segunda-feira, 26 de abril de 2010
AS PRISÕES QUE NÓS MESMOS CRIAMOS
Poucas coisas nos deixam mais indignados do que a suspensão de direitos básicos que são legados ao homem. Grandes conquistas, todas de caráter benéfico para toda a humanidade, foram ganhas em arenas muitas vezes infestadas de adversidades, no que se refere a avanços no estabelecimento da paz, concórdia e direitos igualitários entre as diferenças de ordem social, econômica e religiosa. Uma dessas grandes conquistas foi à declaração de Genebra, onde prisioneiros em vários conflitos tiveram como baluarte, direitos assistidos por esse tratado.
Essa declaração nos mostra que todo ser humano têm direitos e que na condição de prisioneiro devem ser respeitados por facções políticas, nações e todos aqueles que, a título de ideologia resolverem abster, quem quer que seja do seu direito de ir e vir.
Parece-me que hoje alguns, na esfera espiritual, fazem com que esses avanços que atingiram as diversas relações entre frentes ideológicas, partidos políticos e nações não sejam vivenciados em suas vidas junto a Cristo. Certamente, considerações quanto as diferenças entre um contexto e outro devem ser feitas, se quisermos manter o equilíbrio naquilo que nos propomos defender. Na esfera natural as nuances de injustiça acontecem porque alguém resolve fazer uso da impiedade e surrupia certos direitos que são constituídos para a manutenção da ordem e das relações entre frentes antagônicas. Já na esfera espiritual o homem já nasce sem direitos. Esses foram perdidos no momento em que este, voluntariamente pecou quando era representado por seu pai espiritual Adão. Alguns quanto a isso podem objetar insistindo que isso nada tem a ver com justiça e que tal entendimento retira do homem, como ser livre, o direito de voluntariamente buscar o que é reto. Só que nada mais resta ao homem uma vez que este não pode buscar o que é reto e diante de Deus sua justiça não pode ter nenhum efeito.
A verdadeira liberdade para o ser humano deve ser objetivada, não partindo de um prisma reacionário ou ideológico de convicções afins, mas com o entendimento de que sem Cristo o homem permanece acorrentado em inúmeras algemas que são a este, impossíveis de vencê-las.
Quão desastroso é ver o homem angariar sempre conceitos, dos mais diversos, por instinto ou por uma elucubração de senso comum, ou até por um conceito de dignidade que por si só não reflete a causa de sua grande miséria ou é fictícia e irreal. Buscando em sua sabedoria questionável soluções para os seus graves conflitos que ele mesmo não consegue resolver, nem em si mesmo e nem tão pouco em seu próximo.
O problema do homem está na sua inimizade contra Deus. Ele mesmo desejou e alimenta constantemente esta inimizade quando ridiculariza o caminho do Senhor e se entrega aos mais diversos vícios em sua vida fugaz. Na ânsia por tentar se auto-justificar perante aquilo que ele julga de correto, recorre a artifícios retirados de pseudos-gurus que os direcionam em argumentos e pensamentos falazes.
O único meio de acalmar esta relação conflitante entre o homem e Deus é a pessoa do Mediador. Nele a alma destituída das vaidades efêmeras desta época pode compreender o tamanho do seu delito. E não procurará se defender a custas de velhas historietas que pervertem o mais néscio dos incautos. A justiça e todas as suas cogitações sobre ética e dignidade, certamente se completam. Só que para compreender tais nuances devemos recorrer ao supremo tratado que são as Sagradas Escrituras. Neste livro somos conduzidos ao pó. Quando nos vemos menos do que nada, quando nos achamos os mais miseráveis de todos os homens e não com engomados e racionais, segundo esse século, aí então estaremos caminhando para o perfeito equilíbrio entre equidade e justiça.
Nada é mais completo do que a racionalização espiritual das Sagradas Escrituras sobre direito e humanidade. A Bíblia, como reflexo do Seu Autor é o manual por excelência que nos conduz ao respeito ao próprio, manutenção do direito do outrem, relações igualitárias entre partes distintas entre outros benefícios que poderiam, sem nenhum problema governar toda a humanidade.
As idiossincrasias de muitos não teriam essa posição como algo salutar. Evidentemente, alguns vão sugerir que retornar a tais princípios seria o mesmo do que retornar ao obscurantismo e a idade das trevas, como se vivêssemos pautados na luz do Evangelho fosse obscurecer a claridade que os novos tempos têm trazido. Nada que tenha o selo da religião hoje é desejado. Os formadores de opinião são unânimes em defender conceitos que induzam as grandes massas a serem eminentemente contra a religião e partidários do secular. A religião passou a ser uma praga mortal para essa nova sociedade, é uma imposição ao direito de escolha do homem e é vista como fator desvinculador das instituições assim chamadas “democráticas”.
Creio que inevitavelmente aqueles que defendem os direitos e as conquistas da humanidade e que aprendem nas bancadas das universidades influenciadas por perspectivas ultrapassadas e decadentes, são instruídos voluntariamente a se afundarem em poço de ignorância espiritual. Nada pode ser tão retrógrado do que esta postural fundamentalista defendida por esses intelectualóides de plantão. As algemas e amarras que eles mesmos criam serão suas ruínas se não forem conduzidos pela portentosa mão de Deus a graça e misericórdia ofertada pelo Salvador. Aquele que pode abater o pecador e destituí-lo que qualquer jactância. Que Deus nos convença de todo pecado, amém.
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