época que os irmãos se tratavam de “amados”, expressão esta perdida no tempo, que hoje em dia parece soar meio hipócrita, uma vez que os ditames de hoje são “desconfiar para só então confiar”.

Penso que precisamos urgentemente resgatar a pureza. Sei que parece utópico pensar assim, visto que esta palavra também esta em desuso e é mal interpretada, apresentando uma conotação de ingenuidade e até mesmo pouca inteligência. Mas no meu entendimento estamos deixando a pureza para nos macularmos com sentimentos frios e descompromissados. Quando ajudamos alguém não nos envolvemos, se temos que mandar uma oferta para um missionário o fazemos sem ao menos nos preocuparmos com o nosso dinheiro e com o bem estar daquele nos propomos a ajudar. Se nos relacionamos na igreja não passa de algo efêmero e fugaz, durando apenas algumas poucas horas durante o domingo. Nem de longe se parece com o relacionamento desfrutado pelos crentes primitivos, narrado em Atos dos Apóstolos.

Onde está a ternura, a falta de maldade, a compreensão, o olhar no olho, a sinceridade? Será que estamos perdendo ou será que nunca tivemos isso? Se estamos perdendo, creio que já é hora de resgatarmos e se nunca tivemos temo que jamais experimentamos um sentimento real, descompromissado, impresso em nossos corações pelo Espírito e até mesmo a própria conversão pode ser questionada aqui.

Precisamos nos amar e o amor deve ser sem hipocrisia, sem buscar os próprios interesses, tem que ser abnegado e cheio de sinceridade. Esse mundo não pode nos ensinar, mas a Palavra de Deus tem este poder de nos tornar mais parecidos com Cristo. Quando O tomamos como nosso exemplo, fica claro quão distante ficamos do verdadeiro ideal de dedicação e altruísmo, quão pobres parecemos em nossa busca frenética por auto-afirmação e isolamento. Quem nos dera pudéssemos aprender mais sobre sinceridade e quem sabe viéssemos a influenciar os outros com um sorriso, com uma cordialidade e até mesmo com uma singela confiança. Deus nos livre de sermos iguais às ilhas que existem por ai e que a igreja de Cristo saiba se comportar de maneira amorosa em dias tão rudes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário