segunda-feira, 21 de março de 2011

Sobre a visita do presidente americano ao Brasil

Lembro-me que o mundo inteiro parou a pouco menos de dois anos para ver a pose do presidente dos Estados Unidos da América, inclusive nós brasileiros. Naquela época estávamos perto de uma eleição presidencial e lembro do ideal que nutri de um país mais justo e igualitário que respeitasse as instituições democráticas. Naquela época até pensei que podíamos repitir o exemplo americano no Brasil. Não que eu pense que os americanos são exemplo de democracia, mas que eles são a democracia mais sólida que se tem notícia. Qual país na história da humanidade conseguiu manter o sistema presidencialista como os Estados Unidos? Observamos que nossa história recente está marcada, assim como nossos vizinhos sulamericanos de golpes, ditaduras e outros tantos catastróficos momentos políticos que trouxeram marcas profundas nas democracias desses países.

Hoje depois de algum tempo, depois que se baixou a poeira, tanto lá como cá nas questões políticas, podemos ver que o presidente americano nunca foi a salvação da lavoura. Ele teve que enfrentar uma grave crise econômica no seu mandato, algo que o fez cair em popularidade, ainda teve que responder o porquê de não trazer as tropas do Afeganistão e do Iraque, além de uma série de oposições, como a perca da maioria democrata no parlamento. Mas ainda assim este homem consegue dispertar paixões neste povo brasileiro. Apesar deste mesmo povo opinar positavemente nas urnas por uma presidente de esquerda, o presidente americano de linha política progressista, prende este mesmo povo em ideais que não vemos no Brasil, que enfrenta drasticamente um populismo começado no governo Lula, que o fez eleger uma militante acusada de terrorismo contra o embaixador americano.
Penso por esta razão que a nossa nação não tem aspirações socialistas. Imagino se teríamos o mesmo nível de aceitação socialista caso, como no governo venezuelano, tivessemos que engolir uma reforma daquela natureza. Penso que não. O Brasil tem aspirações democráticas, ainda que não saiba ao certo como pode fazer isso em seu pensamento político. A direita ainda influencia nossas opiniões, de um ponto de vista todos somos escancaradamente democráticos e sonhamos por um país mais livre. E posso dizer livre de muitas coisas, principalmente da corrupção que nos faz mais atrassados do que deveríamos ser. Hoje somos uma nação equilibrada economicamente e porque não dizer politicamente. O êxito do presidente Lula o fez eleger uma desconhecida, que se mostra muito discreta no início de seu mandato, o que é bom, visto que o populismo de Lula podia causar danos irreversíveis politicamente ao país.

O presidente americano ficou feliz em ter conhecido nossa nação como ele mesmo disse em seu pronunciamento ontem no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, creio que mais feliz ainda de perceber que não somos iguais a Venezuela de Chaves e que as posições ideológicas do governo Lula eram apenas de seu partido e não do povo brasileiro. Se me perguntarem se o povo brasileiro é submisso ao imperalialismo americano eu diria que somos mais admiradores do que sujeitos ao imperialismo. Adimiramos a seriedade política que faz um negro chegar ao topo da hierarquia política, não por conchavos que elegeu uma mulher, mas por capacidade e propostas. Adimiramos a ética e a seriedade e a adimiração a um presidente, algo diferente daquilo demonstrado durante o governo Lula, mais próximo de um paternalismo assistencialista do que a representativade que um presidente de uma nação pode demonstrar.

Apesar de achar que esta visita não nos trouxe grandes vantagens, imagino que para mim ficou claro que não devemos deixar de lutar por esta nação. Vê-la livre de sangue-sugas eleitoreiros e exploradores do povo. Além de imprimir-mos em nossa cultura um maior senso de patriotismo e responsabilidade cível. Deus nos ajude quanto a isso, esta é a minha oração.

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