sábado, 23 de abril de 2011

A páscoa e a libertação do velho fermento

1 Coríntios 5.6-8

Poucas datas são mais significativas do que a páscoa. Todo o drama da redenção da humanidade não encontraria sentido algum sem que pudéssemos contemplar este importante fato, a ressurreição de Cristo. 

No Antigo Testamento a páscoa foi instituída para lembrar permanentemente ao povo judeu que Deus seria o seu Libertador. No Cristianismo foi a data em que o Senhor, em Seus decretos eternos, escolheu para ressuscitar o Seu Filho amado.

Diante de tão importante data e seu significado o que podemos esperar de Deus quando contemplamos a páscoa, uma vez que não podemos conceber esta data como algo sem importância e destituída de significado. Observemos da perspectiva do apóstolo Paulo, que nos fornece de fato, o significado da páscoa cristã. Vejamos isso com o seguinte título: “A páscoa e a libertação do velho fermento”. Isso porque o apóstolo num contexto exortativo onde recomenda a disciplina eclesiástica sobre um membro vivendo em pecado de imoralidade, nos recomenda alguns conselhos que fazemos bem se observarmos. Vejamos quais são eles:

I) O fermento do mundo faz crescer a massa (v.6)
A jactância – Paulo lembra que a igreja de Corinto era uma igreja jactanciosa e que justamente por isso não tinha ainda expulsado o transgressor. Ele lembra que esta postura também é pecado, pecado conivente, como se concordassem com a atitude pecaminosa.

O fermento do mundo – Paulo compara essa postura a aquilo que está narrado nas Santas Escrituras, com respeito ao povo judeu. Ao serem libertos do cativeiro egípcio, o povo de Deus deveria comer pães sem fermento, mostrando que o crescimento não seria forçado de forma artificial, mas natural. O fermento tipifica então o Egito, que era o objetivo da fuga. O crente quando se mistura com o mundo em suas imoralidades está alimentando a carne a fim de que esta esteja sujeita ao mundo e não a Deus (Rm.13.14).

II) Somos nova massa por causa do Cordeiro Pascal (v.7)
Lançar fora – A postura que se deve requerer desta igreja é desfazer-se desse fermento que nada tem a ver com a nossa presente situação.

A nova massa – A razão para que isso aconteça é que hoje somos “nova massa”. Ou seja, somos novas criaturas, onde habita o Espírito Santo de Deus, sendo assim, todas as influências mundanas sobre nossas vidas precisam ser repelidas, de fato extirpadas, caso contrário, estaremos laborando em grande erro.

Sem fermento – Nós não estamos inchando com o fermento artificial do mundo, mas crescendo em graça por um processo natural e espiritual, que não depende de nós, mas de Deus. E isso nos faz uma massa especial, cuidada e santificada pelo próprio Deus, você entende o porquê de não podermos usar o fermento? O fermento é espúrio e falso, nada mais nada menos que uma imitação barata daquilo que Deus faz em nós.

Cristo, o Cordeiro imolado – Paulo está fazendo referência a crucificação de Cristo em nosso lugar, está nos lembrando que a oferta voluntária de Cristo, apontada no Velho Testamento no cordeiro pascal é a causa de vivermos esta novidade de vida.

III) O convite a celebração pela ressurreição de Cristo em nós (v.8)
O convite a festa – Paulo compara a festa da páscoa com a nossa nova vida em Cristo. Ele nos convida à celebração da vida em Cristo, demonstrando que apenas esta é a vida que todo cristão deveria primar. Evidentemente sem o velho fermento do mundo, que são a malícia e a maldade, comportamentos típicos do homem sem Deus.

Os nossos novos asmos – No entanto, nossos asmos são constituídos de sinceridade e verdade. Somos diferentes, vivendo sobre princípios santos e eternos, divergindo com o mundo, sendo uma nova cultura, cultura de paz por meio de Cristo nosso Cordeiro pascal.

Sempre que chegarmos a esta data do ano devemos nos lembrar o que ela significa para nós. Significa libertação, significa o renovo de uma vida com Deus, algo muito diferente daquilo que o mundo tem a nos oferecer. Os verdadeiros crentes lembram do sacrifício do Senhor não como algo a lamentar, mas como algo a nos alegrar, uma vez que este sacrifício expiou todos os nossos pecados, ainda que tenha sido o preço de sangue e mais importante ainda o sangue precioso de Cristo. Louvamos a Deus por tão grande graça e celebremos a páscoa com os asmos da sinceridade e verdade, asmos de uma nova vida em Cristo Jesus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário