segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A verdadeira religião do arrependimento


Lucas 13.1-5

INTRODUÇÃO: A religião cristã é uma grande dádiva divina. Nela o Senhor nos chama a um relacionamento de intimidade com Ele. Sendo o nosso Deus e nós o Seu povo. Povo que vive por Sua Palavra e procura honrá-lo em tudo que faz.
O cristianismo não está livre dos abusos das religiões não inspiradas, por isso é comum vermos exigências e ditames contrárias a Palavra, propagando um costume que nunca foi exigência do Senhor. Para que tenhamos cuidado com o afastamento desse legalismo, proponho um título: “A verdadeira religião do arrependimento”.
O remédio para a hipocrisia é o arrependimento. Nunca, em parte alguma isso foi tão propagado do que nas Santas Escrituras. O problema é que mesmo entre aqueles que se chamam cristãos, essa verdade vem sendo esquecida e a religião que devia ser marcada por arrependimento pode encobrir posturas petulantes e pedantes, típicas de verdadeiros hipócritas.
Contemplemos como isso acontece neste texto e consequentemente observemos a recomendação do Senhor.

I- Os boatos a respeito de alguns galileus e os mortos na queda da torre.
Em uma porção da Escritura onde vários fatos são mencionados a respeito da vida de Jesus, Lucas relembra as palavras do Mestre a respeito de alguns fatos históricos existentes em Sua época. Observemos a situação da seguinte forma:
a)   O envolvimento de Cristo com o mundo – O Senhor estava atento quanto a tudo que estava acontecendo em Sua época. Neste texto vemos um claro exemplo disso. Esses boatos corriam por toda Judéia e Jesus se pronuncia sobre os fatos autoritariamente.
b)   A visão de mundo centrada na mensagem – Mesmo ao refletir sobre estes fatos o Senhor não perde a centralidade de Sua mensagem. Sua resposta contempla o Seu ensinamento geral, a fim de que a mesma mensagem fosse colocada de maneira prática.

II- O caso dos galileus mortos por Pilatos (vv.1-3)
a)      As barbáries de Pilatos (v.1) – Pôncio Pilatos foi prefeito da Judéia na época de Cristo. Esse é o mesmo que condenou Jesus a morte mais adiante. Este sanguinário romano é culpado de inúmeras mortes, como no caso da profanação do templo dos judeus e quando matou muitos samaritanos em 35 d.C. Ele morreu cometendo suicídio em 37 d.C. após a queda do imperador Calígula
b)     A refutação de um conhecido argumento (v.2) – É certo que Deus retribui o ímpio com sua justa mão. O problema é pensar que sempre que acontece algo calamitoso com alguém é porque este está em pecado. Aqui o Senhor prova que esta norma tem suas exceções. O pecado destes não era maior do que os pecados dos outros galileus, e essa questão é lembrada por Jesus.
c)      Exemplo para os impenitentes (v.3) – O Senhor aproveita este assunto para lembrar o castigo daqueles que não se arrependem. Ele enfatiza que a exemplo daqueles todos perecerão. O arrependimento faz parte das boas novas e é parte integrante da postura daquele que nasceu para Cristo, sem ele, não somos crentes, somos míseros telespectadores da graça, sem jamais termos nascido de novo.

III- O caso dos mortos do desabamento da torre de Siloé (vv.4-5)
Jesus narra aqui outro evento calamitoso muito popular em Seus dias, o desabamento da torre de Siloé. Neste desabamento muitos perderam suas vidas. Neste evento o Senhor nos ensina o seguinte:
a)   Os mortos não eram piores do que os habitantes de Jerusalém (v.4) – Aqueles que não estavam presentes e não foram mortos podiam estar pensando que eram mais dignos do que os outros que foram ceivados, mas o Senhor ensina que isto era algo enganoso. Os vivos tinham pecados parecidos, o Senhor simplesmente preordenou tal evento, não pelos pecados, mas por Sua soberania.
b)   Um recado repetido aos impenitentes (v.5) – A exemplo do que Ele tinha dito no verso 3, fica evidente que as calamidades atingem a todos. É fato que ela virá sobre o ímpio em maior quantidade do que no justo, mas isso não significa que o justo não possa sofrê-la. Ele termina novamente enfatizando o arrependimento, alertando que aquele que desconsidera este ponto sofrerá danos bem maiores.

Conclusão: Não pensemos como aqueles que foram mencionados neste texto que somos melhores, só pelo fato de estarmos vivos. A altivez em nossa condição espiritual é prova de que não nascemos de novo. Calamidades podem acontecer com qualquer um, seja crente ou descrente, mas o Senhor nos conduzirá a escapar da maior de todas as calamidades, o afastamento eterno de nosso Senhor. Apenas a aqueles que não se arrependeram de suas obras está destinada a condenação e os tormentos do inferno.
Analisemos sinceramente se já nos arrependemos, caso contrário jamais poderemos escapar deste triste fim.

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