sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A REFORMA E A IGREJA BRASILEIRA

Lutero perante o imperador em Worns
Estamos a alguns dias das comemorações do dia da Reforma e no Brasil esta importante data deve ser considerada de uma maneira especial, principalmente por aqueles que se dizem herdeiros da Reforma. Estes são, cada dia mais raros em nosso país, uma vez que muitas igrejas, por opção, preferem não serem associadas às igrejas da Reforma e isso por algumas razões:

Obscurantismo – Quando me refiro ao obscurantismo da igreja brasileira, refiro-me a terrível situação de uma igreja que desassocia sua história e que parece promover uma condição de limbo histórico, quando prefere, intencionalmente, ignorar esta data e direcionar sua atenção ao confronto sobre o dia das bruxas.

O medo do calvinismo – Outra opção dessa igreja é fugir das doutrinas básicas da Reforma Protestante. O mesmo limbo que existe na questão histórica existe na doutrinária. Este também é intencional, uma vez que defende um conceito doutrinário oposto a Reforma na sua escatologia.

O medo da instrução – Até bem pouco tempo atrás esta mesma igreja brasileira era totalmente favorável a uma postura que fazia da teologia um monstro grandioso, causador da “apostasia” de muitos no meio evangélico. Estes também tinham um enorme pavor de instituições como seminários e livrarias, preferiam ver seu povo, que na maioria, procediam de classes menos favorecidas da sociedade, submersos em trevas e sem nenhuma capacidade de reflexão, para sequer ter capacidade de se entender um sermão.

Apesar de tudo o que foi dito anteriormente, não foi possível silenciar a Reforma. É impossível ignorar um evento desta magnitude. As redes sociais são indispensáveis para isso. Bem como o crescimento do conhecimento em um país em franco desenvolvimento como o Brasil. As demandas econômicas existentes forçam o povo a buscar conhecimento, o que favorece o interesse pelo estudo e pela qualificação no mercado de trabalho. Além do que a Reforma pode contribuir grandemente para o desenvolvimento espiritual da nossa nação, uma vez que os evangélicos crescem a níveis animadores em nossa sociedade. E quando cresce o interesse de Deus e Sua Palavra é necessário orientar o povo em um caminho que seja favorável para este desenvolvimento e isso a Reforma supre grandemente como nenhum outro segmento.

Finalizando, entendo que as épocas são propícias para a Reforma na igreja brasileira, apesar de saber que são grandes os nossos desafios. Inúmeros gigantes precisam ser desfeitos, como a mentalidade católica enraizada em muitos, inclusive evangélicos, além da desconfiança de um movimento ocorrido na Europa que nos remete à colonização portuguesa. Mas a Reforma não pertence a uma época, nem tão pouco a países, pertence ao próprio Deus que é o Seu Autor.  Deus seja louvado pela grande Reforma Protestante. Ela ainda é importante para nossa pátria e é isso que buscamos através das mídias e da influência das igrejas em todos os segmentos. Não descansaremos até ver esta mesma Reforma falando fluentemente o português em nosso país.



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