sábado, 25 de dezembro de 2010

Buscando a Deus para viver

AMÓS 5.4

INTRODUÇÃO: Algumas questões me vêem a mente quando avalio este texto. Seu contexto é de um momento onde Israel já não mais buscava o Senhor. Era uma nação próspera sob o reinado de Jeroboão II que vivia um momento de estagnação espiritual. Tal atitude tinha sido grandemente recriminada pelo Senhor e até mesmo a chuva tinha deixado de cair por causa da incredulidade (4.7). O profeta Amós não queria ser profeta, ele era apenas um humilde fazendeiro e jamais esperava esta função (Amós 7.14-17). Sob seus ombros havia uma missão, alertar o povo de que eles caminhavam para a destruição.
Antes dessa destruição anunciada ele recomenda uma postura para aqueles que ainda não haviam se perdido e é nessa frase que eu gostaria de refletir nesta noite. Reflita comigo no seguinte título: “Buscando a Deus para viver”. Vejamos como se deve dar esta busca por meio de três recomendações:

I- Uma busca por ordem divina
Somos calvinistas e acreditamos que o Senhor é que nos busca (João 4.23), então porque estamos falando desta forma? A razão pela qual falamos desta forma é porque Deus também anseia que nós o busquemos e isto ocorre da seguinte maneira:
a)      Não é uma busca para salvação – Não está no homem à volição para esta busca, estando morto ele não se inclina para Deus. Ainda que exista nele a imago Dei, ainda assim isto não é suficiente. Portanto, não é uma ordem que não possamos cumprir.
b)      É uma ordem graciosa – Parte do prisma que a imago Dei imprimida no homem já renovado o inclina graciosamente a desejar mais o Senhor, logo é uma obra interna nos eleitos, Deus está dizendo que devemos fazer isso porque dessa busca haverá benefícios que colheremos.
c)      Uma ordem paternal – Não um pai suplicando o amor dos filhos, mas sabendo que dos filhos se exige este amor, por graça e compaixão. Logo, Ele exige porque sabe que seus filhos lhe devem este amor e este achegar diante de Sua Santidade.

II- Uma busca pela busca
a)      Buscando a fidelidade – Nesta o fiel se inclina para conhecer mais o Senhor. Destituído de artifícios profanos, sejam seculares ou pagãos, este se volta para uma busca conscientemente bíblica, munido de apenas a ânsia por encontrar o Deus revelado, não um deus qualquer, mas o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo.
b)      Buscando a essência – Essa essência é a adoração mais plena que se pode conseguir, não a forjada pelo culto estranho, de fogo estranho, mas a adoração fiel e genuína, que na linguagem bíblica, entra no santo dos santos, sem acanhamento, mas pelo novo e vivo caminho, conseguido na cruz pelo Salvador.

III- Uma busca pela vida
Esta, por fim, culmina em uma grande promessa, vejamo-la de perto:
a)      Saindo da morte – É como se o amortecimento da fé fosse revertido, como se o entulho da incredulidade fosse retirado de nós, falamos como Jó “agora os meus olhos te vêem” (Jó 42.5). É o renovo da fé que devemos buscar, e não o consentimento entregue que estávamos, outrora, acostumados.
b)      Entrando na vida - Da morte para vida somos transportados quando levados por Deus a buscá-lo somos incitados, logo o que nos espera além da morte são impressões reais de uma vida plena, ao lado daquele que é a própria vida, o nosso Senhor.

CONCLUSÃO: Algumas considerações devem ser feitas aqui. Temos buscado o Senhor em meio às lutas dessa vida? Temos nos entregado a essa busca no intuito de estarmos mais perto dele para que tenhamos vida? Acredito que boa parte de nós está acostumado com as migalhas de uma adoração débil e pobre, que quase nunca se inclina para buscar as riquezas da vida com Deus. Queridos, não nos enganemos, a diferença de um crente morto e um incrédulo morto é que o primeiro é uma grande aberração. Somos criados para a vida, para buscar o Senhor e encontrá-lo e não para nos frustrarmos em uma busca sem objetivo. Busque o Senhor e o encontre-o, recorra a Ele e desfrute as riquezas do Seu majestoso Reino, amém. 



Soli Deo Gloria!

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