segunda-feira, 6 de setembro de 2010

“As últimas recomendações de Tiago e seu valor para nós”.


Dia do Senhor – 05 de Setembro de 2010
Tiago 5. 12-20

INTRODUÇÃO: Chegamos finalmente à última porção desta carta, após termos considerado o seu ensino doutrinário e ético. Ainda neste final estaremos vendo como Tiago aborda alguns princípios éticos e também observando o que ele fala a respeito de algumas práticas litúrgicas da igreja primitiva.
Tiago neste texto trata de assuntos diversificados que ele julgou importante para o final de sua carta. Nós estaremos observando este texto contemplando o seguinte título: “As últimas recomendações de Tiago e seu valor para nós”.
Tiago nos chama atenção a alguns princípios que haveremos de contemplar, são eles:

I- A questão da palavra do cristão (v.12)
A primeira recomendação de Tiago no fim de sua carta é de cunho ético. Ou seja, tem a ver com aquilo que mudou na nossa forma de enxergar o mundo, visto que hoje vivemos por outro princípio, ele lembra que:
a)   Devemos ter responsabilidade com os votos (parte a) – Esse conselho também é dado por Salomão em Eclesiastes (Ec. 5.4). Nada de aplicar-se o que pensou os anabatistas e as testemunhas de Jeová.
b)   Devemos honrar nossa palavra (parte b) – Não fazemos de nossas palavras um joguete, mas empenhamo-la como prova da nossa fidelidade pela verdade.

II- Algumas recomendações sobre a fé (vv.13-15)
A outra recomendação de Tiago é orientar alguns princípios a serem aplicados individualmente e coletivamente na igreja, vejamos:
a)   A oração e o louvor (v.13) – Duas recomendações nos são fornecidas aqui, primeiro resolvermos o problema do sofrimento com uma oração e depois exaltarmos a Deus quando estamos alegres. Nada mais natural do que um comportamento dependente.
b)   A unção por oficiais (v.14) – Este ainda é um tema que dá o que falar em nossa igreja. O que Tiago estava recomendando era uma prática do A.T. da unção com óleo, sendo esta a única recomendação no N.T. Alguns vêem neste texto uma prerrogativa para continuarem a ungir enfermos. A unção devia ser em nome do Senhor, é evidente que acompanhada de uma oração.
c)    A oração e o perdão (v.15) – Este texto está vinculado ao anterior e recomenda a mesma atitude tomada pelo Senhor quando curava. No entendimento de Tiago o efeito da oração era duplo, visto que curava o doente e perdoava o pecado.

III- A confissão de pecados (v.16)
Nesta recomendação de Tiago ele sugere a confissão de pecados. Isso pode ser visto de dois ângulos, vejamos os mesmos.
a)   Oração litúrgica – Uma oração de confissão feita no culto, como nós fazemos.
b)   A confissão a um oficial – Neste caso não seria feito diante da igreja, como fazem alguns, mas diante do pastor ou conselho, para que sejam perdoados.

IV- A importância da oração (vv.17-18)
No final do verso 16 ele indica que oração do justo pode muito e continuando esse raciocínio ele explica:
a)   A oração e os grandes feitos (v.17) – Ele ilustra narrando um fato acontecido em 1 Reis 17.1 e 18.1,42. Não é atribuído a Elias um poder sobrenatural apenas a fé de orar solicitando algo, mesmo que esse algo seja muito grande.
b)   A oração e resposta de Deus (v.18) – Deus sempre responde a oração do justo. Por isso ele termina indicando que a oração de Elias não ficou sem resposta. Deus o ouviu e fez segundo a palavra do profeta.

V- A admoestação para a vida (vv.19-20)
Tiago termina sua série de recomendações nos orientando da seguinte forma, quanto a nossa postura:
a)   A nossa responsabilidade com o próximo (v.19) – Não damos de ombros para a vida alheia. Somos responsáveis pelos nossos irmãos. Tiago recomenda-nos a zelar vida do próximo, quando este vier a errar. Converter significa reconduzi-lo a Cristo.
b)   A contribuição espiritual (v.20) – Tiago ensina que quando buscamos orientar nosso irmão na vida em Cristo, somos os responsáveis pela salvação do mesmo, fazendo que o irmão em questão tenha os seus pecados cobertos por Cristo.

Conclusão: Não existe nada melhor do que bons conselhos. E que bom é terminarmos a exposição desta carta com tão preciosos conselhos. Louvamos a Deus pelos mesmos e que Deus nos faça aplicar toda a Sua vontade sobre nós, amém.

Soli Deo Gloria.

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