domingo, 5 de dezembro de 2010

A posse dos filhos, a glória das nações


Campinas de Moabe
Números 33.50-56

INTRODUÇÃO: Deus nutre um amor eletivo pelo Seu povo. Este amor é tão especial que Ele, para beneficiar Seu povo, tira daqueles que não são seus, riquezas. Estas são bênçãos inigualáveis que de Seu próprio beneplácito resolveu dar aos eleitos.
No texto em questão, Deus, por meio de Moisés, ensina de que forma o povo deveria agir quando estivessem diante dos então proprietários da terra. Os mesmos deveriam ser desapossados e destruídos, além de ter sua memória pagã exterminada.
Diante disso, gostaria de refletir sobre a seguinte meditação: “A posse dos filhos, a glória das nações”. Entendo que, como filhos, Deus nos faz receber aquilo que não conquistamos. E isso nunca é algo desprezível, mas algo glorioso, pois Canaã não era uma terra sem valor, mas desejada e próspera.
Vejamos então, qual é a forma disso acontecer e como nos beneficiamos de tão ricas bênçãos, além de ver o que se é exigido de nós neste relacionamento:

I- Expulsar os antigos donos (vv. 50-52)
A terra de Israel é um lugar especial. O. Palmer Robertson quando escreve sobre ela diz que ela é um pouco de tudo em um único lugar. Com sol, neve, frio, calor, deserto, manancial e assim por diante. Talvez isso explique um pouco o seu valor. Deus estava dando esta terra para Seu povo e vejamos o que este povo tinha que fazer.
a)    Uma advertência anterior (vv.50-51) – Antes mesmo do povo de Israel passar a possuir a terra Moisés adverte-os. Esta advertência faz parte de uma rememoração da Lei dada a este povo, bem como uma série de conselhos.
b)   Uma ordem para ser cumprida (v.52) – Esta advertência vinha acompanhada de uma série de exigências que era desapossar os antigos donos, pois eles não eram mais os donos e acabar com o culto pagão. A posse deveria ser completa o que havia sido utilizado para a iniqüidade, agora deveria ser santificado, pois a santa semente deveria herdar a terra.

II- Tratá-la como se sua fosse, pois é dádiva de Deus (vv.53-54)
a)    Uma posse preciosa (v.53) – Deus planejou aquela terra para este povo. Aqueles que estavam até então, não eram donos de fato, apenas cuidavam da mesma. Quando os verdadeiros filhos estão aptos para herdar, saem de cena os tutores da terra, ainda que isto incorra no apagar da memória dos antigos donos.
b)   Uma administração planejada (v.54) – Após mandar embora os antigos donos, o povo deveria administrar a terra com a conseqüente partilha da mesma. Conforme o tamanho da tribo, a maior, a porção maior, a menor, a porção menor. De acordo com o simbolismo existente nos descendentes de Israel.

III- Não praticar o que antes era praticado (vv. 55-56)
Mas algo precisava ser ainda lembrado, a posse não era definitivamente absoluta, ela deveria respeitar alguns critérios e Deus estabelece da seguinte forma:
a)    Os inimigos como espinhos (v.55) – Assim foi logo depois, os Filisteus foram um destes povos que não foram expulsos de todo. Estes, mais na frente, são um entrave para o progresso do povo, que deveria tê-los exterminado.
b)   O infortúnio compartilhado (v.56) – Se estes não foram expulsos não foi porque o povo foi misericordioso, mas covarde. A ordem foi de suplantar os inimigos, não de usar de compaixão. O interessante que a compaixão na realidade foi uma adesão as suas antigas práticas, se tornando o povo digno de ser punido como os antigos donos.

Conclusão: Nós também temos uma grande promessa de posse, esta não é como nesse caso uma porção terrena, mas celeste. Para termos a posse dela não devemos nos comportar como os habitantes dessa terra em que hoje vivemos. Nosso comportamento e nossa ética são muito superiores. Somos chamados nestes dias para destruir aquilo que é repulsivo ao nosso Deus, seja o culto pagão, seja a forma de viver do povo do lugar.
Não sejamos tidos como apóstatas e covardes. Somos chamados para dominar e influenciar. É por isso que uma cultura pecaminosa deve ser extirpada, assim como um culto idólatra. Caso contrário podemos ser julgados como se não pertencêssemos aos eleitos e tidos como habitantes de uma terra pérfida, que Deus nos livre disso, amém.




Soli Deo Gloria!



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