sexta-feira, 23 de julho de 2010

Uma proposta evangelística para a Reforma



Caros irmãos, o presente post nasce da necessidade de definirmos didaticamente o que se propõe com esse blog EVANGELISMO E REFORMA. É a síntese de um pensamento pretendido, trazer a Reforma ao contexto brasileiro por meio de alguns fatores necessários, dentre eles nos propomos a promover o evangelismo. Já falamos aqui em outras oportunidades a respeito de como evangelizar em uma igreja calvinista, também falamos da pouca visibilidade quanto a este fator em igrejas de tradição reformada. Mas ainda resta explorarmos a temática evangelismo para a Reforma, isso ainda não foi contemplado e eu gostaria meditar sobre este assunto.
Diante disso, proponho uma análise sincera dos objetivos da evangelização como um todo. Uma pergunta sincera seria, "porque evangelizar?", este é o cerne da motivação para sair ao campo. Respondo dizendo que evangelizar é entender a necessidade dramática que se encontra o homem sem Deus. Ele está caído e suplantado pela situação calamitosa que o pecado original nos condicionou. Ou seja, sem Deus no mundo, escravo do pecado, morto em delitos, em inimizada contra Deus e sendo alguém contraditório. Tudo isso o faz desnorteado espiritualmente e isso é refletido em suas escolhas e na degradante situação do mundo atual. Violento, moralmente falido, alheio a vida com Deus. Isso tudo nos faz evangelizar, nasce portanto, da misericórdia compartilhada entre os filhos de Deus que entendem que o único meio de reverter este quadro é compartilhar o Evangelho.
Creio também que a motivação que nos faz evangelizar está na ordem dada pelo Senhor sobre a evangelização. Quando de Sua ressureição, o Senhor estava preocupado diretamente com esta missão. O evangelismo, portanto, faz parte do propósito soberano de Deus. É mister à igreja, é sua função. O Senhor espera da igreja que ela evangelize. Nem tanto as atividades, ou programações regulares contribuem de alguma maneira para a masificação da igreja, mas o evangelismo está no cerne, está na busca pelo alcance da glória de Cristo em todas as nações. É, portante, a multiplicação do território espiritual onde a glória de Deus se manifesta. Nada, absolutamente nada a ver com campanhas espirituais da batalha espiritual de nossos dias. Tem a ver com o subjulgar da mente descrente. Apresentar o evangelho é disimpidir os olhos cegos, é fazer enxergar que a vida sem Deus é fugaz e efêmera, absolutamente alienada e totalmente degradante a humanidade. Ao contrário do que se crê, a fé cristã não é um escapismo de mentes fragilizadas, mas o refúgio seguro de uma alma cansada. Cansada com as dores de um mundo confuso, fuga de amizades, quase sempre inadequadas e uma série de frustrações para com a prática do pecado que é uma anomalia para um coração que esteve diante das suas sugidades.
Evangelizamos, portanto, porque é um ato de misericórdia. Evangelizamos porque estamos sendo convocados para uma guerra mental, convocada pelo Senhor e que porque essa tarefa revela a glória de Deus. O evangelismo, como já foi dito em outro lugar por aqui, é a vida da igreja, maior do que as outras tarefas. Uma igreja que não evangeliza está contra suas obrigações primárias. Foge de sua tarefa básica e é uma anomalia institucional. O evangelismo também, nos dias de hoje, precisa ser repensado. São interessantes os velhos métodos de porta a porta, praça pública e assim por diante. Mas é mais eficaz ainda um evangelismo que aproveito dos atuais recursos de comunicação como internet, televião, rádio e outros. É necessário ainda a propaganda, com o uso inteligente. Antes de ser uma comercialização da fé é um recurso indispensável para se promover a temática da igreja para o alcance de um público alvo. A propaganda quando feita com sabedoria pode alcançar aqueles que de outra forma seriam inalcansáveis. É verdade, que assim como os outros métodos antigos isso só não é suficiente, é necessária ainda uma contemplação de um discipulado eficiente. Uma igreja que se propõe a ser evangelística não deve desconsiderar o discipulado, filhos não são apenas gerados, são educados conforme os valores dos pais, assim sendo o evangelismo não termina com um panfleto, ou com uma propaganda, ele continua na formação de Cristo na alma do homem e isso acontece no discipulado eficiente.
A igreja moderna precisa estar atenta para a necessidade básica do evangelismo e percorrer o caminho do aprendizado da época e formatar um conceito que contemple nova dinâmicas para o evangelismo. Sem esta iniciativa outros movimentos subjulgadores de opiniões terão mais efeito. Igrejas sadias evangelizam e discipulam de modo atual e eficaz.

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