sábado, 14 de maio de 2011

A igreja de Cristo, sal e luz desse mundo

Mateus 5.13-16

INTRODUÇÃO: Compete-nos agora, depois de considerarmos as ‘bem aventuranças’, observarmos como isso se aplica na vida de um crente. De fato, começaremos a entender como isso se efetua e como se aplica a alguém que é bem aventurado na forma como foi exposto anteriormente.
Antes disso é necessário sugerirmos um título que é: “A igreja de Cristo, sal e luz desse mundo”.
Não apenas hoje, mas o mundo sem Deus sempre foi o palco de desvios morais, sociais e espirituais. A tal ponto de o apóstolo João proferir que ele “jaz no maligno” (1 Jo 5.19), ou seja, pertencente ao maligno, bem como, vivendo sobre a influência deste.
Quanto à igreja, observamos que ela é, nas palavras de John Stott, “a contra cultura”, uma cultura distinta do mundo, vivendo sob os padrões de Deus e não pertencendo ao mundo. Por isso que é tão importante ver a igreja como a antítese do mundo e não o seu reflexo. Apesar de estarmos do mundo não pertencemos a ele (João 17.15-16).
Diante disso chamo a atenção da igreja para duas características que devemos manifestar como igreja de Cristo vivendo no mundo. São elas:

I- A igreja o sal da terra (v.13)
Quanto a isso não é preciso ir a muitos exemplos, pois o próprio texto é suficiente. Ele explica as características essenciais do sal, bem como, dá uma conotação espiritual do sal aplicando a igreja, vejamos o que diz o texto detidamente:
a)   A igreja como sal – Nitidamente o Senhor promove a igreja a uma característica não encontrada no mundo. Ser sal é uma prerrogativa exclusiva da igreja.
b)   A insipidez da igreja e sua inutilidade – Estudiosos defendem que o cloreto de sódio não pode perder o sabor, por esta razão defendem que o tipo de sal utilizado na palestina nos tempos do Senhor era de uma natureza impura, que depois de lixiviado (tornado branco) podia perder o sabor. Quanto ao sentido espiritual o Senhor estava indicando que se o crente não tempera e salga o mundo, através de uma vida santa, ele não serve para ser considerado discípulo, tornando-se imprestável espiritualmente, sem objetivo como crente.
c)    O destino de um crente insípido – Ele não serve para os objetivos do Reino. Sua tarefa no Reino se torna infrutífera, bem como, imprestável. O próprio Deus o lançará fora, vindo depois disso algo grave, os homens o pisarão. A igreja ou o crente sem uma vida santa será humilhado por seus opositores.

II- A igreja a luz do mundo (vv.14-16)
Outra parábola utilizada para refletir a verdade de como devemos ser no mundo é a da luz, aqui mencionada. Nesta vemos outras características de como o crente deve se portar frente suas responsabilidades, vejamos:
a)   A igreja é luz (v.14) – A luz é o antagonismo das trevas. Em muitas passagens o mundo é chamado de trevas (Lc 1.79; Jo 1.5; 3.19 e 8.12), em razão de sua incapacidade de entender a Cristo e produzir a luminosidade dos conceitos do Reino. Sendo luz, a igreja é tida como a única instituição que realmente brilha neste mundo.
b)   A cidade edificada – Provavelmente o Senhor tem em vista uma cidade iluminada pelas luzes, localizada em cima de um monte. Ela não pode se esconder. Assim sendo, como crentes também não podemos viver escondidos do mundo.
c)    A proeminência da candeia (v.15) – O Senhor continua defendendo o objetivo da luz. Ele explica que uma casa para ser iluminada precisa de uma candeia (lâmpada), esta não é posta debaixo de sacos da plantação ou escondida, mas no velador, lugar específico para iluminar. Somos, portanto, criados em Cristo para brilhar sem impedimentos. Um crente que não brilha em um mundo de trevas está negligenciado sua função como luz desse mundo e permitindo a prevalecência das trevas, é, portanto, um omisso. Esta refulgência alcança a todos aqueles que Deus determina que iluminemos.
d)   O efeito da luz (v.16) – Ela não serve para nos promovermos, mas promover a glória de Deus. Ao brilharmos estando irradiando a glória de Deus e não a nossa própria. Quando brilhamos refletimos a luz de Cristo, iluminando o mundo com nossos valores e espiritualidade, algo que os homens não podem negar.

Conclusão: Todo crente tem uma tarefa a cumprir neste mundo que não pode negligenciar. Somos postos neste mundo para sermos diametralmente opostos ao próprio mundo. Se refletirmos os padrões deste mundo e formos cópias dele não estaremos glorificando a Deus, mas sendo uma vergonha a causa de Cristo. Precisamos proclamar isso, em dias onde se omitir é palavra de ordem e onde o mundanismo infesta a igreja. Se não formos sal e luz nesse mundo, estaremos falhando. Devemos salgar este mundo insípido, iluminar as trevas do pecado e da ignorância. Essa é a nossa tarefa, Deus nos ajude a efetuá-la a contento do Pai, amém.

Soli Deo Gloria!

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