quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O choro por nossas calamidades

Algumas recentes calamidades nos fazem considerar algumas questões inerentes a nossa atualidade. No caso das catástrofes climáticas é a todos evidente os estragos que as mesmas causam, deixando órfãos, desabrigados, falências e uma quantidade imensa de pessoas que perdem suas vidas. Mas o que dizer de nossas calamidades pessoais, aquelas que, aparentemente, não causam tantos estragos, mas que são tão danosas quanto as climáticas?

Chamo de calamidade pessoal o fato de estarmos constantemente nos relacionando com uma falha moral, ou com várias, decorrentes de nosso estado pecaminoso. Pois, como afirma a Palavra de Deus, somos todos caídos e moralmente culpados. Havendo, em decorrências disso, inúmeras consequências, culminando na morte que é o salário do pecado. A idéia secularizante de mal é intorpecedora em vários níveis, pois aliena aquele que peca de uma maneira escapista. Alguns vêem no pecado apenas uma falha moral, outros entendem como um mal necessário e outros apenas desconsideram o mesmo não fazendo caso e explicando-os de um ponto de vista que coloca a culpa no sistema ou em um tratamento que recebeu na infância.

Mas a verdade de Deus é categórica quanto a isso, aquilo que o homem planta ele colhe. Ou seja, podemos parafrasear uma lei da física que diz que "uma ação corresponde a uma reação em maior ou menor quantidade". Ao pecar caímos na consequência do ato em si. O bêbado não fica apenas dependente do álcool, mas pode contrair doenças decorrentes do vício, assim como o fumante e o viciado em drogas. O adúltero não apenas vive uma vida promíscua, mas também deverá sofrer com as consequências do divórcio e com uma família se estrutura. O político corrupto não apenas difama seu nome de homem público, mas também pode perder o mandato e se tornar inelegível, além de processos e outras acusações. Mas nada se compara ao nosso comparecimento diante de um tribunal que não podemos escapar.

Este tribunal jamais inocenta o culpado. Logo, seu juízo é sempre fiel e correto, não levando em consideração condição social, pouca idade ou muita, seja lá qual atenuante que se coloque. Nossas misérias sempre aparecerão diante desse tribunal mais sujas do que imaginamos. A violação da Lei de Deus encerra todos os homens debaixo dessa acusação. E quanto aos vícios e atitudes mencionados acima, mesmo que não os cometamos nos tornamos dignos do mesmo tribunal. Logo, alguém que cometeu crimes de guerra é tão culpado como alguém que injuriou seu próximo. Parece estranho que Deus trate a todos dessa maneira, mas o fato é que todos somos culpados, praticando grandes crimes ou pequenos delitos sociais. Logo, todos devem chorar suas misérias. Pois, se assim não fizerem perderão a oportunidade de alcançar a misericórdia do Juiz, que é Deus.

Quanto às calamidades pessoais já estamos sentido os seus efeitos, falta de comunhão com Deus, vida plena a Seu lado, falta de conhecimento espiritual, alienação e uma série de efeitos danosos são provas contundentes de que não estamos em nosso estado natural como humanidade. Sejamos absolutamente francos quanto a isso, não falo de modo ecumênico de um relacionamento de um deus que pode ser reparado por qualquer religião, falo de um reparo que aconteceu unicamente em um víl e ao mesmo tempo glorioso momento da humanidade, a crucificação. Não o evento em si, mas naquele que é o seu personagem principal, o crucificado, cujo nome é Cristo. Reparo completo e cabal não acontece por uma adessão a uma religião, ou a dogmas, mas apenas e inerentemente nele. Com Ele os efeitos das calamidades mencionadas neste artigo são anuladas e isso não significa ausência de dor, morte e uma série de efeitos que ainda estamos submetidos. Mas a promessa da restauração de uma vida plena, vida que só pode ser vivida por aquele que Lhe confessa, que crê na Sua substituição vicária e na Sua divindade.

Portanto, meu amigo, se todas essas tragédias que você contempla lhe causa temor e falta de esperança, lembre que são efeitos de um mundo alienado e distante de Deus. Um mundo que preferiu fazer de Deus segundo plano e que por isso, colhe os efeitos danosos de sua escolha. Nós só temos uma solução para este mundo e para o vindouro, é o conhecimento de Cristo que excede todo entendimento, seu culto e vida exigida por ele em santidade. É sua esperança, não a do mundo que é tão movediça  quanto as especulações humanas. Esperança que enche o coração daquele que crê, que confia apenas e vive nesta crença por toda a sua vida. Choremos, portanto, nossas calamidades e nos acheguemos a Cristo por meio de Sua Palavra para a restauração de nossa vida completamente.


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