domingo, 15 de agosto de 2010

“A questão da maledicência e os projetos humanos”




Dia do Senhor – 14 de Agosto de 2010
Tiago 4.11-17

INTRODUÇÃO: No decorrer desta carta Tiago enfatiza a prática do viver cristão de forma absoluta. Nesta oportunidade observaremos esta prática de duas maneiras o cuidado com o que se diz e como devemos fazer planos. Olhando por estes dois lados, sugiro um título que é “A questão da maledicência e os projetos humanos”. Na realidade estes assuntos são distintos, mas nos ajudará a reconhecer qual é o nosso papel para com o nosso próximo e como piedosamente devemos nos comportar ao planejar o futuro.
Diante disso, sugiro então três considerações nestes assuntos, as quais são:

I- O julgamento procede exclusivamente de Deus (vv.11-12)
Neste aspecto Tiago condena a forma como insultamos nosso próximo ao comentar os erros um dos outros, vejamos o que ele nos ensina a fazer:
a)   Não devemos falar um do outro (v.11) – Isso é muito comum na igreja e quantas vezes somos vítimas e agentes. Tiago mostra que aquele que fala mal do irmão julga a Lei, sendo por isso não observador, mas juiz. Se postando acima da Lei e isso não pode ser aceitável.
b)   Deus é o Legislador e Juiz (v. 12) – Deus mesmo sendo superior aos homens não se coloca acima da Lei, mas foi Ele que legislou, logo foi Ele que criou e depois por meio desta mesma Lei Ele julga a todos. Tiago termina com uma pergunta, é como se dissesse “se Deus age assim, quem é você para se sentir superior a Deus?”

II- A postura mundana quanto aos projetos (vv.13-14)
Desta feita, Tiago mostra-nos exatamente como se comportam aqueles que não temem a Deus. Veja o que ele diz:
a)   As pretensões arrogantes (v.13) – Estas são abertamente contra Deus. No projeto dos arrogantes, Deus está excluído. O que há neles é apenas o desejo de prosperar se considerar o Senhor.
b)   A situação real destes homens (v.14) – Tiago explica que os que assim procedem não consideram algumas circunstâncias. Não conhecemos nada a respeito do dia de amanhã. Segundo a vida sem Deus não é nada. Terceiro e último, temos menos valor do que uma neblina. Logo, os falíveis projetos humanos não são nada e revelam uma imensa descrença.
III- A postura do crente quanto aos projetos (vv.15-17)
Já quanto ao crente exige-se dele uma postura superior e piedosa quanto aos seus projetos, vejamos o que ensina Tiago:
a)   Tudo o que acontecesse é da vontade de Deus (v.15) – No Pater (Mateus 6.10), o Senhor Jesus ensinou isso. O piedoso considera estas palavras como reais e claras quanto à dependência do que planeja. Nosso sucesso depende da permissão de Deus, dos seus decretos direcionados a nós e da manifestação de Sua glória.
b)   Algo diferente é jactância (v.16) – Jactar-se significa se orgulhar de algo. O crente não planeja jactar-se sem Deus, mas busca a dependência. Não devemos nos comportar como incrédulos, se assim o fizermos nossas obras serão tidas como malignas.
c)    O fazer o bem (v.17) – Tiago termina com esta declaração de exortação. Se soubermos o que devemos fazer e fazemos errado estaremos nos conduzindo como pecadores. Entendamos este preceito e busquemos o fazer o bem, confiando apenas no Senhor.

Conclusão: Termino dizendo que somos desafiados neste ensino a termos uma postura piedosa frente a estas duas situações. Primeiro evitar falar mal do irmão e segundo aprendermos a fazer os nossos projetos não como descrentes, mas como crentes dependentes do Senhor. Que o Senhor nos faça ter uma postura aceitável quanto a estas duas necessidades, amém.

Soli Deo Gloria!

  


Um comentário:

  1. Esta postagem é a continuação da exposição da carta de Tiago que estamos apresentando na igreja de Ouricuri-PE.

    ResponderExcluir